XII.

“Se eu pudesse me bateria até perder a consciência de que o mundo é um merda. E que eu faço parte dessa merda.” — Alice Cardoso (Alma desalmada)

cαթí́Եմlօ ժօzҽ: α sαlѵαçα̃օ ҽ́ íղժíѵíժմαl.

Olhando para as recriações emocionais que fez em meio ao seu colapso emocional, não consegue conter e chora como uma criança diante da imagem de todos que lhe amaram um dia. Já não amam mais. Não foi o suficiente. Não foi. Nunca será. Encara cada um enquanto se ajoelha, se senta sobre os próprios pés e pede perdão. Implora. “Mãe, não fui uma boa filha sinto muito.” “Titia se eu tivesse denunciado... Sinto muito você ser apenas um número agora. Eu não queria.” “Pai eu não era a sua garotinha? Por que nos deixou... Deixou eu e mamãe para se tornar uma estrela. Queria que voltasse! Sinto muito a sua falta.”, “Taetae... Sinto muito já não poder mais ser sua amada. Não serei aquela que irá te completar e amar... Você merece alguém de verdade e inteira para completar as partes de você que faltam. Blindei meu coração. Desculpa.”  “Padrasto... Você me enoja. Sinto completa e total repulsa de você. Por sua culpa eu não cresci mas sim morri e renasci todos os dias. Não vivi, sobrevivi. Não tive infância e sim eterna tortura física e emocional. Quero que morra denovo, denovo, denovo ele denovo e se possível, mais uma vez.”

— Eu só queria ter sido o suficiente... Ser bonita como as outras, ser normal, porque não posso dizer que estou bem sem me sentir culpada? Por que eu minto sobre estar bem o tempo todo? Eu não queria ser assim... Não queria ter essas marcas estranhas e horríveis pelo meu corpo... Não me importaria o mínimo em ser parte de um padrão. Ser algo específico — diz com dificuldade em meio aos soluços e lágrimas — porra! Nem meu cabelo presta, sempre rebelde, raíz fofa desgraçada que não aquieta — murmura frustada — eu só queria que tudo isso acabasse de maneira rápida e que eu não sentisse dor alguma — encara a areia procurando a resposta para suas súplicas.

Encarando o mar, vê as figuras se afastarem como se lhe dessem passagem. “Vá. Agarre sua liberdade.” eles susssuravam docemente em seu ouvido a medida que o tempo ia se fechando lentamente. As nuvens cinzentas cobrem o céu de modo que a iluminação vai se esvaindo. Ficando de pé e de joelhos sujos, Alice encara a linha horizontal do mar. Sem saber como, nem porquê, apenas tira com pressa os pertences do bolso e larga a bolsa acima do blazer, seguindo em direção a água. Ela toca seus pés, são mornas e cristalinas, lentamente caminha olhando ao redor não procurando alguém mas sim algo. Não achando-o continua andando de maneira que a areia vá ficando mais funda e o nível da água se eleva já estando no seu joelho agora.

A mesma solta seu cabelo e fecha os olhos sentindo eles esvoaçarem com a forte brisa “Liberdade... Você tem cor. Tem cheiro. Tem tudo. É tudo que eu preciso.” encara com as orbes marejadas suas roupas enxarcadas com a água alcançando sua cintura. “Eu vou conseguir. Eu consigo... Eu preciso! Não pense em nada. Nada. Nada nem em ninguém... Cansei dos outros. Das pessoas. Do ar que respiro, da terra por indo ando tão suja pelo filho do homem.” abrindo os braços, deixa seu corpo ser gradativamente tomado pelas ondas fracas e relaxantes. Busto, pescoço, queixo, nariz, inteira. Prendendo a respiração fechando os olhos com força pensa em todos que lhe aguardam do outro lado de braços abertos. “Os que me amam estão me esperando”.

O ar foge de seus pulmões lentamente por estar calma, a necessidade vai se fazendo cada vez mais urgente até sobre a superfície da água ser possível ver um borbulhar intenso durar um breve período de tempo. Ninguém reparou na presença da jovem mulher quando ela chegou tampouco, acredita ela, vão reparar quando se for. E realmente, ninguém reparou nela.

Exceto um homem que passava correndo por ali, como sempre fazia todos os dias da semana (exceto no final), naquele mesmo horário e mesmo lugar. Quando ela ainda estava em terra firme lhe achou familiar e diminui as velocidade dos passos, viu ela ir em direção a água e imaginou que fosse nadar. No entanto, estranha a demora dela de emergir e se aproxima mantendo o ritmo da margem máxima em que as ondas chegam do litoral até a areia. Vendo que ela não emergia, contou até cinco mal chegando no três. Não tirou nada, celular, blusa, equipamento, correu com todas suas forças lutando contra a correnteza que ficava intensa a medida que o temporal se aproximava ainda, por sorte, distante. Ele usou suas habilidades de nado e resgate que aprendeu na sua época da adolescência, nadou com a mulher nas costas e ficou de pé já no raso com seu corpo nas costas.

