Conta pra gente o que rolou?

Stefano

Quando a Thalia foi me levar até a porta, damos de cara com um homem, ele estava com uma bagagem, o homem era alto, e branco, não faço ideia de quem seja, a Thalia me empurrou para fora quando ele perguntou quem eu era.

Saio do condomínio dela, entro no carro e volto para a balada, assim que entro, Thomas, Oliver e James querem saber o que havia rolado entre eu e a Thalia, faço um rodeio, se fosse só o Thomas, eu contaria, mas para esses dois, não abro o bico nem a pau, eles não são meus amigos.

— Qual é, cara! Conta pra gente o que rolou?

— É, conta aí Stefano? Você levou ela pra cama?

— Abre o jogo?

— Não rolou nada, só deixei ela em casa e voltei.

— Eu falei que ela não ia te dar moral cara, aquilo ali é muita areia para esse seu caminhãozinho. — disse rindo.

Palhaço se ele soubesse, mas eu não tenho que provar nada pra ele.

— É, você tem razão. — falei forçando um sorriso.

Eu estava doido querendo ir embora para a minha casa, então fugi do assunto e pedi para o Thomas me deixar em casa, e assim ele fez.

— Agora me conta... você ficou ou não com a Thalia?

— Fiquei sim. Cara, como ela é maravilhosa. — falei todo bobo, com um sorriso gigantesco.

— Xii... cuidado para não se apaixonar meu amigo. — disse rindo.

— Acho que isso já aconteceu quando eu bati os olhos nela essa noite.

— Cuidado, a Thalia gosta de brincar com os sentimentos dos homens.

Fico pensativo por alguns instantes, Thomas para o carro em frente ao meu prédio, me dispeço dele e agradeço pela carona.

Entro no meu humilde apartamento, e vou tomar um banho, depois visto uma cueca e um short de dormir, vou até o meu computador e pesquiso sobre a Thalia.

Ela é influencie, tem milhares de seguidores em todas as suas redes sociais, é filha única, de pais milionários. Não acreditei quando vi uma foto dela com aquele homem que dei de cara hoje quando estava saindo do apartamento da Thalia, na foto os dois estavam abraçados, enquanto a Thalia mostrava o seu anel nada discreto de noivado, acho que ela não estava usando ele essa noite. Não acredito que os dois são noivos, parece que ela é bem danadinha, o nome do cara é David, não sei porque, mas para mim ele não pareceu muito preocupado em ter me encontrado sozinho com a noiva dele.

Apago a tela do computador e vou para a minha cama, já passa das três horas da manhã, preciso ir dormir, amanhã tenho que trabalhar, como eu já havia falado, sou maître, trabalho em um restaurante muito famoso na cidade, o Estar.

O maître é responsável pelo planejamento e supervisão do serviço de atendimento ao cliente, pelo auxílio na elaboração de cardápio, pela liderança e capacitação da brigada de serviços, recepção e acomodação do cliente, finalização de pratos e bebidas especiais, e pela garantia da qualidade dos serviços visando à satisfação plena do cliente e mais algumas coisinhas. Esse restaurante onde trabalho só os ricaços frequentam, para a minha sorte só começo o meu turno as dez da manhã.

Acordo com o despertador do meu celular tocando, desligo o mesmo e vou tomar um banho, depois coloco o meu uniforme que é uma camisa social branca, um terno preto com gravata borboleta na cor branca, calço o meu sapato social preto e assim completo a minha vestimenta, pego o meu celular e chamo um carro de aplicativo que não demora a chegar.

No restaurante tenho alguns amigos, e pretendentes também, mas eu não gosto de misturar trabalho com prazer, isso não dá certo. Enquanto estou organizando o menu, ouço o Dan e o Colin conversando sobre o Charles, o gerente do restaurante, escuto eles falarem que descobriram que o Charles estava roubando o dono do restaurante, me aproximo deles para saber de mais detalhes.

— Eu ouvi direito? — eles me encararam.

— Sobre o Charles? — Dan perguntou se aproximando um pouco mais de mim.

— Isso é verdade mesmo?

— A investigação apontou que sim.— falou com a expressão séria.

— Que cara filho da puta!

Logo ele que se achava melhor que todos nós, não passa de um ladrão safado.

— Um grande filho da puta! — ressaltou Dan.

— Eles já tem alguém para ficar no lugar desse safado?

— Por enquanto, não estou sabendo de nada amigo.

— Se souber de alguma coisa me avisa?

— Pode deixar.

O Dan é o funcionário fofoqueiro, tudo que acontece no restaurante ele fica sabendo. Volto ao meu trabalho, e confesso que fiquei feliz com a saída desse imbecil do Charles, ele sempre dificultou o nosso trabalho aqui no restaurante, era muito mandão e exigente ao extremo.

No final do meu expediente eu e os outros funcionários somos chamados na sala de reunião, todos nós já estávamos cientes de qual seria o assunto, com certeza eles vão falar sobre o safado do Charles.

— Você acha que o Charles vai aparecer?

— Claro que não, Dan.

— Eu só estou falando porque ouvi alguns boatos que ele estaria aqui hoje.

— Você está vendo ele aqui? — falei já sem paciência.

Ele me encara com a cara de cú, gosto muito do Dan, mas as vezes ele enche muito o saco, então sou obrigado a dar essas cortadas nele.

O dono do restaurante o Frank começou a falar, e sempre que conversa conosco, ele faz um discurso sobre como o restaurante faz parte da vida dele, e dessa vez não foi diferente, estávamos tranquilo ouvindo ele, mas o que não imaginávamos era ouvir o Frank dizer que vai vender o restaurante, agora fudeu, nossos cargos estão em risco, uma grande discussão é formada, ninguém queria perder o seu emprego, Frank com a ajuda do segurança do restaurante conseguiu controlar o falatório e a discussão que havia se formado.

— Fiquem calmo pessoal! Talvez o novo dono queira manter o mesmo grupo de funcionários, o que posso fazer nesse momento é só desejar, boa sorte a todos! — disse saindo.

Aos poucos todos foram saindo, alguns chorando temendo pela possível perda do seu emprego.

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