CAPÍTULO 20(A festa das borboletas)

-Amo quando você me descreve assim meu amor.

-Assim como? como minha fada, ninfa ou elfa?

-Tudo, amo ouvir você me elogiando, falou ela sorridente.

-Pois vou passar a vida inteira te elogiando, porque nunca vou me cansar de te amar!

Falou ele voltando a lhe beija.

Os dois estavam ainda abraçados e rindo, quando eles ouviram um barulho na janela do quarto, Aaron levantou desconfiado puxou a cortina para o lado bem devagar e ficou impressionado com o que viu.

-O que é isso?! perguntou ele.

Manon se aproximou dele devagarinho e também ficou impressionada.

-Papillon?!

Por Deus Aaron são lindas!

Ela então levantou o vidro da janela e uma revoada de borboletas entrou no quarto deles, eram muitas e tinham fomatos e cores diferentes, rodearam Manon fazendo festa em volta dela.

Ela sorriu e começou a brincar com às borboletas, olhou para elas depois para Aaron e muitas delas também rodearam ele, nem o Gráffite escapou de ser rodeado.

Aaron então percebeu que os olhos dela estavam outra vez diferentes, só que dessa vez tinha somente uma cor, estavam totalmente verdes e brilhantes e seu corpo todo parecia envolto pela luz do sol do fim de tarde, também percebeu que dessa vez, ela não entrou em transe. Manon então perguntou pra ele:

O que será que esta acontecendo com elas, meu amor?!

-Não sei, não faço a mínima ideia, esses animais não costumam entrar no quarto das pessoas assim, muito menos nesse horário.

-Então por que será que elas entraram aqui?

-Acho que por você meu amor!

Falou ele a encarando nos olhos.

-Deus como sua pequena conseguia ficar ainda mais linda do que já era, daquele jeito! pensou ele.

-Por que você acha que é por mim? ela o questionou.

-Por isso! ele falou apontando para o espelho do closet.

Quando ela olhou ficou impressionada com a sua aparência bem como a cor de seus olhos, nunca tinha visto eles dessa cor, e como brilhavam, mas por que isso?!

Se perguntou.

Olhando novamente para Aaron, que apenas levantou às mãos em sinal de que também não sabia o porquê.

Ele falou:

-Sei que está se perguntando o mesmo que eu, mas não sei a resposta chérie, no entanto, acho que os seus olhos sempre mudam de cor quando está feliz.

-Por que acha isso?

-Poque foi o que aconteceu com você lá no zoo, também lá no parque e agora aqui!

Quando então todas as borboletas se retiraram ele tocando em seu rosto e olhando em seus olhos falou:

— Não sabe o quanto estás linda.

E a Beijou intensamente, depois que eles já estavam quase sem fôlego ela então disse:

-Oh! Aaron meus amigos não podem me ver assim como vou explicar para eles que meus olhos mudaram de cor porque eu estava feliz, por estar fazendo...ahm.

-Fazendo amor?!

-Aaron por favor! disse ela envergonhada.

Ele gargalhando, aproximou ela na frente do espelho e disse:

-Não se preocupe porque seus olhos já voltaram outra vez a cor natural, olhe!

Ela olhou e perguntou:

-Como?!

-Não me pergunte querida tudo que sei é que já estou ficando acostumado a lhe ver assim tão bela.

-Eu me sinto estranha, como se eu fosse um E.T.

-Bom se fosse seria o E.T mais lindo do universo!

Disse ele sorrindo, para tentar tirar as rugas de preocupação do rosto de sua pequena.

-Não entendo Aaron, papai já tinha me dito que meus olhos ficavam diferentes quando eu estava feliz, mas não pensei que fosse tanto, isso é assombroso!

-Não meu amor isso é lindo!

Disse ele aproximando-se dela novamente tomando-a nos seus braços para beija-lá, mas ela o afastando comentou:

-Mas o fato de meus olhos mudarem de cor, ainda não explicam o porque das borboletas terem entrado aqui, não acha?

— Mas acredito que sim as coisas talvez estejam ligadas.

-É, me explica então o porque?!

O questionou novamente a moça.

-Bem acho que elas sentiram sua felicidade e vieram festejar com você, disse ele sem de fato acreditar no que ele mesmo estava dizendo.

— Acredita mesmo nisso Aaron?

— Bem...na verdade… não!

Sou um homem muito cético só aprendi a acreditar em Deus apartir momento que vi você pela primeira vez.

Então certas coisas que a ciência não pode explicar, foge do meu entendimento, porém é como eu lhe disse, percebi que quando está feliz a natureza também fica feliz com você, por exemplo, lá na estufa as flores ficaram mais perfumadas e na nossa primeira noite o vidro da janela fazia barulho com o vento lá fora fazendo pequenos redemoinhos, enfim tudo isso acontece com muita mais frequência.

-Ainda não tinha percebido isso, você supõe que o que acontece comigo, é uma coisa paranormal?

Ou acredita que eu deveria procurar ajuda médica?

-Não sei meu anjo, mas se você quiser, assim o faremos só não imagino o que você dirá ao médico.

-Eu tão pouco! suspirou ela preocupada, encostando o rosto no seu peito.

-Mas acho querida que o que você tem não é uma doença e sim uma benção.

-Por que pensa isso?

— Na verdade, não sei te explicar muito bem, só imagino que seja uma benção, porque tudo o que tem acontecido com você é muito lindo para ser diferente disso.

Disse ele beijando-le a testa.

- Por incrível que pareça, eu diferente de você, sempre achei que acreditava nas coisas que não pode ser vista por olhos humanos.

Como as coisas espirituais, fui ensinada assim por meus pais e também a minha avó, mas agora que isso aconteceu comigo, questiono-me, se realmente sempre acreditei ou achava acreditar, quando a minha avó dizia sermos abençoadas por uma deusa.

Quando criança era tudo tão mais fácil de crer, mas agora após adulta já não sei!

-Ouça querida você não...

Quando ele ia falar mais alguma coisa Lina bateu na porta do quarto para avisar que os amigos de Manon haviam chegado.

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