Deixando o corpo dela sobre a areia começou a lhe fazer massagem cardíaca verificando antes, claro, os batimentos  do coração e a pulsação de sua artéria radial. Começou a trocar entre a massagem e respiração boca a boca.

— Alice! Alice acorde. Você ainda me deve quitar as dívida do seu maldito amigo! Porra, não morra! — O homem para a massagem focando na respiração boca a boca e se afasta sentindo reação.

Percebendo que estava ficando lúcida, lhe virou para o chão de modo que auxilia-se enquanto vomitava água. Tossiu violentamente e pôs bastante água pra' fora do pulmão.

— Caralho, mulher que susto você me deu! — Diz claramente angustiado enquanto prende o cabelo dela.

— Que ódio! Seu idiota! Você é um idiota! — esbraveja ficando consciente de que não conseguiu o que tanto vem lutado à anos para conseguir.

— O que? Eu acabei de te salvar! Está alucinando? — Retorna ao seu comunal humor e jeito carinhoso (ironia).

O mesmo limpa com a palma todas as gotas de água do rosto transtornado com a reação da funcionária.

— Por que? Por que fez isso? — Se senta encarando ele fazer uma expressão de confusão.

— Você fez de propósito? Você tentou se matar? — Pergunta incrédulo associando as peças.

— O que importa? — Grita — nada! Nada importa! Eu não importo — fica de pé com dificuldade não sentindo os sentidos do corpo funcionarem bem — eu tinha conseguido enfim a minha liberdade e você acabou de me tirar isso então, muito obrigado! — grita fora de si vendo ele se levantar.

— Você acha mesmo que isso resolve o problema? — Eleva o tom de voz inconformado com a ingratidão.

— Eu tô' pouco me fudendo pra resolver minha vida de merda — grita gesticulando e indo em direção ao mar novamente — quero é que se foda esse mundo de merda!

— Ei! Alice! — Corre atrás dela e fica em sua frente impedindo que ela passe — você não vai fazer essa merda. Não vai se matar! — Ordena abrindo bem os braços em sinal de protesto.

— Escuta aqui Kim Namjoon — se aproxima de modo que pode sentir pouco distante, a respiração dele no seu rosto — vai se foder. Vai se foder bem grandão! Eu tenho o direito de fazer o que quiser da minha vida e não vai ser um homezinho de merda que vai ditar as regras do MEU jogo — diz cutucando o peitoral dele lhe encarando nos olhos.

— Você não quer isso! Cara olha pra você, uma mulher admirável, linda, incrível e de características únicas e lindas — vê ela andar sem rumo rindo alto.

— Acha que é o primeiro a me dizer isso? Jura? — Rir sem humor lentamente demonstrando indiferença —eu sou uma merda! Um desperdício de esperma e não tem absolutamente NADA que você me diga, que vai me fazer mudar de ideia! Por que você não sabe o caralho que é se odiar. Você já sentiu nojo de si mesmo? Aqui oh, vontade de se cortar inteiro porquê você simplesmente não presta? Sabe o que é isso? Diz aqui, olhando no meu olho — se aproxima novamente com as orbes marejadas.

Ele fica em silêncio. Abaixa lentamente os braços e suspira frustrado.

— Não. Não Alice, eu não sei como é se sentir como você se sente. Eu não faço a mínima ideia — diz franco desviando o olhar.

— Então não vem me dizer o que eu devo ou não devo fazer — berra explodindo num colapso de emoções — eu passei por coisa que gente como você, homem branco classe alta jamais vai passar nas vida e que Deus me ouça! Deus livre você e toda a humanidade passar um terço da merda que eu passei. Da merda que eu Kim Namjoon, chefe, patraozinho querido passo todos os dias. — escandaliza cada palavra já não suportando nem mesmo o ar que não deveria estar respirando. Está indignada. Inconformada.

Arfando, fumegando de puro ódio, encara a face indecifrável dele vendo o olhar de compaixão nos os olhos do mesmo.

— Não me olha assim. Eu não quero sua piedade, suas compaixão nem nada. Eu só queria morrer em paz — se senta na areia mesmo, encarando os grãos úmidos.

Sua raiva, de repente se tornam várias e incontroláveis lágrimas. Namjoon, se senta ao lado da mesma de pernas cruzadas, pondo o braço sobre seu ombro lhe puxando para perto; abraça fortemente a jovem-mulher de modo que ela nem pode pensar em sair.

