Capítulo 17

Blake…

Eu e Afonso, estávamos na fortaleza, quando um dos meus homens liga avisando que o tal irmão de Arya acabá de embarcar de volta ao Canadá. Oportunidade perfeita para pegarmos aquela la tormenta de uma vez por todas. O plano é um só, pois não há outro modo de pegá-la a não ser do jeito que faremos.

Juntos os meus melhores homens e os de extrema confiança, passo o plano a eles e aguardamos o cair da noite.

— Tem certeza, que é necessário tudo isso, Blake?

— Claro que sim, viu como aquela mulher é, não podemos vacilar! Qualquer erro pode nos custar toda a missão!

— Está bem!… ! E quanto a sua amiga? O que faremos quando perceber o sumiço de Arya?

— A própria Arya, irá ligar avisando que está tudo bem! Contudo, quero que deixe dois homens a vigiando e qualquer coisa de diferente me ligue!

— Por que?

— Não sei, mas sinto que essa garota ainda não está cem porcento protegida! Não quero que nada de ruim aconteça, já sofreu demais nas mãos do maldito de Demétrio!

— E Javier, tem notícias dele?

— Está do mesmo jeito, e isso acaba comigo!

— Ele vai continuar no Canadá?

— Assim que tudo se ajeitar por aqui, vou mandá-lo trazer! O quarto, com os equipamentos necessários, já está pronto!

— E a Kiara?

— Até que está me surpreendendo, pensei que não amasse o meu irmão, mas meus homens disseram que ela tem passado vinte quatro horas no hospital com ele!

— Surpreendente!

— Caso ela queira vir para cá para estar perto dele, não terá problemas!… Às vezes fico imaginando, se tivessem me dito o que sentiam, nada disso teria acontecido! Meu irmão estaria bem e feliz!

— As coisas não são, do jeito que queremos!

Ao cair da noite, sigo para a minha casa nas montanhas, enquanto meus homens seguem para o apartamento de Arya, para colocar meu plano em prática. Deixo claro que não quero que nenhum a toque, ou olhe de forma diferente para ela, o que faz Afonso zombar ainda mais de mim.

Tomo um banho, me troco e fico em meu quarto bebendo tequila, aguardando a chegada deles.

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Narradora…

Ariadne e Arya, foram dormir um pouco mais cedo, estavam bem cansadas do dia cheio de emoções que tiveram.

Logo que as luzes de seu apartamento apagaram, os homens de Fontana se posicionam, eles pagaram para os seguranças desligarem as câmeras de segurança e fingirem que nada aconteceu.

Ao chegarem no apartamento, alguns entram pela porta do fundo e os outros pela porta da frente, com cuidado para não fazerem barulho, vão até o corredor e jogam bombas de fumaça tranquilizantes. Eles usavam mascaras próprias para a situação.

Arya dormia tranquilamente, quando ouviu barulho no apartamento, ela veste seu hoby e ao tentar sair do quarto, a fumaça invade todo o local, cobre o rosto com as mãos, mas ao chegar na porta perde a consciência. Ariadne não acorda.

Afonso entra no quarto, ao ver a garota no chão a pega no colo e seguem para fora do prédio. No carro amarram suas pernas, pulsos e passam um pano em sua boca para não fazer escândalos até chegar na casa das montanhas, caso acorde. Durante todo o caminho Arya não acorda, ao chegarem na casa das montanhas Blake vai ao encontro deles, assim que vê Afonso carregando Arya, sente um ciúmes incontrolável.

— Pode deixar que eu a levo para dentro! — diz Blake.

— Eu a levo, Blake! — insiste para provocá-lo, notando seu ciúmes.

— Já disse que eu a levo, Afonso! Solte-a!

O rapaz entrega a garota para ele, Blake entra na casa com ela em seus braços, a leva para o seu quarto, a deita em sua cama. Fica admirando a beleza de Arya e sente ainda mais ódio por sentir tanta atração pela garota.

Blake fica a noite toda sentado numa poltrona olhando fixamente para Arya, sem compreender o que sentirá.

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Narradora...

Paulina leva Demétrio para um barraco bem afastado da cidade, contrata uma pessoa para ajudá-lo e volta para a fortaleza quase amanhecendo.

— Onde está Blake? — pergunta entrando na sala dele e vendo Afonso.

— Fez uma viagem rápida de negócios!

— E por que não me consultou?

— Blake não tem que te consultar de nada!… Se estivesse aqui cumprindo o seu trabalho, saberia!

— Não sabia que havia voltado!

— Cheguei ontem!

Os dois nunca se deram muito bem, devido ela ser muito intrometida na vida de Blake.

— O que conta de bom, Paulina? Onde estava até uma hora dessas? Pensei que tivesse que ficar aqui?! — diz irônico bebendo um drink.

— Não te devo satisfação!

— Assim como Blake não te deve satisfação e mesmo assim insiste em querer controlar a vida dele!

— Sabe bem que amo o Blake! Só me preocupo com o seu bem-estar!

— Já está sabendo da loucura que ele pretende fazer?

— A que se refere?! — fingi de desentendida.

— Sequestrar aquela garota!

— Pensei que o apoiasse em tudo, mesmo quando não concordasse com algo!

— O problema é que Blake está nos colocando em risco, ninguém brinca com os Santheago!

— Também não concordo com isso, mas vou fazê-lo desistir!

— Como pretende fazer isso, ninguém consegue fazê-lo voltar em alguma decisão!

— Vou usar todas as minhas armas de sedução, vou me declarar e vai saber que eu sou a mulher certa! Eu sou a única mulher, que pode ser a dama da máfia, não existe ninguém mais apropriada do que eu!

— Sabe que nunca nos demos bem, mas pelo bem da máfia vou te apoiar, antes você do que essa garota que vai trazer grandes problemas para nós!

— Que bom, saber que tenho um aliado! — sorri vitoriosa.

— Pode contar comigo para o que precisar!

— Pode ter certeza que vou contar!

Os dois sorriem.

— Agora vou para minha casa descansar! Até breve…

— Até!

Ele vai embora e ela fica na sala de Blake. A mulher caminha pelo escritório, com um sorrisinho vitorioso nos lábios, passando a mão em tudo e senta-se na cadeira dele.

— Logo, logo, serei a futura senhora Fontana! — sussurra e sorri malignamente.

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