Chegando à mansão vou direto ao meu quarto e me deito na cama chorando.
Lembro de momentos marcantes na infância. E me pergunto em qual momento Luigi passou de um menino sonhador, para um ambiciosos sem limites.
Porque ele nâo me ouviu, e recomeçou sua vida de maneira honesta em outro lugar.
Nunca pensei que meu pai tivesse essa reação com Salvatore e menos ainda comigo. Como se eu fosse culpada das escolhas de Luigi.
Sem falar que eu só estou aqui graças a eles.
De tanto pensar acabo adormecendo.
Acordo com Salvatore sentado na poltrona me olhando.
- Aaahhhh! Eu grito.
- Desculpe. Não queria te assustar só estava te olhando dormir. Ele diz.
Eu me sento na cama.
- O corpo de seu irmão já está na funerária. Pedi para retirarem do necrotério e prepara - lo para o funeral.
- Ah que bom. Obrigada. Quanto eu te devo?
- Deixe de besteira. Não me deve nada. Ele diz e se levanta vindo em minha direção. Vou pedir para a funerária avisar seus Pais. Você vai querer participar do funeral será as 11hs.
- Sim, por favor. Eu digo.
- Ok. Descanse e pela manhã eu te chamo. Ele beija a minha testa e sai.
- Sra Valentina?
- Sra. Valentina?
Eu acordo com Mama me chamando.
- Bom dia Mama.
- Bom dia Sra. Eu trouxe o seu café o Sr. Salvatore me pediu para trazer e acorda - la. Ele disse que em meia hora vocês saem. Ela diz.
- Ok. Obrigada Mama.
Eu tomo um banho rápido, visto um vestido preto, tomo o café e desço. Salvatore me esperava na porta.
Ele segura a minha mão e seguimos até o carro. Diferente do outro que era um SUV. Agora vamos num esportivo conversível com Salvatore dirigindo.
Ele abre a porta para mim, eu me sento ele fecha a porta e se senta ao volante.
Na nossa frente segue um SUV com vidros escuros e atrás de nós também. Eu olho pelo retrovisor e pergunto?
- Imagino que sejam seus homens?
- Exato. Ele diz.
Eu fico calada. Chegamos ao cemitério, Salvatore estaciona o carro no estacionamento. Um carro dos seguranças para a direita e o outro a esquerda.
Cinco homens saem do carro da esquerda, sendo que 4 vão para esquerda e um se aproxima de nós. A mesma coisa acontece com o carro da direita. E só depois nós descemos.
Entramos indo em direção a sala de velório. Salvatore segurando a minha mão, três homens de cada carro nos acompanham. Os outros ficam próximo à entrada.
Claro que todos nos olhavam curiosos, além dos homens, estarem de preto e óculos escuros ainda estavam armados. Era como andar com uma estrela de "Hollywood". Mas ao invés do “glamour” e sucesso, eu andava com um mafioso.
Entramos na sala de velório, eu olho o corpo de Luigi e saiu novamente. Os meus pais me ignoram. Algumas amigas e parentes se aproximaram parame dar as condolências,mas todos receosos por Salvatore. Eu fico abraçada a ele, apoiada no seu peito. Os seguranças ficam próximos de nós.
- Sr é realmente necessário esses homens próximos de nós? Eu pergunto incomodada.
- Infelizmente sim. Não posso estar em público sem escolta. Sou o homem mais temido e o mais desejado. Ele diz eu fico calada.
Logo o caixão é fechado e eu acompanho o enterro de longe e de lá voltamos para a Mansão.
- Sr precisamos conversar. Eu digo
- Sobre?
- Nós!! Eu digo
- Ok.Vamos até o meu escritório. Ele diz eu ia andando.
- Onde você vai? É no outro escritório. Ele diz e eu o sigo.
Nós descemos uma escada e saímos no porão da Mansão onde eu fiz o exame. Eu paro de andar e fico olhando para aquele corredor cheio de portas.
