Brandon estava em pé próximo a janela que dava a área externa, abre um pouco as cortinas com os dedos e aproxima mais o rosto com meio sorriso aparente, contemplando alguns alunos se divertindo com uma bola no gramado.
Brandon Ramsey, 33 anos de idade. Herdeiro de uma indústria farmacêutica, uma empresa de capital aberto. É psiquiatra e psicólogo, professor de psicologia na universidade de Harvard, uma das melhores do mundo. Apesar de ter muita grana e ser milionário com os negócios da família que passou de geração para geração, ele não seguiu de perto o desejo de seu pai, escolheu sua profissão e trabalha por amor. Atualmente, Josef Ramsey, seu pai, encontrava-se muito doente.
* Olá!
Uma voz feminina incrivelmente sedutora se manifesta chamando a sua atenção para a porta.
Brandon - Já está indo, Nina?
Ele se aproxima da noiva e lhe dá um selinho nos lábios.
Nina - Sim, espero ir com você, tá de carro?
Brandon - Não, de moto!
Ela leva as mãos no rosto dele e acaricia.
Nina - Detesto você de moto, sabe disso, né?
Brandon - Sim! (Risos)
Eles se aproximam para mais um beijo rápido e um pouco formal, já que ambos estavam em um ambiente de trabalho.
Nina - Janta comigo hoje?
Sussurrou com uma voz fraca meio sedutora.
Brandon - Não sei, meu pai piorou e...
Ele dá uma pausa e engole a saliva que saia grossa.
Nina - Oh, meu querido!
Brandon - A cada dia o meu pai tá ficando pior, eu não sei mais o que fazer...
Nina - Acho que tá chegando a hora dele.
Ele a olhou e franziu a testa.
Brandon - O que disse?
Ela pigarreia e limpa a garganta.
Nina - Bem... eu quis dizer que seu pai...
Ele a interrompe.
Brandon - Não continue.
Um pouco chateado com o rumo da conversa, Brandon se afasta e retorna para a janela, cruza os braços na frente do corpo e fecha os olhos.
Nina - Perdão, eu não queria te magoar.
Brandon - Mas você não disse nada de mais, eu ainda tenho esperanças, ou pelo menos acredito.
Nina deu alguns passos ao seu encontro e o abraçou por trás como uma forma de carinho e conforto.
Brandon - Depois que eu visitá-lo dou uma passada na sua casa.
Nina - Vou preparar um jantar incrível, você vai amar a nossa noite.
Nesse momento ambos se afastam pois escutaram batidas na porta, Brandon autoriza a entrada e Alice entra toda sem jeito segurando o bilhete amassado na mão.
Alice - Perdão, é que eu... bem...
Brandon - Sim, pedi a sua presença aqui depois da aula.
Alice olha para a professora Nina que era de outro curso, as duas se encaram por alguns longos segundos.
Nina - Bom, já vou indo!
Brandon - Ok!
Ela abre a porta e sai os deixando a sós.
Alice - Estou aqui professor!
Brandon - É, estou vendo!
Ele puxa a cadeira e senta-se apoiando uma perna em cima da outra.
Brandon - E então?
Alice - Eu...
Ela não consegue dizer nada, então apenas balança a cabeça em negação, olha para o lado e depois mira na janela.
Brandon - O que está acontecendo? Não é a primeira vez que você chega atrasada na minha aula e dorme durante…
Alice - Eu geralmente não durmo durante a noite professor, é complicado.
Ele leva a mão embaixo do queixo e gira um pouco a cadeira para o lado.
Brandon - Ano que vem você vai para o último ano, só não sei se vai passar, suas notas deram uma caída drástica.
Alice - É que eu trabalho a noite, por isso as vezes eu durmo.
Ela suspira, ele amassa os lábios, um pouco mais interessado no restante, mas Alice não continuou.
Brandon - Trabalhando a noite? E...
Alice - Eu prometo que irei melhorar, é só uma fase!
Ele iria perguntar mais algumas coisas, mas percebeu que Alice não queria se aprofundar no assunto.
Brandon - Pode ir!
Alice - Até amanhã!
Ele não respondeu, apenas confirmou com um balançar de cabeça. Alice saiu da sala e da instituição, caminhou pelo gramado e sentou embaixo de uma árvore, dobrou as penas e mirou no nada. Uma buzina de carro chama a sua atenção, Alice olha mais a frente e vê o amigo com carro parado a esperando.
Tom - Vai ficar sonhando com o professor de psicologia ou vai entrar nesse carro para comermos algo?
Ela arregala os olhos e levanta-se rápido indo ao seu encontro.
Alice - Você enlouqueceu?
Tom - O que eu falei? Só disse a verdade!
Alice - Para!
Ela dá a volta e entra no carro.
Alice - Eu sabia que não poderia confiar em você.
Tom - Calma garota, não tinha ninguém por perto.
Alice - Droga!
Ela joga a bolsa entre as pernas e fecha a cara enquanto olhava através da janela, seus olhos estavam lubrificados por lágrimas.
Tom - Qual é, Alice! Eu estava brincando, você sabe disso.
Ela deu de ombros, piscou as pestanas e fez algumas lágrimas solitárias deslizarem pela sua face rosada e doce.
Tom - Desculpa!
Alice - Tudo bem.
Ela limpa as lágrimas com os dedos e sorri um pouco sem jeito.
Alice - Vamos comer, eu estou morrendo de fome.
Tom - Hambúrguer?
Alice - É, pode ser!
Eles vão para um fastfood bastante conhecido, entram na fila do drive thru e pedem seus pedidos para levar e comer em casa.
...
Já tinha anoitecido, Brandon para a moto em frente a uma mansão gigantesca e luxuosa, tira o capacete e fica olhando fixamente para os portões, baixa a cabeça um pouco frustrado. Os portões são abertos e um segurança sai sorridente.
* Senhor!
Brandon - Boa noite!
Segurança - Vai entrar, senhor?
Brandon - É, vou!
Ele gira a chave da moto dando partida e entra na mansão, passa pelo o imenso jardim, área da piscina até chegar perto da porta principal. Olha tudo em volta e desce da motocicleta, sobe os degraus e entra um pouco impaciente sendo recebido por uma funcionária antiga que morava na casa há anos.
Antonieta - Filho, que bom que veio!
Exclamou com alegria no rosto.
Brandon - Como você tá?
Ele a abraçou e lhe beijou no topo da cabeça com carinho.
Antonieta - Não estou muito bem, seu pai... ele...
A voz falta e Brandon sente as lágrimas da senhora umedecer sua camisa.
Brandon - Vou vê-lo!
Antonieta - Ele está com a enfermeira no quarto.
Ele olha a escada, amassa os lábios e sobe os degraus sem muita pressa, apenas não queria ver o pai doente em estado terminal. Era muito mais que doloroso, chegava a ser insuportável tal visão.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 113
Comments
Gabs🧡💛
Eu perdi o meu pai todos falam que foi minha culpa dele ter morrido machucava pensar que talvez tenha sido a minha culpa
2025-01-15
0
Gabs🧡💛
É horrível quando não é correspondido e saber que a pessoa gosta de outra pessoa eu fico tão frustrada com os meus sentimentos que eu só não queria ter sentimentos porque eles machucam muito
2025-01-15
0
Joselma Trajano
essa namorada dele,já não gostei dela, só pela forma que ela falou do pai dele.
2023-12-16
172