Eu preciso ajuda-lo

Amanda entra no banheiro e vai lavar seu rosto, esta semana

realmente parece que não vai terminar “Primeiro o Pedro causando uma confusão

enorme por um único beijo, depois aquele idiota do Diogo eu tentando

ajudar o Vitor e acabo causando mais confusão e se não fosse o suficiente desde

aquele dia em que o Pedro conversou comigo na sala de reunião, ele vem me evitando

por mais que ele pense que está disfarçando, todos perceberam que tem algo errado,

a única coisa boa que aconteceu esta semana foi descobrir que tenho um chefe

maravilhoso que se preocupa comigo e agora posso passar mais tempo com ele,

sempre que ele me explica algo novo meu coração acelera nunca pensei que fosse

sentir isso por aprender algo novo.”

Apesar de correr a vida toda atrás do seu grande amor, Amanda não

tem conhecimento algum de como é se apaixonar, sentir suas pernas bambas, seu

coração disparar sempre que seu amor se aproxima de você, mas isso está preste

a mudar parece que o destino está começando a agir. Em meio aos seus

pensamentos de repente ela é trazida de volta a realidade com vozes alteradas e

parece ser uma voz familiar, ela se aproxima da porta preocupada se Vitor pode

estar com problemas novamente, então ela percebe que a voz alterada e de

Cecilia, a mãe de Vitor e por mais que ela não queira ouvir a discussão o

banheiro não é tão grande assim.

Após um breve período de silêncio, Amanda ouve a porta bater e

pensa será que este é o momento certo para sair ou ela deve esperar um pouco “Essa

conversa dos dois foi bem tensão e eu achando que minha mãe era durona ela com

certeza se ela estudassem na mesma faculdade minha mãe seria aluna, eu nunca

pensei que a senhora Cecilia tivesse uma mente tão antiquada em que século ela vive

arrumar encontros as cegas, e o que foi aquilo, uma lista com homens, até segurança

para escoltar os encontros do filho, a mãe do Vitor é durona mesmo, mas porque

será que eu não ouvi o Vitor descordando, ele é sempre tão firme na empresa será

que a mãe dele é seu calcanhar de Aquiles” quando de repente ela é surpreendida

com alguém batendo na porta:

— Amanda, pode sair, minha mãe já foi embora.

Ela abre a porta com um pouco de vergonha, então Vitor fala:

— Me desculpe por você ter que ouvir toda essa conversa.

— Tudo bem, eu que deveria pedir desculpas, mas não teve como não

ouvir.

— Eu sei minha mãe enlouqueceu de vez, agora eu estou perdido não

vou mais ter tempo para nada, minha empresa, meus clientes, como eu vou

organizar tudo agora ela lista não faz nenhum sentido.

— Me desculpa mesmo me intrometer, mas você vai mesmo fazer o que

sua mãe falou.

— Você não entenderia, minha mãe já passou por muita coisa por

minha causa, quando meu pai morreu, eu não pude ajudá-la a suportar toda a

pressão que estava surgindo, ela teve que se dividir entre a empresa, o

hospital e ainda aguentar a dor do luto.

— Quer dizer que quando você ficou internado foi logo depois de

seu pai falecer.

— Como sabe que fiquei internado? Espera o Rafael te contou o

que ele te disse exatamente.

— Não, foi a Roberta que me falou, eu nem sei do motivo de ter

ficado internado ela só comentou este assunto comigo porque foi na mesma época em

que eu também tive alguns problemas de saúde e fiquei internada ela só achou

muita coincidência.

— Entendi, eu pensei que o Rafael estivesse falado demais.

— Não é só isso mesmo que eu sei.

— Tudo bem, acontece que esta é uma época da minha vida que não

tenho muito orgulho, enfim, não quero chatear minha mãe, nem aqueles que amo

ainda mais eu já os fiz sofrer demais, o jeito agora e tentar achar uma maneira

de equilibrar tudo.

— Se tiver algo que eu possa fazer para ajudar, é só me avisar.

— Não acho que seja algo que você possa me ajudar, mas obrigada

mesmo assim, agora Amanda eu queria te perguntar como está sua relação com o

Pedro no trabalho ele te tratou diferente.

— Não está tudo normal sem nenhum problema.

— Que bom, então vamos ao que interessa, vem aqui quero te mostrar

uma coisa.

— Sim, vamos ao trabalho chefe.

“Eu amo quando ele me chama para me ensinar algo

novo ou corrigir algum erro, até o cheiro que vem dele me deixa calma, eu tenho

muita sorte em tê-lo por perto, mas como será que posso ajudá-lo, eu preciso

pensar em algo não quero o ver passando por dificuldades, o que eu puder fazer

para o ajudar eu vou dar o meu melhor”.

Ao sair da sala de Vitor, Amanda lembra de alguém que tem as melhores ideias, as mais loucas também, mas isso não é importante agora, ela pega seu celular e manda mensagem para sua irmã caçula Beatriz.

— Bia, eu preciso de conselhos urgentes, desmarque qualquer compromisso que tenha para hoje é urgente.

— Bom dia para você também, irmã, não sei se tenho tempo, hoje estou muito ocupada.

— É sério isso, vai me abandonar agora quando precisou de ajuda com aquele seu ex que a mamãe não pode nem sonhar que foi que te ajudou sem fazer perguntar.

— Nossa irmã, eu vou ter que te pagar até quando por isso.

— Me pagar quem está cobrando alguma coisa, só estou lembrando que somos irmãs, precisamos nós priorizarmos, você sabe que eu te amo Bia.

— Tá sei, eu vou te encontrar mais só posso ficar por duas horas.

— Obrigada minha irmã lindona, você é a melhor, eu não vou precisar de mais que isso mesmo, te mando mensagem quando sair do trabalho, vamos tomar um café, mesmo lugar de sempre.

— Certo te vejo mais tarde, beijos.

— Beijos, melhor irmão caçula do mundo.

Como se tivesse outra irmã caçula.

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