Alvo de Um Alfa

— Vem comigo agora, você é nossa. — diz Sebastian agarrando o braço dela e tentando puxá-la.

— Me solta! — diz Saphira assustada.

Todos escutam as vozes alteradas e correm até a porta, Draco rapidamente afasta a mão de Sebastian e pergunta escondendo Saphira atrás dele:

— O que pensa que está fazendo?

— Essa mulher pertence a nossa matilha. — diz Sebastian irritado.

— Como assim “pertence”? Não conheço nenhuma lei que garanta um lobo a alguém, a não ser que haja um acordo entre famílias, mas dela está morta. — diz Rosana sem acreditar no que está acontecendo.

— A não ser é claro que queira se declarar culpado pela morte da família dela, ai eu entenderei o que quer dizer com “pertencer”, mas também serei obrigado a convocar uma reunião entre as matilhas. — diz Draco.

— Não a conhecem, ela é nossa. — diz Sebastian fazendo um sinal com as mãos para o alto.

Homens e mulheres começam a sair da mata e Draco pergunta:

— Isso é uma invasão?

— Quer guerra com nossa matilha? — pergunta Camila abraçada com os filhos.

Sebastian encara as crianças por um tempo e suas presas ficam a mostra, enquanto diz:

— Que crianças mais lindas.

— Não faça isso! — grita Saphira se aproximando com os olhos brilhando.

Sebastian dá um passo para trás e todos os lobos param de andar, Draco então fica ao lado dela e grita para que todos ouçam:

— Ela é um membro da minha matilha, membro da minha família e companheira da temporada, sabem o que acontecerá se a tocarem.

Os lobos ficam surpresos e começam  a se afastar cochichando, Sebastian se acalma e antes de sair diz:

— Não pode dar um filho a ele.

Os lobos se afastam e Saphira cai de joelhos dizendo:

— O que eu mais temia aconteceu.

— Calma querida, estamos aqui. — diz Rosana.

Draco a pega no colo e a leva para dentro, Jhoe acompanhado de Maik entra correndo e perguntando:

— Está tudo bem Sasah?

— Estou bem. — diz Saphira deixando se chá na mesa de centro e o abraçando.

— Clarisse e Angel estão mobilizando os lobos da matilha, Amy está entrando em contato com nossos aliados. — diz Maik.

— Podem me explicar porque ficaram daquele jeito ao ouvir que sou da matilha de vocês? — pergunta Saphira se sentando novamente.

— Significa que você foi iniciada e quando ele declarou que você é a companheira, deixou claro que você se tornou o alvo de um alfa e a lei mais absoluta dos lobos está em jogo. — diz Camila.

— Que lei? — pergunta Saphira.

— Tocar o alvo de um alfa é um delito grave, podendo levar a morte diante de um tribunal composto por alfas cruéis, vale o mesmo para esposas. — diz Maik.

— E por quê a temporada de acasalamento é tão importante? O que é? — pergunta Saphira.

— É uma época em que passamos por um tipo de bruma, ficamos entorpecidos, precisamos acasalar. — diz Rosana.

— Até você Rosana? — pergunta Saphira curiosa.

— Não queria, eu selei meu corpo, declarando pertencer eternamente ao meu alfa. — diz Rosana.

— Isso significa que minha mãe só teria a necessidade de passar pela temporada, caso meu pai estivesse vivo. — diz Camila.

— Romântico. — diz Saphira.

— É mais que isso, você jura pertencer apenas ao alfa e nunca mais poderá estar com outro lobo. — diz Jhoe.

— É uma prova de amor rara, muito poucos realizaram. — diz Draco.

— Sasah, você fala como se não conhecesse a bruma. — diz Jhoe confuso.

— Sinceramente, nunca aconteceu algo assim comigo, talvez por eu ter me escondido tanto tempo entre os humanos. — diz Saphira.

— Pode ser querida, como você é diferente de nós, é uma suposição válida. — diz Rosana passando a mão pelas costas de Saphira.

— Tem algo me preocupando. — diz Saphira.

