— Você não sabe? Ele só vai aparecer de tarde. Não sei o que aconteceu, mas ele viajou com Samira no final de semana. Avisou que chegaria apenas para o turno da tarde. — Uma das mulheres que fofocavam quando entrei falou me olhando. — Parece que eles até mesmo se casaram em Las Vegas. O que você acha, Amanda?
— Espera, você e Gabriel não eram namorados? Pensei ter recebido um convite para festa de noivado de vocês dois no final de semana. — Cintia perguntou surpresa com a informação.
— Sim, éramos. Aparentemente, havia um lobo em pele de cordeiro que caminhava ao meu lado, mas deve ser aquela velha oração: " Livrai-me de todo mal, amém. — Respondi sem sequer olhar para elas. Não vou mentir que doeu saber. Como não doeria?
— Ah! Entendo. Então acredito que Amanda não precisa achar nada. Estarei ansiosa para os próximos capítulos, já dizia a minha mãe: "De onde uma mulher sai chorando, nenhuma permanecerá sorrindo". — Cintia disse arrumando suas coisas.
— Parece até que você está amaldiçoando Samira. — A mulher parecia chocada com o que Cíntia havia dito. Se eu não me engano, ela é bastante amiga de Samira. Deve saber de tudo que está acontecendo.
— Como poderia? É apenas a lei da vida. Você colhe tudo aquilo que planta. — Cintia respondeu escrevendo algo em um papel.
— Nisso eu concordo, quem manda trabalhar de prostituta e vendeu o seu filho. — A mulher disse. O meu corpo se moveu sozinho em direção dela. A minha mão foi direto no seu rosto. — O que você pensa que está fazendo, sua vadia?
— Você deveria ter cuidado com as suas palavras, há uma criança no lugar. Tenha um pouco de decência. E eu espero que você possa provar o que está dizendo, porque eu não deixarei barato. Espere notícias do meu advogado. — Falei me levantando da cadeira, tinha que tomar um ar. Não precisava nem olhar para ela para saber como estava reagindo. Tinha certeza que estava trocando mensagens com Samira — Vamos passear um pouco, Martin.
Quando estávamos saindo, Cintia passou por mim e me entregou um papel. Sorriu e partiu para sua externa apenas acenando para mim do corredor. Fiquei surpresa. Não éramos de conversar muito, mas ela era sempre bem receptiva. Abri o bilhete curiosa com seu conteúdo.
" Você está com cara de quem precisa beber até esquecer o seu nome. Que tal um Happy Hour depois do trabalho? "
Definitivamente, eu não era de beber. Ainda mais em plena segunda-feira. Não sei nem se existem bares abertos. De qualquer forma, talvez seja bom sair para relaxar. Passei o final de semana na cama chorando, beber não fará mal.
— Cintia, você tem namorado? Ou filho? — Martin me perguntou. O meu coração apertou. Será que ele tinha entendido o que aquela mulher disse? Não queria que ele pensasse mal de mim. Me ajoelhei de frente para ele para conversar.
— Porque pergunta isso? — Perguntei tentando entender o que o garoto estava pensando.
— Porque você é bonita e divertida. Deve ser uma boa mamãe e um namorado. — Martin respondeu, não pude deixar de rir.
— Não, eu não tenho namorado. Eu tinha, mas... não deu certo. E filho? Não... