Capítulo 12 O que tenho de especial?

Aurora

As palavras carregadas de duplo sentido me atingiu em cheio, me sentia tão quente como o fogo, e precisava trocar minha calcinha com urgência. Um silêncio pairou no ar, ele terminou o macarrão e eu peguei os pratos. Cada vez que chegava perto dele, podia sentir o calor que emanava dele, nossos corpos sabia bem o que queria, mas sexö ainda era um assunto que não havíamos conversado, como ele é virgem e eu também, não achei que essa atração viria tão cedo. Benjamin é tímido, respeita meu corpo, nunca ultrapassou os limites, mas nos últimos dias nossos beijos e abraços ficaram intensos, e não podemos esconder o desejo crescente de ter mais do que beijos ardentes.

Sentei na mesa e ele serviu os pratos, Benjamin sabia o que fazia, ver ele cozinhar só me mostrou o quanto dominava o assunto. Sem querer me senti inferior a ele, o que eu tinha de especial?

Ele disse que tinha suas limitações, ainda assim sabia tantas coisas e conquistou tudo que tinha com seu próprio esforço. Comecei a comer, estava delicioso, mas a melancolia não me deixou. Ele se abriu comigo, estava sendo o namorado perfeito, o príncipe dos sonhos de qualquer garota, e no entanto, eu não estava sendo totalmente sincera com ele. A minha verdadeira identidade, ainda estava oculta para ele, e por algum motivo que eu desconhecia, não conseguia dizer quem eu sou, sentia como se o encantamento fosse quebrar, assim que dissesse a verdade.

— Não gostou do espaguete?

A voz suave com um tom preocupado soou, me trazendo a realidade. Estava distraída outra vez, perdida nos meus próprios pensamentos e deixando Benjamin apreensivo.

— Está maravilhoso, Beny! Cozinha muito bem!— exclamei com um sorriso.

Ele fitou os meus olhos, como se escaneasse meus pensamentos. A mão dele alcançou meu rosto e acariciou minha bochecha com ternura.

— Parece triste... Aconteceu alguma coisa?— ele perguntou preocupado.

— Bobeira minha... Fico vendo o quanto é perfeito, gentil, lindo... Não me sinto à sua altura, sabe?

— Shiiii...— ele colocou o dedo nos meus lábios me interrompendo.— não acredito que tenha esses pensamentos! Aurie...o que te faz pensar que não está "na minha altura"?

Ele fez questão de fazer as aspas com os dedos. Dei com os ombros e desviei o olhar. Realmente não gostava de pensar assim. Ele levantou do seu lugar e se agachou ao meu lado, buscando as minhas mãos. Quando alcançou ele passou o polegar com carinho, com a outra mão ele tocou meu queixo, com delicadeza me fez encará-lo.

— Aurie, eu te observei desde que colocou os pés na universidade. Me encantei contigo assim que meus olhos te contemplaram. Os meus dias eram melhores, só porque eu tinha o privilégio de ver o seu sorriso, de olhar a maneira graciosa que se movia e andava. Agora, eu tenho esse sorriso especialmente para mim, descobri que além de linda por por fora, é linda por dentro, possuí um coração raro, seus olhos... Bom, eles iluminam minha vida. É a perfeição, linda, divertida, meiga e possuidora de gestos amáveis. Seus lábios, destilam mel, e todos os dias agradeço a Deus por ter a chance de poder te olhar mais um dia. Eu não vou omitir, Aurie... Pode achar cedo, repentino... Mas eu não tenho dúvidas, que meu sentimento não é só uma paixão avassaladora, é amor. Sim, eu te amo, Aurora!

Os olhos dele tinham uma intensidade que tocou a minha alma, podia vivenciar a sinceridade em cada palavra. Impossível se sentir para baixo com um homem como ele. As lágrimas vieram, as palavras dele me provocou muitas emoções, e dentre elas, será que eu também estaria amando?

Segurei o seu rosto enquanto ele tentava enxugar minhas lágrimas.

— Está chorando, meu amor?

Sorri emocionada.

— Oh, Beny! Se soubesse como mexe com toda minha estrutura... Meus sentimentos por você são intensos. Você sempre tem palavras que me atingem a alma, e me faz cada dia mais apaixonada por você. Eu não tenho todo esse romance de conto de fadas, e nem tenho tanto a oferecer como me tem dado, mas o que eu sinto dentro de mim é forte, pouco sei sobre amar um homem, mas se for o que eu sinto no momento, é lindo, arrebatador e totalmente seu.— declarei acariciando sua nuca.

— Eu quero apenas o que tem, Aurie. Seu sorriso, a voz doce nos meus ouvidos, os olhos sedutores de menina, os beijos que me consomem, e que um dia, seja toda minha.— ele confessou beijando minha mão.

— Você me tem, Beny! Eu sou completamente sua!— declarei.

Ele me fitou intensamente, procurando confirmar minhas palavras nos meus olhos. Me levantei e ele acompanhou meus movimentos. Envolvi o seu pescoço com as minhas mãos e deixei que ele enxergasse a verdade dos meus sentimentos.

Suas mãos seguram minha cintura, ele apertou com suavidade, fechei os olhos com a sensação do seu toque. Sua respiração soprou meus lábios, seguido de um beijo que expressava o sentimento que nos consumia. Ele desceu os beijos para meu pescoço, me causando sensações prazerosas e arrepiando todo meu corpo. Um gemido abafado, que estava prendendo na garganta saiu. Aquelas mãos grandes, que tanto fantasiei no meu corpo, agora perdeu o pudor e desciam lentamente pelo meu quadril.

— Aurie?— ele falou com a voz embargada, sem desgrudar os lábios do meu colo.— Posso te tocar?

— Você deve me tocar, Beny!— exiji com um sorriso arquejante.

— Amor... Sabe o que quero dizer, né? Eu quero te tocar em todos os lugares. Tem certeza que quer isso?— ele me encarou sério.

Peguei a mão dele e coloquei nos meus seios, ele deu um meio sorriso.

— Isso responde sua pergunta?— falei colocando sua outra mão na minha coxa.

— Responde tudo, baby!— ele voltou a me beijar com veemência.

As mãos segurou minha cintura com mais força, puxando meu corpo para mais junto dele, o que me fez sentir a sua ereção. Ele foi descendo seus toques e apalpou minha bundä suavemente. Minha respiração ofegou, com as mãos explorando meu quadril.

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