inevitável

Ao ver que aconteceria possivelmente uma tragédia, Alice começou a tentar raciocinar se tinha alguma coisa errada em volta.

"O que vai acontecer, pensa, será que alguém trouxe uma arma para fazer um atentado? Não vejo ninguém muito suspeito, será que será algo que vai ocorrer depois do show? Aaa que merda" pensa Alice enquanto olhava para todos os lugares tentando entender o que ia acontecer.h

"Perai, a pilastra que segura o palco moveu-se com o vento? Será que ela vai cair no palco durante o show? Tenho que verificar, eu não quero que hoje seja estragado com uma tragédia" pensa Alice enquanto vai em direção de 2 organizadores que estavam num computador do lado do palco.

— Aline fique aí, não venha, eu pensei em algo, se for isso é melhor que fique aqui, não saia, fique na cadeira por favor. — insistiu Alice.

— ta irmã eu vou ficar aqui, tenha cuidado tá. — disse Aline.

— vou ter. — diz Alice indo em direção dos dois rapazes.

— a oi, pergunta, eu vi aquela pilastra que segura balançar, ela ta colocada de forma certa? — diz Alice para os dois homens que pararam o que estavam fazendo.

— sim, foram colocados corretamente pelos técnicos, não vejo nenhum problema neles, pode ficar tranquila. — diz o homem sentado na cadeira em frente ao computador.

— mas eu vi... — fala Alice quando é interrompido pelo mesmo homem.

— nós somos profissionais moça, apenas desfrute do show, eu preciso continuar com o meu trabalho aqui... — o homem também foi interrompido pelo que estava em pé ao lado dele.

— nah, deixa eu mostrar para ela que esta tudo certo, não tem porque ser tão rabugento. — diz o homem que estava em pé.

O homem que estava no computador apenas se calou e voltou a fazer o que estava a fazer, e o rapaz que estava em pé foi com ela para a pilastra.

— é essa aqui? — disse o homem para Alice.

— sim essa mesma. — Responde Alice.

— a olhe bem, mesmo se eu empurrar ela com as mãos ela não vai se mover nem um centime... — o homem disse isso enquanto encostava a mão esquerda na pilastra.

O homem sentiu um pequeno estalo e logo em seguida a pilastra tendeu para esquerda, ele ainda tentou segurar, mas foi incapaz de segurar e ela caiu sobre o palco em cima dos instrumentos e fazendo a tenda cair e quebrar parte do palco de madeira, por sorte ninguém estava no palco e não houve um acidente maior.

— QUEM COLOCOU AS PILASTRAS? — gritou o homem com raiva, pois sabia que o show tinha ido pro buraco.

O outro homem apenas balançou a cabeça em total desaprovação, frustração e raiva, um show de sentimentos que só Alice conseguiu ver, enquanto isso muitos que estava ao redor ficaram surpresos e assustados, alguns foram tentar ajudar, enquanto os que ia tocar no show foram reclamar com o homem que estava no computador, já Alice apenas se afastou para perto da irmã.

— e parece que ta resolvido né irmã? — perguntou Aline.

— na verdade não, as borboletas não mudaram de cor, ainda estão pretas, mas acho que agora não vai ser na hora do show, isso ainda é um problema. — responde Alice para irmã.

— mas irmã, você disse que nunca consegue mudar, então vamos so para a vovó. — diz Aline tentando puxar Alice para que ela não se envolvesse em problemas.

— é, vamos, acho que não há o que fazer agora, não consigo pensar em mais nada. — diz Alice segurando a mão de Aline e foi para onde a vó dela estava.

— se divertiram meninas? — perguntou a avó delas quando elas chegaram.

— sim, mas acho que não vai ter mais show, porque uma pilastra caiu no palco. — disse Aline.

— NOSSA, mas ninguém se machucou né? — perguntou a avó das meninas.

— não, só que o palco já era. — disse Aline.

— a que bom, e que pena, então o evento principal vai ser a queima de fogos a meia noite para o início do festival.

— é, parece que sim, acho que vou na tenda do vovô, até mais vovó. — diz Aline puxando Alice para ir na tenda do avô delas.

— ta certo, tenham cuidado.

— tá. — disseram as duas ao mesmo tempo.

*meia-noite na queima de fogos*

todos foram para o morro que ficava a cima do festival, para terem uma visão linda da queima de fogos.

Alice e Aline focaram na parte de cima do morro junto dos seus avós e amigos deles, mas Alice não tirava da cabeça as borboletas pretas em quase todo grupo que ia tocar, eles estavam em cima de uma enorme e larga pedra que existia naquele morro desde que a cidade foi feita.

foi então que no começo da queima de fogos, a pedra de varias toneladas de alguma forma despencou e as pessoas da banda que estavam em cima dela caíram na parte mais baixa do morro, e a pedra enorme logo após a queda deles se enganchou em algo, mas não por mais de alguns segundos que não fora o suficiente para as pessoas da banda sairem, o que fez a pedra cair por cima de quase todo menos um.

todos ficaram pasmos na mesma hora, o avô de Aline e Alice mandou a avó delas tirar elas dali, e foi junto de vários homens para a para onde a pedra caiu.

— vamos crianças, vamo, ta na hora, não olhem. — diz a avó das meninas enquanto todos saiam dali.

esse evento mostrou para Alice que realmente era algo inevitavel parar àquilo, mas no caminho de volta Alice viu milhares de cores ate mesmo algumas tonalidades que nunca tinha visto, tudo isso so a fez se questionar de novo em pensamento, do porquê só ela conseguia ver essas coisas.

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