Terceira Opção.

NICOLAS NARRANDO

A Dayane nem imagina que acompanho ela pelas câmeras há muito tempo, Desde o dia que ela foi servir café na sala de reunião e derramou café em cima do Mário, parecia que ela estava andando com dois pés esquerdos, tropeçou sozinha, não sei como mas eu vi ela enrolando um pé no outro.

A partir desse dia me despertou a curiosidade de saber como seria essa garota no dia a dia, e a única coisa que vi foi a Dayane quebrando Regras por cima de regras.

Eu deveria ter cobrado logo Como já fiz com outros funcionários, Mas eu achei interessante o tanto de infração que ela cometia por minutos.

Além de desastrada, ela tem a língua afiada e acha que pode me desafiar, já veio botando banca, querendo ver as regras de ouro que ela quebrou, como me pediu assim foi feito esfreguei na cara dela todas as regras ditando parágrafo por parágrafo e as suas consequências.

Para uma pessoa que trabalha na empresa há três anos na mesma empresa, ela já teve tempo suficiente para ler todas as regras e saber o que pode ou não fazer no seu horário de serviço.

Eu sou o tipo de Ceo que não me importo com a vida pessoal dos meus funcionários, apenas com o que eles fazem no seu horário que pertence a mim, no caso no horário de expediente.

Ela ficou com o queixo caído quando mostrei os cortes das câmeras, mesmo eu olhando para o monitor tendo prazer em acompanhar mais uma vez cada infração cometida em cada regra quebrada.

 Eu consegui ouvir a respiração dela bufando, Com certeza se ela pudesse tirar esse tamanco e bater na minha cara, agora estava fazendo igual fez com o pano de prato, essa mulher é Maluca.

Estava tão bom esfregar tudo aquilo na cara dela, que acabei perdendo o horário do almoço, isso eu não tolero, meus funcionários tem que ter tratamento correto dentro da lei, não posso privar ninguém de seus direitos.

Para me redimir, convidei ela para almoçar, tenho algo em mente e já quero compartilhar, vamos ver se ela vai aceitar a minha proposta.

 Para impressionar, pedi vinho chileno, uma entrada mais suave, analisei bem todos os traços da Dayane, a forma como ela se comporta a mesa, também a sua postura, e Gostei de tudo que vi.

Assim que terminarmos o almoço pedir uma sobremesa fit, não como doce apenas em ocasiões especiais e depois compensa tudo em horas de treino.

A Dayane pediu um sorvete e acabou sujando a blusa com a calda, eu tive quase uma vertigem olhando aquela mancha por mais minúscula que fosse Mas eu sabia que ela estava ali.

Mandei mensagem para o meu motorista comprar uma blusa nova para ela se não eu jamais iria conseguir falar e me concentrar em uma conversa sabendo que ali tinha uma sujeira olhando para mim.

— Dayane, eu tomei a liberdade de pedir ao Guilhermo para comprar uma blusa nova pra você.

— Qual o problema com a minha blusa?

Apontei para a mancha que ela ainda não tinha nem visto e ela piorou a situação passando o guardanapo, a mancha foi se espalhando e eu tive uma atitude que isso é muito raro acontecer, estiquei meu corpo para frente e tomei o guardanapo da mão dela.

Ela me olhou bem séria e do nada abriu um sorriso que parecia mais diabólico, tive impressão até de ter visto saindo dois chifres da sua testa.

— Você está manchando mais ainda.

— A Blusa é minha Sr Nicolas.

— Mas daqui você vai para empresa, nas regras fala sobre está limpo e bem afeiçoado, o que não está sendo o seu caso .

— Não vai me dizer que isso também gera Multa?

— Tudo que está fora das regras gera Multa.

Dessa vez ela não sorriu, apertou os olhos e ficou me olhando bem séria, não desviei o olhar porque também sou do visual acredito em tudo aquilo que os meus olhos veem.

— Podemos ir para a empresa, assim que chegar lá eu consigo tirar a mancha da blusa com os produtos de limpeza.

— Tenho algo para conversar com você não pode ser na empresa, lá as paredes tem ouvidos Por isso prefiro falar aqui, estamos em um ambiente neutro.

Ela ficou me olhando toda desconfiada, ela nem imagina qual é o assunto, posso unir o teu agradável, assim vou matar dois coelhos com uma cajada só.

Mas para me enlouquecer ela ficou passando o dedo na mancha, esfregando como se tivesse tirado com apenas um toque.

Eu já estava passando mal, mas não quis pedir para ela parar convencer a suar, tirei o lenço do bolso passando na testa, E olha que o ar condicionado do restaurante estava ligado em um clima bem agradável.

O Guilhermo chegou com uma sacola na grife onde minha mãe compra roupas e entregou para ela, só respirei aliviado depois que vi a Dayane indo em direção ao banheiro trocar de blusa.

Assim que ela voltou com a blusa limpa, sentou no mesmo lugar, então iniciei a conversa que já estava prontinha na minha mente.

— O Sr. falou que tem um assunto para tratar comigo mas não pode ser na empresa pode falar estou ouvindo

— Dayane pelo que eu te mostrei na empresa, você sabe que está me devendo um bom dinheiro, quando isso acontece eu dou apenas duas opções ao funcionário ou ele me paga em um acordo legal ou ele é demitido por justa causa e você sabe que isso em uma carteira de trabalho é a mesma coisa de sentenciar ao desemprego eterno, mas para você eu tenho uma terceira opção.

— E qual seria? porque não gostei de nenhuma das duas anteriores.

— Você se casar comigo.

— OI?

— Fala baixo, Maluca.

Além de gritar ela ainda ficou de pé chamando atenção das pessoas que estavam ao nosso redor pedi para ela falar baixo, ela se desculpou e sentou colocou as duas mãos na boca ficou me olhando balançando a cabeça que não

— Então já posso mandar a sua documentação juntamente com as provas para o jurídico.

— Não! Por favor

— não tenho a quarta opção, se você não quer casar Sua documentação será encaminhada para o juízo lá faremos um acordo legal ou a sua demissão.

— Eu aceito

—Aceita o que?

— Me casar com você.

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