Capítulo 16

Bom dia, a manhã havia chegado e os dias avançavam rapidamente. Tudo parecia ser uma bomba-relógio, Catalina tinha muitas coisas para resolver.

Desde que Catalina saiu do ducado, já havia passado uma semana. Ainda não sabia o que havia acontecido após sua ausência no império do sul. Não conseguia evitar suspirar de cansaço.

Ela foi a primeira a acordar. Tomou um banho e trocou de roupa rapidamente. Ao sair, deitou-se novamente na cama, esperando o médico acordar. Um descuido fez com que Catalina voltasse a adormecer. Quando ela acordou, o médico a observava de longe, com um olhar entre medo e ameaça. Ela se sentiu estranha diante da situação, mas ele foi o primeiro a falar.

"Diga-me quem você é e onde está Catalina."

"O que você quer dizer, médico Betancourt? Eu sou Catalina. Será que dormir demais afetou seu cérebro?"

"Como pode ser você, Catalina? Ela tem olhos vermelhos e cabelo negro, e você é uma mulher de cabelos prateados e olhos cinzas. Quem é você? Responda."

A jovem não disse mais nada. Correu até o espelho e viu seu rosto totalmente diferente. Sentiu medo, e também não compreendia a situação.

Por mais que tentasse entender, não encontrava uma explicação justa. A única coisa que poderia fazer, por enquanto, era controlar seus nervos.

Caminhava de um lado para o outro dentro do quarto.

"Doutor, eu sei que isso é difícil de entender e eu também não entendo o que está acontecendo. No entanto, sou Catalina, e mesmo que minha aparência seja diferente, continuo sendo eu."

O médico ainda não acreditava que, de repente, ela tivesse mudado de aparência.

O médico fez algumas perguntas a Catalina. Se realmente fosse ela, responderia com a verdade.

Depois de alguns minutos, o médico saiu e acabou acreditando que era ela. Agora, a dúvida era como aquilo teria acontecido, mas não havia tempo para pensar nisso.

Catalina mandou o médico ir até a área de refeições para pedir 2 pedidos de café da manhã para o quarto.

Meia hora depois, o café da manhã foi levado para o quarto, sendo o médico quem recebeu o pedido.

Ambos comeram em silêncio. Cada um estava imerso em seus próprios pensamentos. Quando o café da manhã terminou, o médico decidiu ser ele a levar os pratos para a área de baixo, e Catalina não teve objeção alguma.

Quando o médico saiu, Catalina decidiu ir até a pequena varanda que havia no quarto, mas, ao caminhar naquela direção, caiu desmaiada no chão.

Quando o médico retornou ao quarto, encontrou Catalina caída no chão. No início, acreditou que alguém a tivesse atacado pela área da varanda, mas ao se aproximar, percebeu que ela havia desmaiado e estava com uma febre muito alta. Se aquilo não fosse tratado, poderia ficar mais complicado.

O médico levantou Catalina e a colocou na cama. Agradecia pelo fato de sempre carregar sua maleta para qualquer emergência.

Os minutos passavam e Catalina não apresentava melhora. O médico continuava colocando panos úmidos em sua testa. Já era noite e as coisas continuavam iguais.

A hora acordada para chegar ao ducado de Crill não foi cumprida. Enquanto Catalina não acordasse, nada poderia ser feito.

Catalina sentia seu corpo pesado. Ela se via como em sua vida passada. Não sabia o que estava acontecendo e como estava vendo a situação. Uma jovem se aproximou dela, era a pelinegra, o próprio reflexo diante dela.

"Olá, Lara. Sou a verdadeira Catalina, ou Marina, como você preferir me chamar. Neste momento, você está dormindo na cama de seu quarto e está sendo cuidada pelo médico. Não temos muito tempo para conversar. Sei que você está se perguntando o que está fazendo neste lugar."

A verdade é que eu só queria te agradecer por tomar minha vida, eu sei que não pedi permissão, mas foi o melhor. Neste lugar, você pode ser feliz se quiser. Eu já estou reunida com meus verdadeiros pais, só desejo que você seja feliz 🙂. E não se assuste com a cor do seu cabelo ou com a mudança no seu rosto, esse é o seu verdadeiro ser, é o linhagem Crill. Alguém fez o favor de te dar uma laranja 🍊. Aquela senhora só liberou a sua pessoa original, antes de meus pais morrerem eles mudaram sua aparência porque se meu tio te encontrasse, ele te mataria assim como fez com meus pais. Agora você terá que se acostumar com sua nova aparência, era necessário ou o mordomo Dukati dos Crill não acreditaria em você.

Cuide-se, Lara, seja feliz e não deixe que ninguém apague a sua felicidade, há pessoas que te amam em seu novo mundo.

Ao lado da original Marina, um homem e uma mulher de cabelos prateados e olhos cor de azeitona sorriam para Marina enquanto ela também mudava sua aparência para a de seus pais.

O sonho chegou ao fim e Catalina acordou imediatamente.

O médico ficou surpreso com a situação e Catalina se sentia confusa.

Duas pessoas estavam ao seu lado, o médico e a garota do restaurante.

O médico estava com grandes olheiras devido ao cansaço.

A albina falou primeiro.

"Podem me dizer o que está acontecendo?"

"Senhorita, que bom que acordou. Você ficou dois dias sem acordar e com uma febre 🤒 muito alta, pensamos que realmente iria morrer."

As palavras de Emmanuel alarmaram Catalina.

"Não pode ser médico, precisamos ir embora. Há dois dias, combinamos formalmente de ir para o nosso novo destino, não há tempo a perder. E você, jovem, virá comigo. Agora você trabalhará para mim. Médico, vá pagar a conta da hospedagem e fale com o responsável para pagar pela jovem. Ela não pode mais ficar neste lugar. Compre também um cavalo e que ensilhem o meu."

A garota não disse nada, apenas observava a situação.

"Diga, moça, como você se chama?"

"Me chamo Clara."

"Muito prazer, Clara. Espero que não tenha objeções em vir comigo."

"De maneira alguma, senhorita. Agora estou ao seu serviço e muito grata."

"Muito bem, então vá arrumar suas roupas, leve apenas o necessário. Temos que partir imediatamente, em meia hora."

A jovem assentiu e saiu para arrumar suas coisas.

A hora da partida havia chegado. Tudo estava pronto. Neste momento eram 8 da noite, só faltava serem recebidos, mesmo estando atrasados.

Com a lua brilhante ✨, três pessoas partiram daquele lugar, cobertas com capas, como se fossem fugitivos. Não havia tempo ⏱️ a perder. Meia hora galopando, dois jovens e um cavalheiro atravessavam o grande caminho com belas paisagens.

Ao longe, era possível ver uma mansão. Era apenas questão de minutos para chegar à mansão.

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Comments

Martha Scagliusi

Martha Scagliusi

autora tô amando essa história autora o título da história deveria chamar minha vida em dois mundos adoro parabéns 👋👋👋👋👋

2024-02-14

6

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