Capítulo 5

A manhã havia chegado, depois do encontro que tive com o homem do bar, fiquei muito pensativa. Esse homem é muito bonito, deve ter em torno de 26 anos. Não consigo entender por que saiu do seu esconderijo e como descobriu onde me encontrar, a menos que esteja me vigiando. Ainda duvido disso, seria algo estranho.

Eram 6 da manhã, eu tinha acordado muito cedo e o primeiro que vi na minha cama foi o envelope que aquele albino me deu com a pesquisa que pedi.

Ao abrir, encontrei alguns documentos que comecei a ler imediatamente.

Nome original: Marina Crill Coleman

Idade: atualmente 16 anos

Pais: Rodrigo Crill e Rosa Coleman

Duques falecidos em um acidente de carruagem, a caminho do reino do sul, acidente provocado por seu tio Alberto Crill.

Originários do império norte.

Herdeira do ducado Crill.

Com o desaparecimento da jovem Crill, está sendo procurada pela polícia, responsável pela investigação para a sucessão das riquezas no reino do norte.

Se aos 18 anos a jovem Crill não reivindicar suas riquezas ou for considerada morta, tudo passará para o nome de Alberto Crill.

P.D. bela jovencita, espero não ter cometido um erro. Nos documentos há uma carta certificada com o título de duquesa, que lhe confere todos os direitos para assumir seu cargo no reino vizinho. Se tiver alguma outra dúvida, já sabe onde me encontrar.

Certificado 📜

Duquesa Marina Crill Coleman.

Nascida no país do norte, certifica ser filha única e legítima desse país, honrando o título e se tornando herdeira do ducado a ser reclamado nos próximos meses.

Catalina havia terminado de ler o documento que lhe deram. Agora, não apenas descobrira que era órfã, mas que seus pais haviam morrido por causa de seu ganancioso tio, algo que não deixaria passar facilmente. Mas estava feliz porque não precisaria mais comprar um título, apenas precisava reivindicar sua posição legal. Além disso, agora sabe que precisa ir ao reino do norte, já que é natural de lá, em vez de continuar vivendo uma vida miserável no reino do sul junto à família Castello.

Um belo sorriso se formou em seus lábios. Afinal, ela teria que recompensar o albino pelo bom trabalho que ele fez e, talvez, se despedir daquele homem tão sexy.

Após terminar de ler, ela foi para o banheiro. A água estava fria, mas ela não esperou sua ama e começou a tomar banho. Quando sua ama, Rosita, chegou, ela já estava completamente banhada e vestida simples, mas elegantemente.

Na porta, ouviram-se algumas batidas.

Catalina deu permissão para entrar, sendo a ama quem adentrava.

Minha criança, eu esperaria que eu a ajudasse no banho.

Não se preocupe, ama. Como pode ver, eu estou mais do que pronta. Agora, só peço que, se o duque ou a duquesa perguntarem sobre mim, diga que saí do ducado para dar uma volta e não deixe dito para onde fui ou a que horas voltarei.

Está bem, só espero não ter problemas.

Catalina saiu pela janela, era costume dela se esgueirar ao invés de sair pela entrada principal. Ela estava usando um capuz negro para não ser descoberta.

No caminho pelas ruas, ela sempre observava ao seu redor e adorava ver as rosas vermelhas e seu aroma peculiar. Em sua vida passada, ela nunca recebeu uma rosa, por isso, ela gostava de observar a natureza. Ao entrar na cidade, sempre havia movimento, mas ela gostava de ver tudo que fosse novo. O bar estava em um local bem central e não era tão comum, tanto por fora como por dentro. No entanto, não deixava de ser perigoso para uma jovem dama.

Ao chegar ao local, estava fechado. Ela pensou em bater ou não na porta e antes que pudesse decidir, a porta foi aberta pelo pessoal do bar, indicando para Catalina entrar até o escritório do proprietário, que já a esperava.

Um albino de olhos vermelhos olhava para a morena que entrava no local.

Para ele, ela parecia extremamente bela, desde que a vira pela primeira vez entrar em seu escritório em busca de informações.

Uma alegria se formou nos lábios do belo albino.

Ao que Catalina respondeu com o mesmo sorriso.

O que a traz por aqui, bela dama, e a uma hora tão precoce do dia?

Bom dia, senhor.

As palavras ficaram no ar, aguardando que aquele homem tão bonito dissesse seu nome.

Apenas me chame de Black, bela dama.

Então, bom dia, senhor Black.

Como saberá, vim por duas razões. A primeira é pagar pela informação que conseguiu para mim. E a segunda é esclarecer algumas dúvidas sobre o certificado que atesta ser duquesa do norte.

Bela dama, como os documentos indicam, tudo o que leu está correto. Eu mesmo me encarreguei de buscar todas as informações. E em relação ao certificado, garanti que o mordomo responsável tivesse as informações corretas para certificar sua documentação. Sou um homem muito conhecido, então não tive nenhum problema em que me cedessem os direitos. Agora, só falta que você vá e reivindique o que lhe pertence.

Então, devo agradecer pelo que fez por mim, senhor Black. É por isso que trouxe seu pagamento.

Catalina tirou uma bolsa cheia de dinheiro do seu casaco para realizar o pagamento.

Em resposta, o albino sorriu.

Senhorita Catalina, ou agora devo chamá-la de Marina Crill, não preciso que me pague com dinheiro, mas sim com outra coisa.

A que coisa se refere, senhor Black? Se estiver ao meu alcance dar o que deseja, eu darei. Caso contrário, terá que se contentar com o dinheiro que lhe darei.

Que tal, em vez de me pagar com dinheiro, me dar um beijo e aceitar ir tomar café da manhã comigo?

Embora seja um pouco atrevido, aceitarei a proposta porque também não tomei café da manhã. Deixo a seu encargo escolher o local para tomar café, e quanto ao beijo, não há necessidade de esperar.

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Comments

Marcia Regina

Marcia Regina

olha que mudança

2024-03-05

1

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