Ele quase morre.

Ana Delice

Ainda estou aqui em choque com tamanho preconceito daquela senhora, querendo que eu me afaste do meu trabalho que eu lutei tanto para conseguir somente por que me viu como uma ameaça para o seu filho.

Até parece que eu quero algo com o senhor Trajano, nós dois somos como a água e o óleo não se mistura. Homem insuportável, dono da razão perfecionista, sou eu que não quero nada nem passou por minha cabeça.

Bonito ele é, isso eu não posso negar, mas o que tem de bonito tem de insuportável e eu sou simples, sou humilde gosto de gente, de me socializar, rir sem reserva, falo com todos.

Quando eu ouvi a senhora Laura com aquela soberba dizendo que eu não era digno do seu filho que as nossas classes não combinam, eu com toda paciência e mais educada possível explico que não precisava se preocupar isso não iria acontecer, mas ela foi mais grosseira ainda, e eu tentando manter a educação e o emprego é claro.

Mas ela insiste em repetir. Juro que passou na minha mente de seduzir o meu chefe só de pirraça, imaginei-me a chegar na casa desta dodoca ainda l chamar ela de sogrinha. Mas logo tirei da minha mente está terrível ideia. Então eu fui mais específica e irónica já que era pra ofender.

— Senhora perdoe-me a franqueza eu não quero o seu filho nem se ele fosse o último homem da face da terra!

— como ousar falar assim com o meu filho? Toda a mulher quer um homem como ele.

— não se preocupe eu não quero.

Neste exato momento somos interrompidas pelo senhor Carlos Trajano e o senhor Breno, explico o que ocorreu a senhora indignada achando que eu fui desrespeitosa e ousada nas palavras pede urgentemente minha demissão.

 Eu já estava irritadíssima com aquela situação disse ao senhor Breno que não precisava demitir-me eu me demitiria eu sinceramente batalhei tanto estudei tanto não foi para ficar a ouvir os desaforos de senhoras ricas que se acham melhor do que os outros.

Então o senhor Carlos bate na mesa totalmente nervoso encerrando aquela discussãoe dando veredito final dizendo que ninguém seria demitido e que eu continuasse ali prestando o meu excelentíssimo trabalho.

A senhora Laura calou-se no mesmo instante Então o senhor Carlos O retirou da sala e se despede a levar sua esposa consigo. Pensei que o senhor Breno também iria junto, mas não, ele ficou ali na minha sala e disse:

—Ana vamos almoçar juntos hoje!

— Senhor Qual o motivo de nós almoçarmos juntos hoje? Eu não quero problemas a senhora é sua mãe não me quer nem perto do Senhor, então é melhor evitarmos problemas.

Ele se vira saindo da minha sala parecendo não dá mínima o que eu falei simplesmente diz:

— Esteja pronta senhorita Ana vou passar aqui 11:30. para irmos almoçar.

Quase a hora do almoço vou almoçar com a Adriana . Quando eu estava me preparando para sair eu ouço.

—vamos senhorita Ana Delice, estou sem tempo para esperar.

Olhei para o seu rosto com uma cara de ódio passou por ele e seguimos para a saída da agência. Todos nós olhando vou até à Drica e peço desculpa e explico a situação.

Fomos para estacionamento, entramos em seu belo carro importado, finjo que nada disso me abala, faço tudo com a maior normalidade e não me admiro de nada, o silêncio impera entre nós mas logo ele é quebrado pelo senhor Breno.

—Para onde vamos senhorita?

— Como assim? Pensei que o senhor me chamou para almoçar e sabia para onde está me levando.

— sabe muito bem que eu não conheço nenhum lugar aqui pensei que a senhorita tinha um lugar preferido.

—tudo bem senhor entra na esquerda vamos comer massa no almoço hoje.

Tenho uma leve sensação que ele me chamou somente por que não sabia onde almoçar. Mas ele vai ver para onde eu o levarei.

— senhorita que fim de mundo é este que estamos indo?

—Já estamos chegando senhor não se preocupe a comida é deliciosa, creio que nunca provou uma comida com tanta sabor.

