Capítulo 13

Ravi

Eu estava chegando em casa apenas para buscar um documento importante que esqueci em minha cama quando percebi que a pequena ladra e meu filho não estavam por aqui. Ao sair da mansão para ver se estavam na casa dos fundos escuto risadas altas vindas de onde fica a piscina.

Tive que ir ver o que estava acontecendo, assim que vi a pequena ladra jogar Dylan na piscina joguei tudo o que estava em minhas mãos no chão e corri até lá, mas ao segurar em seu braço acabei caindo com ela dentro da piscina.

Não sei dizer o que me levou a tomar a liberdade de beija-la sem o seu consentimento, só que parecia tão certo. Meu corpo acendeu, me senti um vulcão de tão quente, o desejo de estar só e nu com ela atingiu a estratosfera. Mas voltei a mim com um tapa na cara dado por ela, em seguida ela me empurra e corre na direção da casa dos fundos da mansão. Olho para Edilene e falo:

— É... Sei que errei. Mas ela tem chumbo no lugar dos ossos da mão? Nossa, que mão pesada!

— Senhor Sault, não existe algo mais que talvez por orgulho não esteja querendo ver ou admitir?

— Não sei onde quer chegar... Vou subir e trocar de roupa, preciso voltar para a empresa!

Ignoro totalmente a pergunta de Edilene, não tem nada a ver aquela pequena ladra e eu. Sou homem e talvez seja apenas a droga do desejo ou carência, não vou me prender a isso... Não posso.

O final de semana chegou e quero aproveitar esse sábado ao lado de Dylan, porém, logo assim que desperto escuto Edilene bater na porta e dizer:

— Senhor Sault, o pai de Eugênia gostaria de falar com o senhor.

— Vou assim que estiver vestido mais formalmente.

Eu ainda estava usando a calça do pijama, é a única peça que uso para dormir. Me cuidei e tomei um banho, depois de pronto fui até a casa da pequena ladra. No quarto do senhor Malvino pergunto:

— Precisa de algo? — ele reponde:

— Só que libere minha filha do trabalho hoje! É o aniversário dela e como nunca podemos fazer uma festa ou dar um bolo gosto de passar o dia com ela.

— É aniversário da pequena... Da Eugênia?

— Sim!

— Por um acaso, o senhor gostaria de fazer algo para ela aqui? Uma surpresa em seu nome?

— Mas não tenho dinheiro, senhor Sault!

— Não se preocupe com isso, apenas me diga o que ela gosta.

Após ouvir tudo o que o senhor Malvino disse voltei para a mansão e chamei a Edilene e disse:

— Mantenha a pequena ladra ocupada hoje, ela não pode de jeito nenhum ir até a casa dela antes das três horas!

— Tudo bem, vou pedir a ajuda dela com o jardim da frente.

Ligo para Ruby e peço para ela trazer as coisas que o senhor Malvino disse que a filha gosta. Logo minha animada e arroz de festa irmã gêmea estava na casa da pequena ladra toda animada arrumando tudo. Foi engraçado ouvir o que a pequena ladra disse para Edilene:

— Quer me fazer trabalhar no meu aniversário? Eu não trabalho nem em dias normais!

— Mas você é a babá do pequeno Dylan!

— Não considero um trabalho! Sou a mãe dele, o amo mais que a mim e sempre vou amar, mesmo que aquele riquinho metido fale o contrário eu sou a mãe do Dylan!

Acho que a vi de um jeito deturpado antes por causa de tudo o que aconteceu, mas agora pelo menos dentro de mim consigo admitir que para mãe do meu pequeno ela é perfeita. Se demonstra uma leoa somente para protegê-lo.

Estou aqui vigiando a pequena ladra enquanto minha irmã e meu cunhado com meus pequenos sobrinhos estão na casa da pequena ladra arrumando uma pequena festa surpresa para ela até que sinto alguém me abraçar por trás, pelo perfume enjoativo sei quem é.

— Clarisse, o que está fazendo em minha casa mais uma vez sem ligar ou ser anunciada por algum funcionário da casa?

Falo saindo do abraço dela e indo para longe, ela olhou bem pela janela e viu que eu estava olhando para a pequena ladra e Edilene.

— Não sabia que gostava de ver os subordinados na labuta. É novo para mim... Amor, meu pai quer uma reunião com você para falar do nosso relacionamento.

— Nosso o quê? Quer saber, vai agora e diga para o seu pai que irei jantar hoje na casa de vocês!

Menti para ela, não tenho tempo para falar com ela agora, está quase na hora da pequena ladra ter sua surpresa e quero ver a reação dela. Clarisse vai embora saltitante e eu vou até a casa dela para ver e já está tudo pronto.

Para minha sorte, já que escuto Dylan dá gargalhadas e Edilene falar alto dando sinal de que elas estão na porta já. O pai dela está ao lado da mesa que foi preparada com docinhos variados, salgadinhos e um lindo bolo decorado com morangos e chocolate. Tem balões nas cores lilás e branco flutuando no teto com fitas nas mesmas cores.

A porta se abriu, o olhar da pequena ladra para tudo brilha como se ela fosse uma criança. O sorriso dela me prendeu feito um passarinho em uma linda gaiola, eu me perdi e me encontrei nesse sorriso de menina dela.

— Paizinho... — ela fala emocionada — Isso tudo é para mim?

Nesse momento minha irmã e Edilene puxam o parabéns para a pequena ladra já que o pai dela não consegue responder por ver a reação dela e começa a chorar. Dylan bate palminha e canta também, eu fui na onda enquanto ela se aproxima do bolo e assopra as velas que eu acendi.

Após apagá-las ela olha para mim um pouco sem jeito e fala:

— Obrigada, e desculpe pelo tapa!

— Eu não tenho nada a ver com isso tudo aqui... Foi seu pai. Eu nem sabia que era seu aniversário, sobre o tapa... Eu não deveria ter feito aquilo.

Ficamos nos olhando por poucos minutos até que eu quebrei o silêncio:

— Feliz aniversário, pequena ladra, que hoje seja o dia que você sempre sonhou em ter.

— Obrigada, riquinho metido, pode ter certeza que está sendo único.

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