de outro ângulo

O meu nome é Sophia, eu sou uma demi-humana, uma meia loba pra ser mais exata...

— Senhor, eu cheguei!

— ho, Sophia chegou cedo hoje?

— Sim, o senhor me deu essa chance então eu tenho que dar o meu melhor.

— tudo bem, apenas não se esforce demais, ok?

— sim, senhor.

Este senhor é o dono dessa tendinha de frutas tem me ajudado e até me deu um trabalho, apesar de...

— tsc... Uma demi-humana trabalhando numa loja, que piada(sussurro)

— pois é, como aquele velho deixou uma imunda dessas trabalhar aqui?

Os Demi-humanos são tidos como inferiores pelos humanos, isso tem algo haver com algo do passado, mas o senhor não pensa assim, ele é um dos poucos que é gentil comigo...

— sophia não escute, eles não sabem o que estão falando.

— sim...

— Mudando de assunto você tem comido bem? Ainda tem 12 anos você precisa se alimentar da forma correta.

— Sim, eu tenho comido 3 refeições por dia graças ao senhor.

— você é uma garota assim como sua mãe era.

A minha mãe morreu quando eu tinha 10 anos, ela ficou muito doente, mas cuidou de mim até o fim. Pelo que eu sei ela era uma serva um homem importante, ele abusou dela, e quando soube que ela estava grávida expulsou ela.

Três homens se aproximaram da tenda.

— Você que é a tal Sophia?

— S-sim

Braak

Quebrando a bancada da tenda, um dos homens me puxou.

— você vem conosco.

— esperem vocês não pod-

O outro homem acertou o senhor com um soco que o fez cair no chão.

— S-socorro! Por favor alguém me ajuda!

Eu gritava. Todos viram oque acontecia, mas nenhum deles fazia nada.

— Socorro! por fav-

baak

Senti um golpe na cabeça e apaguei. Quando acordei não estava mais no vilarejo, estava numa carroça, as minhas mãos amarradas e a minha boca tapada por um pano...

— hihihi a garota acordou.

— ei, me responde uma coisa, se livrar dessa putinha vai dar algum dinheiro mesmo? Ela é só uma criança.

— que merda você tá falando? O pai dela é rico, tudo que ele pediu foi para a gente dar um jeito na filha bastarda dele...

— ei garota, fique feliz seu sofrimento vai acabar logo logo.

um dos homens tinha um cabelo branco e usava um chapéu de couro, o outro era loiro, e o outro era um demi-humano gato...

— ei garota, deve ser uma merda morrer sem nem saber o que está acontecendo, então eu vou te falar. O seu pai é um barão, ele nos contratou pra matar você, não é nada pessoal, você só é azarada mesmo, mas não se preocupe nós vamos te matar rápido...

Naquele momento eu pensei: "Ele tem razão, eu sou mesmo muito azarada."

— diz aí nós não podíamos ter matado ela antes?

— não se fizéssemos isso na vila ai os, guardas iam nos prender e aqui nós estamos perto da floresta, Muitos monstro nos atacariam se sentissem o cheiro de sangue...

Grooooooorrr

— Monstros como aquele...

— isso é uma ótima oportunidade, nós deixamos a garota, e o monstro mata ela.

— Sim você tem razão tragam ela

Em quanto eles me carregavam eu chorava e tentava lutar mas sem conseguir me soltar até que...

Buuuum

Uma explosão dentro da floresta fez eles se distrair dando chance para o monstro atacar.

Grooorr

com um ataque o monstro lançou o homem loiro que me segurava, por sorte as cordas que me amarravam foram arrebentadas pelo ataque do monstro me dando a chance de fugir...

—Merda ela tá fugindo!

— esse colar...

Aquele colar era o que o homem loiro usava e ele deixara cair, eu peguei-o e corri em direção a floresta. Eles ficaram para trás lutando com o monstro.

(ofegante)— E-eu causei tantos problemas para o senhor...

Enquanto corria, eu chorava lembrando do que havia acontecido... "tudo isso culpa minha?." encontrei um lugar em baixo de uma árvore e me escondi nele onde acabei adormecendo...

— Aquela putinha de todos os lugares pra ela correr tinha que ser logo pra "floresta negra"?

—cala essa boca tá querendo nos matar? Você faz ideia de quantos monstros existem nessa floresta.

—se é assim nós não podemos considerar ela morta?

— claro que não idiota ela roubou o "colar ilusório", vai esconder a presença dela da maioria dos monstros...

Ao escutar a voz dos homens eu tive que sair de lá correndo...

— preciso sair daqui...

Corri até encontrar uma caverna... Entrando nela bem mais ao fundo vi um portão velho então decidi entrar afinal era o portão ou os mercenários.

— vamos lá, eu preciso ser corajosa...

Mesmo com medo entrei na caverna onde não tinha nada alem de ossos quebrados e queimados por todas as partes...

— mas o que aconteceu aqui?

Buuuummmm

Um estrondo vindo do fundo da caverna, senti que deveria ver o que era. Corri até lá mas quando cheguei na sala mais no fundo senti calafrios por todos as partes do meu corpo, minha pernas estavam tremendo. Dentro daquela sala estava um Dragão.

Eu estava com medo demais pra me mexer, apenas consegui gritar...

— Aaaaaaaaaaa

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