Ao chegarmos no lugar ele ficou em choque creio que não é para a sua classe, e julgando pelo o que a sua mãe fez hoje se ela nos pegasse neste lugar teria um ataque cardíaco.

— Tem certeza que estamos no lugar certo?

— mas é claro.

Como o lugar tinha muito gente ele estava em pânico eu pego a sua mão e o arrasto para dentro do lugar.

— Oi! Senhor Pedro como vai? Por favor eu quero uma mesa para dois.

—Oi Delícia! Sumiu o que houve?

— Estava de dieta! O senhor sabe se eu vir aqui todo os dias estou perdidas.

— menina pare com isso é uma perfeita obra de arte. E este homem é o seu namorado?

—Misericórdia! Não ele é o meu chefe o senhor Breno Trajano, e este é o senhor Pedro.

Eles se cumprimentam, a nossa mesa está pronta sentamos, ele totalmente desconfortável eu pergunto:

— tem alergia de camarão senhor Trajano?

—Não tenho.

—posso pedir uma lasanha de camarão? Eu tenho certeza que vai amar o sabor.

—Faça como quiser.

Enquanto esperávamos ele então começou a falar:

—Senhorita eu a convidei para almoçar porque quero pedir desculpas em nome da família Trajano, o que a mamãe fez hoje foi inadmissível e posso lhe garantir que não irá se repetir.

— não se preocupe senhor Trajano já passou, na hora eu me ofendir muito, mas a minha raiva passa rápido

Enquanto isso a nossa lasanha chegou ele olha parece não querer provar. Eu corto um pedaço e coloquei no seu prato ele então experimenta.

— Realmente muito bom, tem um sabor único.

— confie em mim quando eu disse que vai gostar é porque é muito bom.

começamos a devora toda aquela lasanha quando derrepente ele começou a passar mal.

— eu não estou bem algo aqui está me causando alergia.

— eu não acredito! Não disse que não era alérgico a camarão!

— e eu afirmo eu não sou alérgico a camarão.

— meu Deus e é alérgico a que?

— muita coisa menos camarão.

me desespero ele já começou a ficar vermelho e perde o ar.

— que ódio! Que mania ruim que rico tem de ser alérgico a tudo!

Tomei uma atitude de levá-lo a um hospital alguns garçons nos ajuda eu o coloco no banco de trás do seu carro pego a sua chave e dirige ao hospital mais próxima.

Chegamos ele estava já desacordado eu peço socorro na portaria do primeiro hospital que encontrei entrei e era um hospital público.

Para o meu alívio o atendimento foi muito rápido.

Chegaram com uma maca tiraram ele do carro e colocaram na maca eu estava desesperada se esse homem morre este povo vai me matar também.

— Gente é uma crise alérgica ele comeu algo que lhe causou alergia. Meu Deus! porque estás coisas acontece comigo? Porquê eu aceitei esse maldito convite para almoçar.

Eu fico andando de um lado para o outro até que aparece uma enfermeira.

— boa tarde! Precisamos que um parente o ajude estamos sem leito, o paciente esta em uma cadeira precisa de um apoio. Qual é o seu grau de parentesco com ele?

Eu nem pensei duas vezes grito:

— Ele é o meu noivo

É óbvio que eu não iria ligar para a família dele para dizer que ele teve uma reação alérgica devido à comida que eu ofereci e no lugar que eu o levei. É capaz daquela mãe dele tirar-me daqui para um presídio de segurança máxima.

— mas ele está bem? Corre o risco de morte?

— não, ele não vai morrer! Não por isso ele está bem já aplicamos um anti alérgico no soro dele, agora é só esperar, vem comigo.

Entrei em um mine lugar onde estava separado apenas com uma a cortina hospitalar, ele estava numa cadeira o enfermeiro segurava a sua cabeça.

Pedir a moça duas cadeiras coloco o seu corpo e a sua cabeça eu coloco no meu colo, quem já precisou de hospital público sabe como é.

Olhei-lhe e penso este homem vai matar-me quando acordar num hospital público deitado em cadeiras.

Depois de um tempo eu dormi com ele ainda com a cabeça no meu colo quando abrir os olhos ele olhava-me.

— Então a minha noiva quase me mata.

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