— Chore o quanto quiser e precisar. Não vou sair do seu lado — com cautela e quase recuando, ele decide enfim fazer cafuné na cabeça da mesma tentando amenizar a tamanha que é sua dor.

— Namjoon eu só queria morrer... Eu só queria isso como que é pedir demais... Eu não quero ser obrigada a viver a vida é muito cruel — solução e choraminga baixinho recebendo o silêncio de resposta — por favor, por favor eu tô' te pedindo não me força a viver — tira a cabeça de perto do peitoral dele o olhando nos olhos.

Com o braço ainda sobre o ombro dela, Kim decide não responder e apenas volta a lhe abraçar ouvindo ela choramingar baixinho encostada no peitoral dele. Não faz a mínima ideia do que fazer nessa situação.

— Pode ligar pra uma amiga minha? Diz pra ela buscar minha sobrinha na creche. Não tô com cabeça pra isso — diz inicialmente o olhando nosso olhos devido por agora, estar com a cabeça sobre a coxa do mais velho encarando o rosto dele, terminando olhando para o céu.

— Se meu celular estiver funcionando — diz tirando o aparelho do bolso surpreso por ele estar dentro de um envelope transparente. E então, se recorda de ter colocado ali caso nadasse e como sempre esquecesse que o aparelho estava ali.

Ele ouve e espera pacientemente ela se lembrar e ditar como incerteza os algarismos que compõe o número da melhor amiga. Ao ligar, ela reage com surpresa e decide confiar quando ele diz que “Ela se perdeu um pouco e precisa de tempo pra' se encontrar.” Alice nunca irá admitir, mas a lágrima que caiu quando ouviu isso, foi de alívio por alguém entender uma fração mínima da sua necessidade.

— Você sabe que eu vou tentar denovo não sabe? — Olha com seus olhos de “Oblíquia e dissimulada” para o mesmo. Orbes que já não tem mais resquício algum de vida.

— Eu sei. Mas eu não vou deixar, a partir de hoje te faço de minha missão — diz olhando em direção às mares.

— Isso foi brega — diz exausta fechando as pálpebras.

— É. Eu sei — ouvindo pelo seu tom uma pitada de alegria, Alice se forçou a abrir as pálpebras para ver pela primeira vez aquele homem tão sério e mal humorado sorrir.

Também não iria admitir em voz alta, mas amou seu sorriso e cada detalhe que lhe compõe; fosse as covinhas, os lábios tipo cupido levemente rosados, ou seja seus dentes perfeitamente alinhados. Os segundos se passaram e viraram minutos assim como, os minutos consequentemente se tornaram horas. Em silêncio (pelo menos na maior parte do tempo) compartilharam da companhia um do outro.

— Você não pode morrer — toca com o indicador a testa da mais nova para que abra as pálpebras e assim ela faz — tem uma dívida para quitar.

— Tsc — murmura esboçando um sorriso enquanto fecha novamente os olhos — não seja ridículo. Quando eu morrer sua dívida morre junto

— E eu vou ficar no prejuízo. Não vou permitir isso — diz fazendo cara feia batendo com o dedo na testa dela que respira fundo.

— Se vire — ela afasta o dedo inquieto dele pondo o braço sobre os olhos.

— Está tarde — olha no celular percebendo que tem várias ligações perdidas e mensagens não correspondidas, decide ignorar todas e “fecha” a tela do aparelho.

— É melhor você ir — diz se sentando aparentando cansaço.

— É melhor nós irmos — enfatiza se levantando recolhendo os pertences de ambos.

— Se fosse pra' mim ir eu tinha ido — diz com desdém.

— Alice aqui não tem nada pra você. Nem ninguém. Mas pra onde vamos tem tudo e amor de gente que te ama. Vamos — diz ouvindo ela rir.

— Você é engraçado, fica falando como de me conhecesse a um tempão e soubesse melhor do que ninguém do que eu preciso... Mas a verdade é que você não sabe Namjoon e se soubesse teria me deixado me livrar dessa casca que meu corpo é — olha para o mais velho forçando um sorriso amigável após falar.

— Eu disse que ia te fazer da minha missão. Na verdade, já fiz. Me diga o que você quer se não morrer e eu vou lhe conceber — diz pondo a bolsa da mais velha sobre o ombro.

— Eu não quero nada. Absolutamente nada — diz num sussurro se encolhendo encarando o mar.

— Tudo bem, então não te darei nada — diz se virando e indo embora.

— Namjoon, a minha bolsa.

— Agora é minha.

— Namjoon, para de ser criança — eleva o tom de voz por ouvir seus passos ficarem distantes.

— Se não vem por bem será por mal — grita por já estar longe.

— Maldito — se levanta a contra gosto indo até ele em passos rápido devido a raiva.

— Você merece coisa muito melhor do que morrer afogada numa praia e virar mais um número — diz pegando o par de saltos de Alice.

