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No caminho para a casa dos meus pais eu e Salvatore vamos conversando.

- Sr eu queria te pedir uma coisa?

- Sim, pode dizer.

- Por favor não diga nada sobre o julgamento aos meus Pais. Eles não vão entender. Vamos dizer que não conseguimos chegar a tempo e salvar Luigi. E que eu te procurei pedindo ajuda. E como você precisava intervir eu tive que ser novamente a sua esposa.

- Se você acha melhor. Por mim, tudo bem. Ele diz

Chegamos na casa de meus Pais. Salvatore estaciona o carro e minha mãe já vem correndo ao nosso encontro. Eu desço do carro.

- Filhaaaa! Ela corre e me abraça apertado.

Salvatore desce e fica parado na calçada ao lado do carro. Enquanto dois dos seus seguranças descem e dois permanecem no carro. Indo uma para cada lado com a arma na mão.

Ela começa a chorar e eu também não me controlo e caiu no choro.

Papai vem ao nosso encontro e nos abraça.

- Vamos entrar. Ele diz.

Eu seguro a mão de Salvatore e entramos.

- Papai e Mamãe esse é o Sr. Salvatore. Eu digo

- Olá. Diz mamãe. Pensei que você fosse mais velho. Ela conclui.

- Sra. de Luca acredito que muitos pensem assim. Meu Pai também se chamava Salvatore. Eu sou seu sucessor e tenho o mesmo nome. Por isso a confusão entre as pessoas. Ele diz sorrindo.

- Finalmente eu conheci o famoso Sr Salvatore. Diz Papai ao tocar sua mão com força. Salvatore retribui o gesto, olhando profundamente em seus olhos.

- Digo o mesmo Sr. de Luca. Não tivemos o tempo hábil para nos conhecer. Diz Salvatore.

- Valentina, estou com o coração apertado. Como está o seu irmão. Pergunta Mamãe.

Eu não consigo responder, apenas abaixo a cabeça.

- Aaaahhhhh Deus. Meu filho está morto. Ela grita chorando.

- Isso é verdade Valentina? Pergunta meu Pai.

- Sim Papai. Nâo conseguimos chegar a tempo.

- Aaahhhh Deus! Maldição...meu filhinho amado. Diz Papai chorando abraçado a Mamãe.

- Tina? Diz Gio ao descer as escadas de pijama ainda esfregando os olhos por conta da luz.

- Oi Gio. Desculpe te acordamos. Eu digo

Ela olha para nossos pais e pergunta.

- Onde está Luigi. Você o trouxe?

- Não filha. Seu irmão está morto. Diz Papai e Gio começa a chorar também.

Salvatore segura a minha mão e a acaricia.

- O que houve? Diga Valentina? Diz Mamãe.

- Infelizmente chegamos tarde. Sinto muito. Eu digo.

- E o que esse Maldito faz aqui. Ele também é culpado da morte do meu filho. Diz meu Pai gritando e se aproximando de Salvatore.

Eu entro na frente para o defender.

- Não é verdade Papai. Salvatore nâo tem culpa. O responsavel é Vito. Salvatore tentou salva - lo, mas já era tarde.

- Esse maldito não é o chefe? Grita Papai.

- É sim. Mas ele tem chefes regionais que decidem o que é melhor em seu território. E as escolhas de Luigi matou vários homens de Vito e lhe deu um prejuizo bilionário. O meu dinheiro não pagaria nem 1% do valor. Eu concluo.

- Não quero esse mafioso na minha casa. Não deveria ter trazido ele aqui. Diz Papai.

- Eu sei o que vocês fazem. Não poderei nem enterrar meu filho e me despedir dele com dignidade. Diz Mamãe chorando.

- Não Mamãe. Salvatore pediu que entregassem o corpo de Luigi. Disse que somos família, então vamos poder enterra - lo. Eu digo.

- Está louco. Família? Não sou da família de mafiosos. Diz Papai.

- Papai, Salvatore é meu marido. Então é sim de nossa familia. Eu digo.

- Cale a boca garota. E ele é seu ex marido. O Papai diz com raiva.

- Não nos separamos. Ainda somos casados e Salvatore precisa de mim.

- Sua desgraçada, prefere o assassino de seu irmão que sua família? Grita Papai.

- Ele não é o assassino. Eu digo.

- Cale a boca. Você é maldita, como ele. Tenho vergonha de você.

Salvatore me abraça pois sabe que as palavras são pesadas.

- Vergonha? O Senhor me pediu para se casar. Não se importou que eu fosse viver com um desconhecido, que todos achavam ser um velho. Eu entreguei a minha pureza, minha virgindade a um estranho em troca de dinheiro. E o Sr nunca se preocupou com isso desde que eu salvasse seu filhinho. Luigi escolheu esse destino Papai.

Engraçado que nunca se incomodou do dinheiro ser de um "maldito mafioso" como você mesmo o chamou. E nem de ser um assassino, claro desde que ele matasse o filho dos outros. Mas não o seu! Seu hipócrita.Eu grito

- Sua...sua. Papai se aproxima e vai dar um tapa em meu rosto e eu permaneço imóvel sem me defender. Mas Salvatore segura a mão de Papai a centimetros do meu rosto e o impede.

- Não faça isso Sr. de Luca. Não machuque a Valentina. Diz Salvatore.

Mamãe permanecia chorando no sofá abraçada a Gio.

- Ela é minha filha. Grita Papai.

- E minha esposa. E agora tem quem a defenda e nem o Sr e não vou permitir que nem o Sr e nem ninguém a machuque. Salvatore diz com seriedade.

- Tudo bem se é isso que vocês querem...Valentina vá com esse cara..Se ele foi capaz de colocar uma arma na sua boca..Imagine o que fará quando você não for mais útil a ele? Diz Papai.

- Eu cometi um erro Sr de Luca. Mas nunca mais cometerei. Diz Salvatore.

- Sai da minha casa agora. Diz Papai.

- Com licença. Diz Salvatore indo em direção a porta.

- Você quem decide Valentina. Se escolher esse mafioso esqueça que tem família. Diz Papai. Eu sigo andando com Salvatore, entramos no carro e vamos embora.

Eu não queria ir, mas dei minha palavra a Salvatore. E agora não tenho mais família. O melhor é seguir com esse contrato e casamento de mentira.

Mas ver Salvatore me.defender, como ele fez, me deixou balançada.

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