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– quem são esses caras?_ oiço Hector perguntar para Tyler.

– o cara que estava assediando a chatinha no cinema_ Tyler responde com desdém e volta sua atenção para o cara.

– assediando?_ o cara ri desacreditado_ quem te garante que não foi ela quem se jogou para mim?

– se eu não tivesse escutado ela pedindo pra você tirar o braço do assento dela, eu poderia jurar que ela não é tão desesperada por atenção ao ponto de ficar com um cara como você_ Tyler zomba dele e isso parece irritar mais o homem.

– ou você presumiu isso porque também quer comer a gostosinha?_ ele riu_ vá lá, confesse_ se aproximou de Tyler, mas antes de dizer outra coisa qualquer, ele recebeu um soco bem no meio do rosto.

Todos ficaram meio confusos sobre a origem do soco, mas logo se deram conta, ao ver Vince sob o cara, desferindo mais uns quantos socos, eu ia seguir para tentar puxar meu irmão, mas os outros dois caras partiram para cima de Vince, o que como uma reação em cadeia, fez Hector e Tyler entrarem na pancadaria, então ficaram 6 caras no meio do cinema, batendo uns nos outros.

Eu corri rapidamente atrás de algum segurança e achei dois que logo chamaram alguma ajuda e seguiram para separar a briga. Tyler tinha um corte na sobrancelha e outro na bochecha, Hector tinha o lábio sangrando, já Vince tinha os punhos vermelhos e alguns respingos de sangue na bochecha, por sorte, os 3 caras que estavam ali foram levados para algum lugar e os 3 rapazes do meu lado foram soltos.

– que merda, que merda, que merda_ comecei a ouvir zumbidos e as coisas começaram a girar ao meu redor.

Me apoiei sob os calcanhares enquanto fechava meus ouvidos, a voz de meu irmão perguntando o que se passava comigo, soava longe, minha respiração começou a ficar desregulada e então eu ouvi uma voz gritar meu nome bem calmamente.

– olha para mim Vicky_ reconheci a voz de Zora e abri os olhos, ela estava com suas asas abertas e suas vestes pareciam feitas de variadas flores_ foca na minha voz, você vai ficar bem_ ela sorriu para mim, e assim que pisquei, me vi em um campo com lírios, minhas flores favoritas.

O som do vento foi me acalmando, o cheiro das flores me relaxou profundamente, era como se eu conseguisse ouvir elas cantando para mim, me confessando seus maiores segredos e alegrias, me abaixo para tocar nelas e surpreendentemente elas brilham e crescem ao meu toque, por onde passo as mãos as flores ficam mais brilhantes e crescem, depois abro os olhos e vejo os garotos me encarando, com Zora do meu lado.

– o que aconteceu?_ pergunto confusa.

– você teve um ataque de pânico e nós não conseguiamos te ajudar, te levamos aqui para fora e Zora estava passando, tentou de ajudar e aqui está você_ Hector explica, e volto a ter noção de tudo o que aconteceu minutos atrás.

– vocês estão bem?_ encaro cada um deles e todos acenam confirmando_ obrigada_ falo sem olhar diretamente para nenhum deles.

– o que? Eu não ouvi não_ Tyler fala e eu reviro os olhos.

– eu disse obrigada_ falei mais alto e ele sorriu vitorioso.

– acho que digo por todos, de nada_ Hector falou e sorriu de canto.

– bom, eu vou pro banheiro, Zora, vem comigo?_ a mesma assentiu_ eu já volto_ me virei para sair e fui pro banheiro com Zora logo atrás.

– você está bem?_ ela questiona assim que adentramos o local.

– estou óptima_ sigo até o espelho, onde junto minhas duas mãos e levo água até meu rosto_ já agora, obrigada_ falo me virando para ela.

– pelo que?_ me olha confusa.

– pelo que quer que você tenha feito para me fazer acalmar, eu não sei o que aconteceu exatamente, mas obrigada.

– de nada_ dá um leve tapa em meu braço_ me fala aí, como conseguiu sair de casa?_ cruzou os braços.

– o Hector me trouxe junto, mas enfim, isso não é importante_ pego papel toalha e limpo minhas mãos.

Volto a colocar meu boné na cabeça, e me viro para sair do banheiro de seguida, vou com Zora do meu lado, até que então nos despedimos e eu sigo para casa junto dos 3 garotos.

•••

Ao chegar no colégio para mais um dia de aulas, sou recebida por Jenny logo na entrada.

– eu preciso da sua ajuda, por favor Victoria me ajuda_ ela fala antes que eu passe por ela.

– o que você quer?_ a encaro impaciente.

– eu não sei o que fazer para salvar essa feira e essa é a primeira vez que eu a organizo, é também a primeira vez que fazemos ela sem o pessoal do ano passado, se ela for um fiasco eu estarei perdida.

– e onde eu entro nisso?_ cruzo os braços.

– você é tão má assim? Sério mesmo que você prefere não ajudar só por pirraça? Não será só a minha reputação na lama, mas de todo o colégio e de todos os alunos do terceiro ano_ reviro os olhos para sua afirmação.

– você me chama de má e pirracenta, e acha mesmo que eu deveria te ajudar?_ arqueio a sobrancelha.

– desculpa_ ela fala envergonhada.

– me tratar mal não vai te dar uma ideia para a feira_ dou de ombros_ vou te dar um conselho, se você precisar da ajuda de uma pessoa, tente não ofende-la, mesmo que ela seja a pior pessoa que você já viu na vida, apenas seja humilde o suficiente para perceber sua incapacidade de prosseguir sem a pessoa e a trate com respeito, ou você não vai conseguir obter nada_ passo por ela e continuo meu caminho, mas antes, paro e sem me virar prossigo:_ me encontre na hora do almoço, traga um pergaminho e uma pena_ no mesmo momento me viro e absorvo o que eu disse_ eu quis dizer uma caneta e uma folha_ me corrijo e saio rapidamente de lá.

"Essa fada só me mete em alhada"_ repito mentalmente enquanto sigo em direção ao meu cacifo e reviro os olhos para mim mesma.

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