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– ahhh, então é por isso que você não se importa com ninguém? É essa a lição que você aprendeu com sua mãe?_ Vince me pergunta debochando.

– ok, chega disso_ reviro os olhos e dou as costas para ambos.

– vai fazer o mesmo que sua mestra? Fugir?_ pergunta e eu sem encarar, apenas levanto meu dedo do meio_ tão matura_ grita de volta.

Eu paro um táxi e entro, dou a indicação do instituto artístico blumas e sigo para lá. Em menos de 20 minutos chego e corro pelos corredores em direção ao estúdio de pintura.

– Vicky?_ Kadin me encara estranho.

– que foi?_ cruzo os braços.

– era só pra confirmar que era você mesmo, oxe, está diferente_ constata.

– diferente como?_ falo com a sobrancelha arqueada.

– primeiro, seus cabelos estão soltos, segundo, você está usando óculos de vista_ pontua e só nesse instante é que me lembro que eu estava de óculos e não de lentes.

– é só para mostrar que óculos não são uma desculpa pra ser desleixada com seu rosto_ dou um sorriso convencido e ele riu.

– claro que é nem_ fala obvio_ mas você está linda_ fala indo em direção ao outro corredor.

– obrigada_ grito para que ele oiça e entro na sala.

•••

Durante a aula inteira, parecia que as pessoas amaram me ver de óculos, e inclusive pensaram que eu era outra pessoa, o que me rendeu várias reviradas de olhos.

Ao sair da sala, Tyler, segura minha mão e me arrasta com ele sem mais nem menos, até chegar ao estabelecimento e então soltar minha mão.

– pra que foi isso Fell?_ pergunto áspera.

– queria falar com você_ sorriu de canto e deu de ombros.

– e quem falou que eu quero falar com você?_ cruzo os braços.

– não se trata de querer ou não, estou tentando falar com você desde o colégio, mas só agora consegui te pegar sozinha.

– passo_ falo ignorando ele e seguindo para fora dali.

– é sobre a Zora_ me viro e o encaro.

– então se é sobre ela, porque eu tenho que saber? Fala diretamente com ela_ falo óbvia_ você veio até aqui só para me contar algo sobre a Zora_ pergunto debochada

– claro que não_ revira seus olhos_ consegue ser super idiota até quando está bonita, que ódio_ sussurra mas eu consigo ouvir.

– você disse que eu estou bonita?_ falo provocativa enquanto me aproximo dele.

– tá doida? Claro que eu não disse isso_ falou concertando a posição da aba de seu boné.

– disse sim_ cantarolei_ mas relaxa, eu estou sempre bonita, não fique tímido_ provoco e ele novamente revira os olhos_ seus olhos ainda vão rolar de tanto que você os revira_ pontuo e ele riu com sarcasmo.

– olha a suja, falando do mal lavado_ retruca_ eu não te trouxe aqui pra você estourar minha paciência, foi o causa disso_ vira a tela de seu celular e me mostra o trecho de um vídeo onde eu e Zora estávamos a chuva, mas nele, Zora estava brilhando de um jeito incomum_ tem alguma coisa de errado com sua amiguinha_ puxa o celular para si no momento em que tento pegá-lo_ mas se bem que você já sabia disso_ arquiou a sobrancelha com um sorriso de canto.

– eu realmente não sei do que você está falando, mas eu posso ver esse vídeo?_ falo impaciente.

– eu te levo para casa_ ele abre a porta de seu jeep para mim, e mesmo sem vontade alguma, subo no carro.

No momento em que ele dá partida, me passa o celular e eu consigo ver o vídeo dos acontecimentos da manhã, quando Zora estava debaixo da chuva, seu corpo começa a brilhar de um jeito estranho.

– isso é só um efeito_ falo olhando para o celular.

– mas o mesmo não acontece com você porquê?_ retruca.

– talvez ele tenha focado apenas nela_ dou de ombros e ele riu incrédulo_ ok, já agora, por que razão você ficou gravando a gente?_ foco minha atenção nele.

– eu não gravei, o Diego é quem estava gravando então eu confisquei o vídeo e o ameacei.

– porquê fez isso?_ questiono.

– porque eu quis_ deu de ombros.

– nossa, foi tão esclarecedor_ debocho e ele riu.

– você pode até apagar esse vídeo, mas eu fiz backup e seria um prazer devolvê-lo ao Diego pra que ele elabore as 1500 teorias que só a cabecinha fértil dele conseguem_ fala ao notar não sei como, que eu queria apagar o vídeo.

– o que você quer Tyler? Certeza que não viria até mim se não quisesse alguma coisa_ foco minha atenção nele.

– simples, eu preciso da sua ajuda com uma série de apresentações, e ninguém melhor do que você para me ajudar com elas_ fala calmamente.

– que espécies de apresentação? E por que eu?_ falo indignada_ tá, eu sei que sou incrível e fantástica, mas você mal me suporta, o que faria você precisar de minha ajuda?_ falo pensativa_ mas se bem que você sempre precisa da minha ajuda, só não admite, então o mais correcto é perguntar o que fez você admitir que precisa da minha ajuda_ coloco a mão no queixo e com o dedo indicador começo a batucar minha bochecha_ mas..._ ele direciona um olhar sério para mim_ ok, entendi o recado_ levanto os braços em rendição.

– agora que você já se calou_ ele faz questão de frisar essa parte_ a banda de Carlton decidiu criar um concurso para aspirantes a cantores e dar uma oportunidade para a criação da nova geração da banda e para ganhar uma boa grana, eu quero fazer parte da banda, mais do que ganhar a grana, e você está mais acostumada a competições do que eu, por isso preciso da sua ajuda.

– own, que fofinho, pelos vistos agora a minha competitividade não parece ser um problema_ falo com uma cozinha irritante de bebê e ele revira os olhos para mim.

– você vai alinhar ou não?_ pergunta impaciente.

– ao invés de me chantagear para isso, poderia ter me pedido por bem.

– e teria me ajudado?_ arquiou a sobrancelha.

– não, mas valería a pena ver você implorando por minha ajuda_ solto uma risada convencida e ele pela quinquagésima vez no dia, revira os olhos.

– por essa razão eu chantagiei você_ falou óbvio_ o que vai ser?_ estaciona o carro na rua anterior a minha casa.

– eu te ajudo, vai ser divertido_ sorri de canto_ mas se você vencer eu vou querer parte da grana_ propus.

– tanto faz, mas ninguém pode saber de nada disso, nem mesmo a Zora_ estendeu a mão para mim_ combinado?

– claro_ aperto sua mão e sorri_ eu vou me divertir tanto_ falo animada.

– belas sardas_ ele se refere as minhas sardas agora descobertas por falta de maquiagem e eu reviro os olhos.

– idiota_ desço de seu carro e ele dá partida, enquanto eu começo minha caminhada para casa.

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