Enquanto Máximos ou " Habib" como era conhecido caminhava até o Lexus preto estacionado em frente a taberna olhos curiosos o seguiam, uma mistura de descrença e medo estampava seus rostos afinal nenhum deles jamais havia visto o rei do Egito em companhia de uma mulher fora das boates fetichistas do Cairo, Daphny estava praticamente nua exceto pelo hijab de Máximo que cobria parcialmente seu corpo, Máximos era um homem respeitado, temido por sua imponência e força, quando abriu a porta do carro como o bárbaro que era praticamente rosnou para aqueles que o encaravam fazendo assim com tremessem ao seu olhar, máximo não disse nenhuma palavra a Daphny, apenas apontou o banco de trás do luxuoso carro o que fez com ela entendesse imediatamente o que deveria fazer, a jovem mulher estava amedrontada, se encolheu entre os bancos, se sentou no chão do veículo como um animal acuado prestes a ser devorado pelo predador, mais de um vez pensou em abrir a porta e se jogar em meio aos carros que cruzavam em alta velocidade a rodovia, de certo seu fim seria menos doloroso e cruel que o destino que lhe aguardava, as lembranças de todos os abusos, das torturas que havia sofrido queimavam como brasa em sua pele, Daphny se sentia suja, se culpava pelo que havia acontecido e não conseguia tirar da cabeça os rostos dos vários homens que a haviam subjugado, o breve caminho de Dahab ao Cairo parecia durar uma eternidade, exausta Daphny sucumbiu ao cansaço de seu frágil e delicado corpo adormecendo profundamente, acordou sendo pega no colo por Máximo, anestesiada pelo irracionalidade de seu despertar ela o bateu, bateu com força repetidamente no peito retirando dele as primeiras palavras dirigidas a ela.
— Não sei os tipos de homens com os quais está acostumada odalisca, mas essa não é uma boa ideia, desafiar um louco como eu é o mesmo que abraçar a morte e seus olhos assustados me dizem que não anseia por ela.
Daphny fechou os olhos com força, seu corpo inteiro estremeceu ao som da voz rouca como um estrondoso trovão, Máximo abriu as portas de sua mansão, deitou o corpo de Daphny sobre o aconchegante sofá a olhando de forma assustadoramente frívola por alguns minutos, a mulher em pânico se agarrou com força ao fino tecido que lhe cobria a pele, tentou conter a dor lacerante que o medo produziu em seu ventre.
— Fique de pé.
Máximo ordenou, Daphny implorou em silêncio para que aquilo fosse um pesadelo , permaneceu estagnada no exato lugar em que estava.
— Quando dou uma ordem espero que ela seja atendida menina, não digo uma coisa duas vezes então obedeça e livre você mesma de mais problemas.
Daphny se obrigou a obedecer, mesmo sem qualquer controle sobre seu corpo que parecia ignorar seus comandos se pôs de pé, máximo se aproximou, tocou o fino tecido do hijab puxando para si a deixando completamente nua.
— Isso é meu.
Segurava o hijab mais os olhos em Daphny não deixavam dúvidas de que não se referia a ele, a bela mulher se assustou, bateu com força no rosto do homem a sua frente vendo uma chama se acender em seus olhos.
— Olhe para mim criança.
Ele rosnou em sua face.
— Quantos homens já lhe arrancaram a roupa, puseram-lhe nua e aproveitaram-se da sua carne?
Os olhos de Daphny se encheram de lágrimas, haviam sido muitos mas não com seu consentimento, nenhum deles tiveram sua permissão.
— Responda.
Ele gritou.
— Muitos.
Ela engoliu não só o orgulho mas o choro para não desabar diante dele.
— Quando fizeram isso, esbofeteou algum deles?
Ele segurou sua pequena face entre as mãos, seus olhos negros fitaram friamente sua recusa, conhecia bem os motivos de Daphny estar naquela taberna quando a conheceu pois havia arrancado a informação de uma forma dolorosa dos soldados de Elliot antes de tirá-la de lá, usou isso para abate-lá, era vingativo e cruel como nenhum outro.
— E porque diabos acha que pode estapear meu rosto? Lhe tirei do inferno, lhe trouxe a minha casa e retribui minha gentileza fazendo de mim a porra do seu saco pancadas?
Daphny estava assustada, sempre foi alguém forte mas haviam arrancado isso dela, de um jeito doloroso e brutal.
— Me tirou do inferno, me trouxe a sua casa.
Ela sussurrou.
— A troco de quê? O quanto isso irá me custar?
