Capítulo 11 Um Lado Feroz

Aurora

Estava amando esse lado mais feroz de Benjamin, os beijos dele estavam cada vez melhores, e a forma que me tocava me deixava totalmente rendida a ele. Nossos contatos estavam se intensificando, eu via nos olhos dele o desejo de crescer a cada dia, e a forma que ele se controlava para não me tocar nas áreas "proibidas". Mas sinceramente, não via a hora de sentir as mãos dele percorrer outros pontos, meu ser está fervendo de desejo por ele. Nos beijamos feito loucos, até ficarmos ofegantes. Ele se afastou com dificuldade e apoiou nossas testas, deixando a respiração arquejante soprar quente no meu rosto.

Ele pegou um energético no cooler e começou a beber. Parecia querer acalmar os "impulsos", mas acredito que escolheu a bebida errada.

Ele sugeriu andarmos pelo Campus, guardamos as coisas e fizemos o nossa caminhada de sempre. O clima já estava frio, então andar no sol durante a tarde é muito agradável. Andamos, sentamos no banco, conversamos sobre as aulas, ele contou sobre o trabalho e como estava sendo suas viagens de trem. O fim da tarde chegou, e com ela a queda da temperatura. Cruzei os braços e me encolhi num gesto automático. Benjamin, que estava evitando um contato muito intenso, me puxou para seus braços e tentou me aquecer.

— Está na hora de irmos. Está frio.— ele falou passando as mãos nos meus braços.

— Não quero me separar de você...— resmunguei.

Ele apenas me abraçou, foi o suficiente para saber que ele também não queria. Ele se levantou e retirou o casaco e me envolveu.

— Quer que eu te leve pra casa?— ele perguntou gentilmente.

Assenti e me levantei. Fomos caminhando aconchegados um no outro até meu carro. Ele mora perto daqui, então nunca vem de carro, mas umas duas vezes ele me levou no meu carro e voltou de Uber, só para não me deixar ir sozinha. Podia ser um exagero, eu poderia impedir e dizer que não precisava, mas a verdade é que eu gostava de ter a atenção dele. Abri minha bolsa, peguei a chave do carro e entreguei. Ele abriu a porta para mim, colocou as coisas no banco traseiro e foi até o banco do motorista. Chegamos no condomínio, ele estacionou e já ia chamar o Uber, como era costume. Segurei a mão dele e o encarei.

— Não quer entrar? — sugeri sabendo o peso dessas palavras.

Ele me olhou surpreso e pensativo.

— Me deve um jantar, tenho espaguete e algumas coisas que comprei no mercado. Lembra que ia me ensinar?— insisti.

Ele sorriu, deu uns passos passando as mãos na cabeça e terminou colocando as mãos no bolso e assentindo. Dei um sorriso de felicidade e o abracei. Ele pegou as coisas do carro, e subimos de elevador, a tensão sexual estava no ar, é palpável. Fui na frente e abri a porta, entramos e tentei abrir espaço no sofá, eu e minhas roupas espalhadas. Juntei tudo e levei para o quarto de visitas. Ele ficou um pouco constrangido, sem saber o que fazer.

— Não repare minha bagunça, eu não consigo ser organizada...— murmurei.— Vou te mostrar a cozinha.

Levei ele para cozinha, abri os armários mostrando minhas coisas e os alimentos. Ele tentou se situar e colocou um avental que eu nunca usei. Deixei ele na cozinha, fui arrumando a sala, para poder sentar. Guardei meus livros e voltei para ajudar, ou só observar mais um dote do meu príncipe.

Me aproximei dele e o abracei pelas costas, intencionalmente eu apalpei o peito e abdômen firme dele. Fiquei imaginando como seria sentir a pele dele na minha, como seria a visão do seu corpo. Bastou isso para minha calcinha umedecer.

Um suspiro longo e profundo saiu dele. Suas mãos apoiaram na pia, as juntas dos dedos ficaram brancas, de tanta força que ele colocou. Sabia que estava provocando desejos nele, mas eu queria isso, estava pronta para ter tudo de uma relação, me sentia totalmente segura.

Ele largou a faca que segurava e se virou para mim, seus olhos refletiam um desejo cheio de luxúria, o que me arrancou um sorriso malicioso. Meus olhos se arregalaram quando notei o volume na calça jeans. Será que realmente estava pronta para tudo isso?

Fingindo que não me incomodava com a visão que tive, observei a água fervendo e consegui me sair da situação constrangedora.

— É para o macarrão?— perguntei.

Ele sorriu malicioso e assentiu, voltando a cortar os Champions que ele abriu.

— O que vai cozinhar, Beny?— indaguei me sentando no balcão.

— Vou fazer um molho funghi secchi, para colocar no espaguete. É simples, quer fazer?— ele voltou a me encarar ligeiramente.

— Vai ficar para a próxima, hoje eu só quero observar. — respondi mordendo o lábio inferior.

Ele sorriu e balançou a cabeça em negação. Como ele podia ser tão lindo? Na minha cabeça nada inocente, só passava mil maneiras de tocá-lo. O molho já estava quase pronto e o macarrão cozido. No momento que ele foi juntar os dois, acabou sujando a sua camisa. Dei risada, enquanto ele tentava limpar, mas foi em vão, ele pareceu bem incomodado com isso.

— Eu tenho lavadora e secadora. Tira a camisa que eu lavo. — falei desamarrando o avental.— Enquanto jantamos a máquina faz o trabalho.

Ele assentiu e me olhando de soslaio retirou a camisa de uma vez. Nunca fui tão feliz por ter sugerido lavar a camiseta. Que peitoral ele tem! E os bíceps? Eu não conseguia tirar os olhos e certamente devia estar babando agora.

— Foi para isso que sugeriu lavar a camiseta?— ele me entregou a camisa com a sobrancelha levantada.

— Não! Claro que não! — exclamei irônica.

Ele cruzou os braços envergonhado, o que só o deixou mais sexy. Engoli em seco e fui até a lavanderia. Coloquei um "tira-manchas" no local e coloquei a camiseta para lavar com algumas roupas minhas. Quando voltei ele estava com uma jaqueta.

— Vou aumentar o aquecedor, de repente você fica com calor.— provoquei.

— Mas calor do que já estou é impossível.— ele suspirou.

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