Capítulo 7

...Antes......

...Certo dia, enquanto arrumavam suas coisas para irem para casa passar um feriado prolongado naquele mês, Guilherme notou que seus aniversários estavam chegando e coincidiram com esse feriado, em um sábado. Eles estariam distantes, impossibilitados de desejar parabéns pessoalmente um para o outro....

...— Ei cara, parabéns!...

...Daniel o olhou, esticou a mão aberta, como se estivesse esperando algo. — Cadê?...

...Ele riu da atitude do amigo. — Vou te dar o presente quando eu voltar. Não sei se você reparou, mas não tem nenhum shopping aqui no meio do nada. A menos que os macacos me vendam bananas, aí eu te dou....

...Dessa vez foi Daniel quem riu. — Vou esperar de você um presente significativo. Não precisa ser nada caro, apenas algo simples que seja especial. E nada de bananas, isso me assustou um pouco....

...Agora ambos riram da piada de duplo sentido que fizeram....

...Daniel já estava com a mala pronta e girando a maçaneta, quando seu amigo o abraçou por trás inesperadamente, encostando a cara atrás da cabeça dele e sussurrando ao mesmo tempo. — Vou te dar um abraço adiantado, ok?...

...Ele sentiu um arrepio percorrer a espinha, mas não conseguiu reunir forças para se soltar dos braços apertados e calorosos que Guilherme proporcionava. Podia até sentir a respiração do amigo mais forte em sua nuca, causando a mesma sensação que sentiu quando ele o tocou pela primeira vez. No entanto, Daniel não disse nada, apenas ficou ali, imóvel. Ao perceber que o amigo não o soltava, ele perguntou. — Pretende ficar me agarrando por quanto tempo?...

...Guilherme sussurrou com voz suave. — Deixa eu ficar assim só mais um pouquinho, vai......

...Daniel sentiu novamente o mesmo arrepio percorrer sua pele. O que diabos era aquilo que ele sentia apenas com o toque de Guilherme? Então, uma curiosidade o impulsionou e, por impulso, ele passou a mão para trás, pegando inesperadamente na nuca do amigo, perguntando. — Quer me beijar também?...

...Guilherme, ao ouvir aquela pergunta e perceber o tom sedutor que Daniel usou ao fazê-la, sentiu uma reação inesperada, seu desejo se manifestou intensamente. Ele viu seu corpo reagir instantaneamente. — Eu quero!...

...Daniel mal podia acreditar em suas próprias palavras. Será que ele ouviu direito? Sim, seu amigo queria beijá-lo?...

...Ambos sentiram um calor percorrer seus corpos, e Daniel não pôde deixar de notar a excitação de Guilherme, tornando-se cada vez mais óbvia. Era inegável, não havia como ignorar a firmeza pressionando sua parte traseira....

...Guiados pelo calor do momento, seus lábios se encontraram, e lentamente se encaixaram como se fossem dois iniciantes em um beijo apaixonado....

...Seus corpos reagiam de uma maneira que nunca tinham experimentado antes, o beijo aquecia seus âmagos e, quando a necessidade de ar se fez presente, seus lábios se separaram. Daniel, ainda tomado pelo momento, decidiu provocar um pouco mais enquanto seus olhares se mantinham presos. — E agora, está a fim de ir mais longe?...

...Guilherme, sem palavras com a pergunta, apenas o encarava, tentando encontrar a resposta adequada. Entre sussurros, ele finalmente respondeu. — Se você quiser ser meu namorado, então sim!...