Um pé no Outro

NICOLAS NARRANDO

Na casa dos meus pais Ocorreu tudo bem, tirando a parte do scargort horrível foi melhor do que eu imaginava.

Quase não consigo me segurar, parecia que a Dayane estava tomando um choque do tanto que ela se sacolejava na cadeira, fazendo uma careta medonha, meu pai gargalhou, minha mãe ficou possessa e foi resolver com as cozinheiras, Coitada da que estragou o jantar da Sr. Michele Reis.

Ficamos conversando, minha mãe sempre atenciosa com a Dayane, se desculpou várias vezes.

Foi servido uma lagosta puxada na manteiga, estava uma delícia, Marquei o nosso noivado para a data de números iguais a data que prestei atenção na Dayane pela primeira, quando ela queimou o Mário do TI com café quente.

Marquei bem aquela data, Pois foi a partir daí que eu comecei a acompanhar ela pelas câmeras, meu pai estava sempre atento qualquer coisa que eu ou ela falasse, ele queria pegar algum ponto incompatível para fazer mil e uma pergunta até nos pegar na mentira.

A sobremesa servida foi petit gateau a cada colherada que Dayane colocava na boca era um sorriso diferente de satisfação, vou casar com uma formiga.

Após a sobremesa fomos para a sala, sentei ao lado da Dayane, até que meu pai tocou no assunto da Jhuly está servindo café.

— Ainda não conversamos o porquê a Jhuly está servindo café na empresa, me passaram que agora essa será a função dela, isso procede meu filho?

— Procede sim pai.

— por qual Motivo?

Falei aos meus pais tudo o que aconteceu, a Dayane ficou um pouco incomodada com o assunto, mas não tive outra opção a não ser falar a verdade.

Meu pai ouviu tudo calado e no final deu o parecer a favor da minha decisão, e a minha mãe provou para Dayane sem ao menos saber, que não é amiga da Jhuly coisa nenhuma que é tudo mentira

— Certíssimo, Meu filho, eu já fui secretária e nunca humilhei ninguém, nem mesmo quando seu pai me pediu em casamento, me apresentou perante todos os funcionários, a Dayane Já está perto de se formar Será uma grande secretária executiva, tem um futuro promissor pela frente só basta se dedicar.

Continuamos conversando, minha mãe marcou um almoço para receber a mãe da Dayane, isso está indo muito rápido, tomara que não fuja do meu controle.

Já estava tarde quando fomos nos despedir dos meus pais para ir embora, a Dayane se enrolou no tapete, ou foi um pé no outro, não sei ao certo como foi, mas ela caiu e me puxou junto acabei caindo por cima dela, fui pego desprevenido.

Me levantei rapidamente e ajudei ela se levantar, Minha mãe ficou toda preocupada perguntando se estávamos machucados, enquanto meu pai só sabia gargalhar.

— Você está bem?

— Sim, só meu Tornozelo está doendo.

Minha mãe pediu para que ela se sentasse, e foi na cozinha pegar uma compressa de gelo, enquanto meu pai já estava vermelho de tanto gargalhar.

— Agora entendo filho, porque você está tão apaixonado pela Dayane, Essa menina é a diversão em pessoa.

Ela olhou para o meu pai e tenho certeza que se fosse outra pessoa a Dayane teria respondido, achei o comentário dele um pouco inconveniente, ela está machucada e ele sorrindo da situação.

Dayane colocou a bolsa de gelo no tornozelo, ficamos um pouco mais, e quando ela se sentiu melhor peguei no colo e a levei até o carro.

— Você quer ir para minha casa, ou prefere que eu te deixo na sua?

— Na minha casa, meu amor, por favor.

Ela me chamou de amor e começou a rir falando que sou um grande mentiroso estou na profissão errada devo ser ator.

Também achei divertida toda nossa encenação, fomos o caminho todo conversando e sorrindo comentando sobre a noite.

Ela comentou que no começo achou meu pai bem desconfiado, Eu também achei e na hora que ele saiu vira apontando o celular com certeza estava tirando alguma foto nossa ou melhor dela.

Conheço muito bem meu pai, sei que aquelas perguntas todas é porque ele já mandou investigar ela e vai comparar as respostas que tiver com as coisas que ela falou.

Sei que a Dayane não mentiu em nada quando ela falou sobre a sua vida e sua família, meu pai não vai encontrar nada além de regras quebradas e leis desobedecidas dentro da empresa.

Se tem uma coisa que a Dayane não sabe fazer é seguir regras, ela é muito inteligente porém gosta de fazer as coisas livremente, estou achando isso muito interessante uma pessoa de espírito livre que vê a vida com leveza.

Do nada Dayane começou a reclamar que não vai poder andar na sua moto aqui com um tornozelo assim.

— Você deve ser um perigo andando de motocicleta pela cidade.

Falei comecei a sorrir foi quando ela me falou que teve que repetir várias aulas de direção e passou por quase todos os instrutores, tenho que até hoje tem pavor dela, só porque ela atropelou ele.

Deixei a Dayane na casa dela, ajudei ela a entrar, a mãe dela ainda estava acordada foi quem abriu o portão e a porta para nós já que a desmiolada esqueceu a chave e ainda colocou a culpa em mim, falando que saiu apressada.

Quando ela já estava acomodada, nos despedimos com um selinho e fui para o meu apartamento.

Assim que cheguei em casa tomei banho coloquei uma roupa confortável, me deitei e comecei analisar algumas coisas, eu não gosto que me toquem mas eu consigo tocar na Dayane sem sentir nojo, Já tentei tocar em outras mulheres mas não deu certo.

Comecei lembrando da cara dela na hora que colocou o escargot na boca, não me aguentei e comecei a rir sozinho parecendo maluco.

Há sua doída O que você está fazendo comigo parece dominar todos os meus pensamentos, já não consigo passar um dia ou uma noite sem pensar nela, isso é quando não estamos juntos.

Meu celular vibrou uma mensagem do advogado que vai cuidar da causa da Herança da Dayane.

Eram as informações sobre a Madrasta dela, essa mulher é pior do que eu imaginava.

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