— Eu mereço ser livre! Não me sentir presa ou muito menos acorrentada a uma vida triste e miserável — esbraveja tomando os calçados da mão dele.

— Se é ser livre que você quer, é essa liberdade que vou te dar — se vira para ela e pega os calçados, se vira e começa a subir as escadas pelas quais ela veio.

— Dá pra você parar de fingir que de importa comigo? Isso é deprimente — vai atrás dele tentando pegar a bolsa.

— Não estou fingindo. Se eu realmente não me importasse com você não teria me arriscado na droga desse tempo de merda pra salvar você — diz já zangado olhando para ela que está a poucos degraus abaixo de si.

— Ter curiosidade e se importar são coisas diferentes — olhando-o nos olhos, procura a verdade não dita.

— Então eu concerteza me importo — diz se virando subindo os últimos degraus até chegar no calçadão da praia.

— Eu só queria ficar sozinha e deprimida já que você não me deixou morrer — murmura com raiva.

— Eu nunca mais vou te deixar se sentir sozinha — diz enquanto pega o celular do bolso e mexe nele brevemente ligando para alguém.

Alice pisca algumas vezes encarando as costas robustas do mais velho e fica com uma expressão de confusão. O que diabos ele que até então não falava mais que 5 palavras decidiu tagarelar tanto, queria com ela? Bom, sem saber a resposta de sua pergunta ela apenas se abraça devido a brisa fria e fica encarando o chão se sentindo um peso morto desnecessário. Está denovo causando preocupação, denovo sendo alvo de piedade e compaixão. Odeia. Odeia essas situações. Embaraçosas e dolorosas.

— Posso chamar um Uber e ir pra casa

— Alô? Hoseok — ignora de propósito. Ela fecha às pálpebras com força fazendo um mantra mental para não lhe matar — mande Seokjin vir me buscar na praia timani. A que eu faço corrida.... Estou na entrada 3. Obrigado — desliga e encara a estrada.

— Muito educado você — diz irônica encarando a estrada também.

— Obrigado — diz mexendo nos itens que tem em mão.

Ao retirar o casaquinho preto da pilha de coisas, vai até a menor e ficando atrás dela logo lhe chamando a atenção pois vira o rosto lhe encarando, ele põe a peça de roupa sobre seus ombros não olhando nos olhos dela.

— Obrigado, por devolver o MEU casaco — diz irônica ajeitando a peça de roupa sobre os ombros.

— Você é muito reclamona — murmura pegando no cabelo da mesma envolvendo ele nas mãos de modo que possa pegá-lo inteiro e fazer um coque alto.

— 1.° Não pedi pra ser salva 2.° quem disse que podia pegar no meu cabelo? — Encara a face distraída dele.

— Seus olhos são bonitos. E triste, vou te chamar de buldogue — diz simplesmente e se afasta delas voltando para onde estava.

— Buldogue? Por quê um Buldogue?!

— Por que sim.

Inconformada, Alice cruza os braços fazendo uma expressão de raiva pensando seriamente em empurrar-lo na pista para que conheça como é a parte de baixo de um automóvel.

O Audi logo chega e Seokjin desce do automóvel ficando surpreso em ver que o patrão está acompanhado.

— Senhor... Senhorita — cumprimenta respeitosamente e em seguida abre a porta de passageiro do veículo.

— Vou atrás com você, vai que você decide se jogar na pista — diz dando espaço para que ela entre primeiro.

— Idiota — revira as orbes e entra no veículo.

— Para de fazer essa merda — diz instintivamente com raiva e entra no veículo.

— Você não manda em mim — diz se afastando dele se sentando perto da janela.

“Que clima.” pensa Seokjin ao fechar a porta e entrar no banco do motorista esperando as próximas ordens.

— Não mando mas essa porra me excita pra caralho e você não vai querer me ver reagir a sua petulância — o grave de sua voz assusta a protagonista que lhe olha de orbes arregaladas.

O vendo se remexer no lugar ela decide ficar quieta e encolhida na sua encarando a vista que a janela abaixada lhe proporciona.

— Para o meu apartamento — ordena e sem dizer nada Seokjin dá partida.

— Espera, seu o que? Não, não, entre seu apartamento e minha casa mim vezes a minha casa — diz assustada olhando-o mas quando ele repete o gesto Alice não consegue continuar a lhe olhar.

— Eu não confio em você pra ficar sozinha — diz pegando o celular do bolso mexendo nele.

— Vai se foder a vida é minha — diz com raiva desejando com todas as suas forças que ele desista dessa ideia absurda.

— É mas não vou deixar você fazer qualquer merda com ela. Como alguém que se importa eu não posso — diz franzindo as saliências arqueadas.

O que leva alguém a se importar com a outra pessoa?

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