— Só trinta minutos e nada mais. Não quero problemas com a sua namorada e nem no trabalho. Já tenho o suficiente para uma vida inteira. — Deixei claro. Ficaria o tempo que ele pediu e pronto.
— Entendi. Eu agradeço. Aliás, soube que namorava o Gabriel, o editor. Estava a ponto de casar e ele surgiu com Samira? — Dylan perguntou. Parecia até que estava investigando minha vida, mas do jeito que as fofocas correm naquela empresa, ele não precisava ir longe para saber sobre isso. — Antes que ache que sou um stalker maluco, apenas fiquei preocupado com o que havia acontecido hoje. Pensei que poderia ser causado por uma confusão interna, acabei descobrindo isso.
— Prefiro não falar sobre isso. Terá que descobrir o que aconteceu sozinho. A única coisa que posso dizer é que namorava com Gabriel até o dia que conheci Martin na praia. — Mesmo sabendo que a verdade levaria a demissão de Gabriel, ainda assim, prefiro não jogar baixo por fofocas.
— Isso explica o seu vestido branco imundo na delegacia. Era seu noivado então. Pensei que as noivas só fugiam em filmes, mas você não apenas fugiu como também sequestrou uma criança. A sua vida é bem maluca. —Dylan estava se divertindo com a minha desgraça. Nunca pensei que aquele homem tão sério que encontrei na delegacia poderia ser divertido.
— Como posso dizer, vivo a vinda intensamente. — Brinquei tomando um gole do drink que já estava secando. Antes que eu pudesse pedir para o garçom, Dylan pediu. — Será uma espécie de propina a bebida que pedi. Preciso fazer algumas perguntas.
— Se eu souber responder, não vou rejeitar a bebida. — Concordei. Era mais fácil passar os 30 minutos se ele estivesse falando.
— Quero algumas respostas sobre o meu filho. Desde que a sua mãe morreu, estou com muita dificuldade para me conectar a ele. Sinto que estamos cada vez mais distantes. Pensei que fosse a ausência da figura materna, mas a entrada de Denise parece ter tido um efeito bem diferente do que eu imaginei. Para ser sincero, eu não sei mais o que fazer. Estou preocupado. Quando vi ele sorrindo para você, me senti com um pouco de inveja. — Dylan confessou. Então ele não estava mentindo, realmente estava querendo saber sobre o filho.
— Não tenho experiência, mas acho que a falta da mãe dele não mudará independente da mulher que você estiver ao lado. E sobre como me conectei a ele, eu não faço a mínima ideia. Realmente conversamos muito na praia, mas foi tão natural, que não saberia o que dizer. Martin não me pareceu nenhum pouco tímido. Na verdade, só vejo ele agir assim na frente da sua namorada. — Falei. Talvez a última parte seja desnecessária, mas isso estava me incomodando. Crianças são naturalmente sinceras e não costumam esconder o que sentem, claramente Martin não se sentia confortável na frente da namorada do seu pai.
— Acha mesmo? Não sei dizer. A maioria das vezes que estamos juntos, ela também está. Talvez seja assim por minha causa. Depois que a minha esposa partiu, notei como era difícil compreender uma criança. — Dylan parecia realmente triste.
— Toma! — Ofereci o meu drink para ele. Parecia precisar mais do que eu.
— Não posso, obrigado. Infelizmente estou dirigindo. — Dylan sorriu empurrando a taça para meu lado.
— Felizmente, hoje em dia existe Uber. Todo mundo pode voltar de aplicativo e amanhã você passa para pegar o seu carro. Vamos. Beba comigo nos próximos vinte minutos que restam. — Foi isso que pensei que aconteceria.
— Você está certa. O que de mal pode acontecer, certo? — Dylan bebeu o drink de um gole só.
— Se eu fosse você, não diria isso. Todas às vezes que falei, terminei em problemas. — Além do fato de todas às vezes foram envolvendo ele.
Começamos a beber, perdi totalmente a noção da hora. Era muito mais fácil de conversar com Dylan do que imaginei. Enquanto riamos e nos divertimos falando sobre Martin. De uma forma estranha, aquele garoto me fascinava. De gole em gole o tempo se passou enquanto falávamos de um menino de oito anos.
Não sei em que momento eu saí do bar ou como vim parar aqui, mas quando abri os meus olhos, além de uma dor de cabeça terrível, eu estava em um lugar totalmente desconhecido por mim.
— O que diabos aconteceu agora? — Me perguntei olhando ao redor, era um quarto grande e elegante, mas não havia ninguém por perto ou na cama (ainda bem) além de mim. Olhei para o relógio que havia no criado-mudo ao lado da cama, já eram 8h30, eu estava estupidamente atrasada para o trabalho.
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Atualizado até capítulo 98
Comments
Valéria
Até parece que os paparazis não viram eles dois aí aí, problema em cima de problema
2025-01-07
0
Simone Rodrigues
eita lasqueira tava com o chefe
2024-12-30
1
karvalho Heloiza😍
hummm tá muito interessante
2024-12-29
0