Me levantei já imaginando no que poderia ter acontecido comigo, será que eu estava na casa de Cintia? Ela me disse que morava com a sua prima em um apartamento próximo do trabalho, mas esse quarto não é grande demais para um apartamento? E os móveis parecem caros. Não é algo que uma jornalista poderia pagar com facilidade. Talvez Cintia fosse herdeira e trabalhasse por hobby? Não. Ninguém ia aguentar patrão abusado por diversão.
Respirei fundo tentando não pensar nas possibilidades mais assustadoras como sequestro ou ter dormido com um desconhecido, mas quanto eu abri a porta do quarto, assim que coloquei um pé para fora dei de cara com quem eu menos esperava naquele momento. A ideia de dormir com um estranho me pareceu tão maravilhosa depois disso. Para piorar ainda mais meu desespero, ele estava apenas de toalha e era muito mais gostoso do que eu imaginava. Eu só posso ter enlouquecido.
— Vai acabar babando, se continuar me olhando desse jeito, senhorita Amanda. Aliás, bom dia. — Dylan disse com um sorriso no canto da boca. Eu definitivamente estava com problemas.
— Bo-bom dia. Nós... — Não podia ser real. Eu dormiria com o meu chefe? Além do mais, com um homem comprometido? Não, certo? Deve ter outra explicação.
— Amandaaaa! — Ouvi o grito de Martin antes dele correr para meus braços. — Bom dia!
— Martin... Minha cabeça parecia que ia explodir, não sei se era ressaca ou a loucura que estava acontecendo naquela manhã.
— Filho, acompanhe Amanda até a sala de jantar. Vou trocar de roupa e logo desço para tomar café da manhã com vocês. — Dylan disse antes de se virar — Amanda, não se preocupe, depois te mando uma foto
— Que? — Eu não podia acreditar o que estava acontecendo. Como pude cometer um erro tão grande.
— Vamos. — Martin segurou a minha mão me puxando pela escada. Mesmo assim, os meus olhos continuavam focados em Dylan, que acenava para mim com um sorriso safado.
Martin me levou até um cômodo com uma mesa enorme, que estava completamente servida com o mais variados tipos de comida. Podia alimentar uma família de dez pessoas e sobrava. Não era desperdício? Uma das funcionárias se aproximou enquanto eu me sentava.
— Senhor Dylan pediu para que eu entregasse isso para senhorita. É um remédio para dor de cabeça. O chá vai ajudar com a ressaca. — A funcionária disse me entregando tudo que carregava na sua bandeja.
— Bom dia. Precisa de algo? — Outra funcionária me olhava como se eu tivesse cometido um pecado mortal. Bem... Talvez eu tenha cometido mesmo. Seria bom passar em uma igreja para me confessar antes de ir para o trabalho.
— Não. Não será necessário. Eu estou atrasada. Preciso ir. — Falei levantando. Definitivamente, eu não podia encarar Dylan agora. Precisa organizar os meus sentimentos e lidar com a minha culpa. — Martin, tenha um bom dia.
— Amanda, mas você não vai comer nada? Papai disse que faz mal sair sem tomar café da manhã. Pode acabar doente. E eu não quero que você fique assim. — Martin, um garoto de oito anos, acabou de me repreender? Eu tive uma crise de riso na mesma hora. Que ponto chegamos, dona Amanda.
— Ele está certo. Pegarei só essa torrada. Quando chegar no trabalho tomarei um com café da manhã completo. Coma bem você também, eu ficaria muito triste se soubesse que está doente, tá?— Falei antes de pegar a torrada e sair correndo.
Agradeci a deus por ter achado o meu celular em cima do criado-mudo, porque eu não fazia a mínima ideia de onde estava a minha bolsa. Pedi um Uber direto para o trabalho. Haviam milhares de chamadas de Gabriel e de Cíntia. Algo com certeza aconteceu no trabalho. Não estariam agitados assim por um pequeno atraso.
* CHAMADA ON *
— Finalmente você deu sinal de vida. Já estava ficando preocupada. Pensei que algo tinha acontecido com você. De qualquer forma, depois descubro o que aconteceu. Agora temos um problema maior. Gabriel está surtando aqui porque você não chegou e nem atende o telefone. — Cintia sussurrava. Tenho certeza que está na redenção.
— Eh? E porque ele precisa de mim tão desesperadamente? — Perguntei confusa.
— Você não viu ainda as notícias de hoje? Aí meu deus, Amanda. Você foi flagrada entrando em um carro de Dylan, os dois estavam abraçados. Só se fala sobre isso em todos os canais de fofoca. — Cintia explicou. Senti que o meu coração começou a bater no ritmo de errado.
— Como é que é? — Gritei tão alto que o motorista do Uber se assustou. Só posso está vivendo um pesadelo.
— E uma mulher chamada Denise já ligou diversas vezes buscando por você. É alguma fonte? — Cintia perguntou. Eu não sabia se ria ou chorava.
— A fonte de problemas sou eu. — Brinquei colocando a mão no rosto. O dia mal amanheceu e eu estava submersa em problemas.
Quando acho que a loucura da minha vida não pode piorar, eu acabo criando mais problemas para mim. E dessa vez, eu não tenho sequer defesa para meu erro. O que eu vou fazer? Tenho que pensar numa forma de lidar com Dylan, Denise e Gabriel, sem falar das notícias que estão circulando.
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Atualizado até capítulo 98
Comments
Chelle Coutinho
coitada dessa mulher besta cagada de urubu
2025-02-28
0
Jozi
kkkkkkkkkk
2025-01-25
0
Elis Rodrigues
E eu que achava que minha vida era um desastre kkkk
2025-01-24
1