A voz era quase inaudível, Máximo caminhou até o móvel, se serviu de uma bebida se sentando a poltrona, em silêncio varreu o corpo de Daphny com os olhos, o líquido do copo queimou em sua garganta mais não tanto quanto o desejo que ardeu em sua alma, por um segundo se viu exatamente como era um monstro perverso e pecaminoso, mesmo que seus olhos fitassem o corpo de Daphny coberto por hematomas ele conseguiu se excitar, ela era exatamente o que ele havia procurado durante toda sua vida, era meiga e tinha um ar de pureza que despertou o mais irracional dos demônios em seu seu ser, seria capaz de devora-la até que não restasse completamente nada e isso fez seu subconsciente psicótico gargalhar.
— Acha que tem algo a me oferecer?
Ele perguntou sabendo exatamente o que queria, o que desejava da pequena mulher, quando o pai Malik o ligou meses atrás deixando incumbido a ele um herdeiro para os Trajano ele o mandou ao inferno, não queria contato com aquele homem, porque diabos acataria uma ordem sua? Bem, essa ideia mudou no exato momento em que soube que exatamente tudo pelo o que a mãe havia batalhado seria entregue ao irmão Hefestos se fosse ele o primeiro a dar um herdeiro a família, Máximo não fazia questão do dinheiro, das vantagens que teria era rico o suficiente para nunca mais trabalhar em sua vida e devia isso ao seu próprio esforço, era a competição e mágoa que cercava a relação com irmão o que o fez repensar sua decisão, iria dar ao maldito Malik o neto que ele tanto desejava, arrancar dele a alegria de conhecê-lo e receber cada centavo da fortuna que pertencia a Jade, vingaria a memória da mãe fazendo exatamente aquilo que sempre desejou fazer, destruindo o pai e o irmão a quem ele culpava por sua morte.
— Não, eu não tenho senhor, arrancaram-me a alma, seja lá o que espera receber de mim já foi tomado por outro.
Máximo sentiu o sangue em sua veias ferver como larva, como alguém teria coragem de machucar uma coisinha pequena e frágil como aquela? Era um monstro? Sim ele era, mas se orgulhava por jamais ter machucado uma mulher.
— Por favor, pode me devolver o hijab? Não quero que me vejam assim, já me humilharam o suficiente.
Máximo se levantou,
inconscientemente Daphny se encolheu, cobriu o corpo com as mãos deixando que lágrimas escorressem por seu rosto, Máximos a cobriu, sua expressão era uma mistura de indiferença e desdém.
— Suba, a primeira porta ao fim do corredor será seu quarto, tome um banho está imunda, vou pedir a uma velha conhecida que venha tratar de suas féridas, o que quero de você saberá em breve, tenho uma proposta a fazer, não é que tenha escolha menina é apenas uma gentileza, eu sou seu dono, farei de você aquilo a eu quiser que seja.
Daphny engiliu seco o nó que se formou em sua garganta, subiu os degraus em silêncio e já no quarto se lavou embaixo de água e lágrimas, estava tão exausta que implorou pela morte mais de uma vez, quando finalmente seu corpo tocou os lençóis ela se permitiu descansar, talvez estivesse no inferno, sob os olhos do demónio como lhe parecia, mais para onde fugiria? o que isso lhe custaria? A morte seria um presente mais como o homem assustador lhe havia dito não estava pronta para ela, pegou no sono sem se dar conta de que era observada por olhos repletos de obsessão e uma pitada macabra de cobiça, Máximos não sabia o motivo de estar ali mais zelou por seu sono, atento e paciente, estarrecido com a beleza da bela preciosidade diante dele, exatamente como Sancler havia dito que ficaria estava hipnotizado e isso lhe custaria a sanidade que não tinha, não se dá há um louco a cura de seus devaneios sabendo que ele enlouqueceria ainda mais ao conhecer o que poderia ser sua redenção, Daphny estava ali por um propósito e mesmo sabendo que isso provavelmente a destruiria Máximo não recuou, era o monstro que sempre acreditou que fosse e a teria para o seus propósitos mesmo que isso lhe afundasse completamente no inferno em que ele vivia.
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Atualizado até capítulo 68
Comments
Ivanilde T. Serra
Vocês vão se completar, estão muito machucados.
2025-01-24
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Ivanilde T. Serra
Quanta tristeza e dor ela já passou.
2025-01-24
0
Ivanilde T. Serra
Coitada sofreu tanta violência que prefere a morte
2025-01-24
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