Capítulo 12

Maria estava tendo atrito com o pai, chamou

José e Valentina, foram para o quarto dele, Maicon disse que queria uma menina, voltaram falar da Rita, dizendo que era uma vivente, um cliente da loja, estava respondendo o Gabriel, dizendo que conhecia a mãe de Rita, comentou que ela mexia com coisa errada, drog as, trafic antes, sempre devendo pra agiota.

João chegou de carro com o Kaique, entrou sozinho silenciando a todos

- Boa noite!

Não beijou abraçou ninguém, foi direto para o quarto do irmão

- Oi, Mah o Kaique tá lá fora, quer falar com ele?

- Ele disse que ligou e só deu caixa postal.

Ela foi levantando apreensiva

- Tô sem bateria.

- O que ele quer?

João disse que não sabia, como já tinha discutido com a Valentina e o José, foi para o quarto e trancou a porta.

Depois de jantarem, os familiares foram logo embora, Tati foi bater no quarto de João pela segunda vez, disse que tinha ido ver a Rita, ele abriu apreensivo

- E aí como ela está?

Voltou deitar

- O que vai acontecer agora?

Tati sentou próxima, o colocou deitado no colo

- Ela está bem na medida do possível, não tem como saber exatamente o que aconteceu, mais ela garantiu que no sábado, saiu e alguém fez isso.

- Não contou pra ninguém, sobre você e a mãe dela está confirmando, que no sábado ela saiu, mais isso só fica cada vez mais estranho.

- Primeiro porque ela não sai, segundo a história não bate, de início ela disse que foi pra casa cedo no domingo, como se tivesse amanhecido em algum lugar inconsciente.

- Mais depois estava em casa as duas da manhã, trancada no quarto.

- Não confio nada naquela mulher, as coisas que disse, tentando denegrir a imagem da Rita, justificando ela ter sido abus ada.

- Lembrei da minha mãe, espero que fique tudo bem, contei um pouco da minha história de vida, pra ela ver que eu realmente entendo.

- Filho sei que não fez nada por maldade, sua família te conhece, estamos com você.

- Isso vai ficar para trás e para o bem de todos, não vá mais atrás dela, ela não quer te ver.

- Ninguém vai ficar falando que um dia ficaram, da um tempo tá?

- Evita ficar saindo, postando coisas, porque se amanhã ela acorda, decide mudar a história, talvez sobre a influência da mãe até, pode sei lá, querer chantagear a gente, te culpar por algo que não fez.

Super triste preocupado, ele disse que não queria deixá-la, e precisava se desculpar, Tati insistiu o convencendo de não agir no impulso como sempre fez e esperar a poeira abaixar.

No outro dia Rita havia recebido alta a tarde, sua mãe sabia exatamente o que aconteceu e começou convencer a menina de que a culpa foi dela, por deixar Nelson irritado e não honrar com o combinado deles.

Exausta e com raiva, pela primeira vez ela enfrentou a mãe, dizendo que nunca mais ia fazer nada daquilo e que se ele chegasse perto, ela iria denunciar os dois, sua mãe lhe alertou que iriam morrer as duas, porque ele era perigoso demais, mudou o tipo de manipulação dizendo que não ia pedir mais nada daquilo, Rita estava de atestado ainda, por causa da medicação forte que precisou tomar.

Valentina mandou mensagem pra ela no horário de almoço, dizendo que estava indo trabalhar e se mostrou ansiosa pra receber Rita de volta, ela até respondeu, disse estar se recuperando e perguntou se todos sabiam, estava muito envergonhada por isso.

Tati estava atrás do Gabriel, seu irmão, desde o dia anterior pra falar da casa nos fundos, da loja dele, ele só disse que era pra ela se virar, fazer o que achasse melhor.

Ela saiu do trabalho escondida, foi visitar Rita, que por sorte estava sozinha, Tati se surpreendeu com o tamanho da casa, mesmo com móveis simples, a casa em si era muito boa, foi entrando com uma cesta de chocolates nas mãos, quando percebeu que estavam a sós, disse que tinha uma casa de fundo, para alugar, contou a história da Babi ter morado lá um tempo, quando Maria era bebê.

Fez questão de falar que ela não precisava pagar, até estar com um emprego fixo certinho, Rita estava olhando séria

- Mais quanto é o aluguel? Quando cobram?

Se fazendo de desentendida Tari começou mostrar fotos

- Ahhhh baratinho, é muito pequena, cozinha e quarto, não tem quintal ou garagem.

- A gente só não aluga muito, porque passa nos fundos da loja e não confiamos em qualquer um, de fora.

- Mais você é amiga das meninas, não vai dar altas festas não né?

Rita sorriu sutilmente

- Não, eu não...

- Volto trabalhar amanhã, não estou registrada ainda, ela quer esperar eu fazer dezoito.

- Disse que não vai me dispensar, por causa das faltas.

- Eu também faço tranças, meu salário inteiro vai ser mil e trezentos, posso pelo menos pagar o aluguel e as contas, mais só mês que vem.

Tati nem acreditou que ela se interessou

- Não precisa dar nada agora, já pensou o que vai levar?

- Nós vamos te ajudar, eu ia adorar um motivo pra trocar de fogão.

- Minha tia tem um sofá maravilhoso, que ela não tá usando.

A mãe dela chegou, Rita olhou pela janela apreensiva

- Posso te dar resposta depois?

- Teria que lavar né?

Tati começou rir de desespero

- Não, lavei essa semana pra visita. Tem até um colchão lá, que usam na loja pra tirar soneca.

As duas silenciaram, a mãe de Rita disse que queria mesmo falar com a Tati, a chamou pra conversar sozinha, começou falar que Rita estava muito estranha, dizendo umas coisas que não eram verdade, ela só ouviu tudo, inventou uma desculpa pra ir embora rápido.

Já foi direto no mercado, comprou produtos de limpeza, vassoura, rodo, correu pra loja, foi bater na porta do Gabriel, dizendo que ia lavar os fundos e pediu a chave, ele levantou sem entender

- Como assim?

- Ela aceitou e a mãe?

- Ela não é menor de idade?

Tati foi abrindo a casa

- Aquela mulher é louca, to doida pra dar na cara dela.

- Tenho certeza que até o fim de semana, a Rita vai aceitar ajuda.

Começou gravar um áudio para Babi

- Cunha separa umas coisas aí de emergência, copo, prato, talheres, fui na Rita, ela ficou super interessada.

- Você ainda tem aquele colchão?

Gabriel estava olhando pensativo

- Vou em casa pegar.

- Sabe se ela vai trazer alguma coisa?