— O quê? — pergunta Draco surpreso com o olhar dela.

— Ele olhou daquela forma para Felipe e Bruna, ele os marcou. — diz Saphira.

— Percebemos também querida, fique tranquila, vamos protegê-los. — diz Rosana.

Saphira olha para as crianças no canto da sala e vai até eles, ela os beija na cabeça e seus olhos ficam roxos, todos ficam surpresos e escutam ela recitar algo em uma língua morta, as crianças se viram para ela e repetem a última palavra, voltando a brincar em seguida, Camila então pergunta:

— O que foi isso?

— Eu… não faço ideia, um sentimento tomou conta de mim e agi inconscientemente. — diz Saphira voltando a si.

— Você os marcou. — diz Jhoe olhando o couro cabeludo das crianças.

— O quê? — pergunta Draco surpreso.

— Parece um tipo de selo de proteção, mas não conheço esse formato, vai além do meu conhecimento. — diz Maik.

Camila se aproxima e ao vê-lo, fica em choque e corre até o quarto. Quando retorna, mostra a todos uma pele deixada por seu pai antes de morrer, entre os pelos tem essa marca, Rosana então diz:

— Seu pai era obcecado por selos de proteção.

— Mas lobos não podem deixar selos assim, por isso nos aliamos a bruxas. — diz Draco.

— Nós não..., mas existiram lobos capazes de marcar pele. — diz Camila encarando Saphira.

Todos permanecem em silêncio e Saphira fica muito confusa, então Camila diz:

— O que importa é que sabemos que é de proteção, isso me deixa mais calma em relação à segurança de meus filhos.

— E falando em marcas, Draco tem que marcá-la. — diz Maik.

— O quê? Pensei que não pudessem deixar marcar. — diz Saphira confusa.

— Não é bem esse tipo de marca. — diz Draco a pegando no colo.

— Eu estou bem, já posso andar. — diz Saphira.

— Fica quietinha um pouco por favor. — diz Draco a carregando escada acima.

Ao chegar em seu quarto, Draco a deita delicadamente na cama e pede:

— Tire a camisa, por favor.

— Por quê? — pergunta Saphira.

— Só tira. — pede Draco tirando a camisa dele.

Saphira fica hipnotizada com o corpo dele e obedece, Draco se senta em cima das pernas dela, a fazendo deitar na cama, ele não diz uma palavra, mas seus olhos são um mar de emoções. Ele beija o pescoço dela e desce delicadamente ao ombro, onde ela sente um leve desconforto e em seguida seu corpo parece ficar em chamas como nunca havia sentido antes, ela então agarra as costas de Draco e suas garras deixam rastros de sangue, suas pernas envolvem a cintura dele e quando ele a encara, seus olhos são puro desejo. Ele a beija e percebe que Saphira agora está mais selvagem, sem timidez, como se fosse o devorar, então ele a ajuda a voltar a si, dizendo:

— Sei que não quer que seja assim.

Saphira fica imóvel por um minuto e volta a si, dizendo:

— Obrigada, eu não sei o que aconteceu.

Eles descem e todos encaram a camisa branca de Draco, que agora está suja de sangue nas costas, Jhoe levanta o pano vermelho e ao ver suas costas, diz:

— Tem que tomar cuidado com ela, é uma matadora de alfas.

Maik ri e diz:

— Isso é novidade para mim, nunca vi um alvo fazer isso.

— Acha isso estranho? Então olha isso. — diz Draco mostrando o ombro.

Uma marca azul está em sua pele, todos ficam surpresos e ele diz:

— Parece que Saphira me marcou.

— Mas só alfas marcam. — diz Camila.

— Agora ela também pode. — diz Draco os encarando.

Saphira fica sem jeito e permanece em silêncio.

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Comments

Luiza Marra

Luiza Marra

eita livro bom.um capítulo melhor do que o outro

2024-05-03

2

Ezanira Rodrigues

Ezanira Rodrigues

Estou gostando muito.

2024-04-07

4

GlauciaK

GlauciaK

Quanto mais leio mais quero ler dessa história

2024-04-03

3

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