— Claro. — Dylan concordou antes de olhar para mim — Vamos?
Tinha uma leve sensação que não deveria fazer aquilo, mas quando Martin me olhou sorrindo, me senti desarmada completamente. É só um almoço, né? O que poderia acontecer?
Logo no estacionamento me surpreendi com o carro de Dylan. Não fazia sentido. Será que ele era um ator que eu não conhecia? Para ser sincera, não costumava acompanhar páginas de fofocas ou assistir novelas. Isso explicaria porque não se preocupou em levar a criança para seu trabalho.
— Amanda, vem atrás comigo? — Martin pediu segurando a minha mão. Parecia até o Gato de Bota de Shrek. Com os olhos enormes e brilhosos na minha direção. Deve ser difícil negar algo para essa criança.
Antes que eu pudesse perguntar ao Dylan se havia algum problema em aceitar a sugestão da criança, ele já havia entrado no carro silenciosamente. Sem muita opção, apenas sorri e entrei no banco de trás do carro junto com o garoto. Fui todo o caminho em silêncio, apenas ouvindo Martin falar sobre o seu restaurante favorito. Eu estava definitivamente fascinada por ele. Como se cada palavra dita por ele fosse um tesouro.
— Chegamos! — O garoto gritou colocando as duas mãozinhas na janela. — Eu estou tão feliz hoje.
Sabe, naquele momento, fiquei me perguntando se um restaurante poderia trazer tanta felicidade assim. Crianças devem pensar diferente. São mais simples e menos egoístas do que nos adultos.
— Mão! — Dylan disse ao ver o filho descendo do carro, Martin segurou na mesma hora não do seu pai. Não parecia um garoto que se perderia ou fugiria da namorada do pai. O que será que realmente aconteceu?
— Mão! — Martin falou ao notar que eu estava próxima, segurando a minha mão, me surpreendeu. Olhei preocupada para Dylan, quem visse de longe pensaria que somos uma família.
— Está tudo bem. Fazia tempo que eu não o via sorrir tanto. Mal consigo ouvir a voz dele. Martin costuma ser muito tímido e reservado. Na maior parte das vezes sequer quer sair do seu quarto ou passear. — Dylan tinha um olhar caloroso para o filho, mas não importa quanto pensasse sobre isso, Martin parecia super sociável e sem dificuldade nenhuma de interação. Será que ele tinha algum problema com o seu pai? Ou seria com a namorada? Bem, melhor eu não pensar muito nisso, não é da minha conta. Melhor não me meter nos assuntos dos outros. Algo é certo, o pai ama seu filho.
Fiquei calada apenas observando. Era melhor. Sentamos em uma mesa reservada, bastante distante de todos. Haviam alguns segurança que impediam a passagem dos outros até onde estávamos. Dylan me deu o cardápio, pediu que eu escolhesse algo. Não fazia ideia de nada que tinha ali. Isso era italiano? De qualquer forma, apenas pedi o mesmo que o deles dois.
— Você vai comer dessa vez, né? Sabe que precisa comer. Está adoecendo cada vez com mais facilidade. Depois fica chorando porque não pode sair da cama. — Dylan alertou ao filho.
— Eu vou comer. Hoje estou feliz. Vou comer todinho. — Martin disse animado.
— E, porque tanta felicidade? — Dylan questionou o filho.
— Amanda! Eu gosto muito dela. Estava triste porque não iria mais encontrar com ela mais uma vez. Ontem a noite quando estava dormindo vi uma estrela cadente e pedi para encontrar com Amanda novamente. — Ouvir Martin falando isso, apertou o meu coração, senti as lágrimas se formando nos meus olhos.
— Pelo que vejo, não é apenas você que gosto desse encontro. — Dylan me olhou com um sorriso deslumbrante. Tive que ficar repetindo mentalmente que ele tinha namorada e eu não podia desejar o amiguinho do próximo, lá desejando. — Se você realmente comer todo, talvez possamos almoçar outras vezes juntos.
— Sério? Então irei até repetir! — O garoto parecia determinado. Eu só sorri e evitei olhar para Dylan.
Logo a comida chegou, um garçom trouxe a comida e duas taças de vinho. Começamos a comer. Naquela mesa, a única pessoa que falava era Martin, tanto eu como Dylan pareciamos deslumbrados com o garoto. Tudo que dizia parecia tão fascinante.
— Ops — Ouvi antes de sentir algo gelado escorrendo sobre mim. Só pelo cheiro tinha absoluta certeza que se tratava de vinho. Maldito dia que decidi trabalhar de branco. Será que branco me dá azar?
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Atualizado até capítulo 98
Comments
karvalho Heloiza😍
hummm tá interessante
2024-12-29
0
Neuza Japoneuza
a namorada tá envenenando o Martim..e Amanda vai descobrir
2024-11-17
0
Maria Izabel
Parabéns Autora história maravilhosa ♥️ amando ler 👏👏👏👏
2024-11-11
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