- O que foi Valentina? Ele pergunta.
- Foi aqui que eu participei da seleção?
- Sim. Ele responde.
- Você montou um consultório só para nos examinar? Eu pergunto
- Claro que não! Eu já tinha. Sou um mafioso Valentina não posso simplesmente ir a um hospital. Então em caso de urgência posso ter os socorros aqui mesmo. Ele conclui.
- Como assim? Eu digo ainda em dúvida.
Ele sorri, segura a minha mão e diz:
Ele anda pelo corredor e abre uma porta.
- Aqui o consultório que você viu. Eu olho, ele fecha a porta novamente.
Ele anda um pouco mais e vemos uma porta de inox. Próximo a uma porta de saída de emergência.
Passamos a porta de inox, ele acende a luz e temos uma sala de preparação com lavatório, roupas de médico, itens médicos. Logo em frente vidros e outra porta de Inox. Nos aproximamos e cirúrgicoe a luz. Há um centro cirúrgico completo e na porta ao lado do lavatório tem uma sala de recuperação, com equipamentos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) de última geração. Com capacidade para quatro pacientes.
- Temos tudo aqui. Ele diz a piscar o olho.
- Nossa isso é interessante. Eu digo.
Saímos e retornamos ao corredor e voltamos um pouco e Salvatore abre outra porta onde fica o escritório. Com um toque mais profissional que o outro, já que o outro lembrava mais uma biblioteca.
Na parede a um mapa com a Itália os países próximos e alfinetes e fios de linha fazem alguns traçados no mapa.
- O que significa essas linhas?
- As linhas verdes são áreas comandadas por nós. As azuis de aliados e as vermelhas onde pretendemos expandir os negócios. Sente - se e me diga o que deseja?
- Eu lhe dei a minha palavra de que cumpriria o contrato para te ajudar. Mas quero saber o que vou fazer nesse tempo?
- Nada. Quando eu precisar que me acompanhe, você me acompanha. Fora esses momentos não precisa fazer nada. Ele diz.
- Nada? Tem ideia do que está me pedindo?
- Valentina só seja uma mulher da alta sociedade. Curta o tempo livre, aqui temos quadra, piscina, academia, espaço beleza você pode trazer profissionais para te atender aqui. Massagista, manicure, cabeleireiro, o que você quiser. Vai ler na biblioteca, assistir um filme no nosso cinema ou sei lá, praticar pilates na sala de pilates. Ou boxe na academia de esportes. Vai mexer na horta, no pomar ou correr na pista de corrida que circula a propriedade. Vai fazer alguma coisa, menos trabalhar. Ele diz com certa futilidade.
Eu não sei se me surpreendo com a ousadia de Salvatore ou com o tanto de coisas que a nessa Mansão.
- Não sou sua "bonequinha de luxo". Sério que você pensa que vou ficar fazendo isso? Eu pergunto.
- Sim, se cuidando e se arrumando para mim.
- Ha Ha Ha. Eu começo a gargalhar.
- Não entendi, onde está a graça? Ele pergunta com seriedade.
- A graça está em você, Sr Salvatore. Deveria ter escolhido qualquer uma das moças montadas que participaram da seleção. E não eu.
- O que você quer então? Ele me pergunta já irritado.
- Trabalhar! Eu respondo.
- Sra Valentina, mulher minha não trabalha! Ele diz.
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Atualizado até capítulo 91
Comments
Fátima Ramos
Só falta falar que quer ser bandida e trabalhar com ele
2024-12-01
0
S Ramos
há tanto o que aprender, tanto o que fazer... ajudar a quem precisa. Sem precisar ganhar dinheiro prá se sustentar. Devia agradecer e muito.
2024-11-18
0
Cristina Santos
Vai estudar Valentina , fazer cursos , aprender outras línguas. Aproveite bem os recursos que ele oferece.
2024-11-16
0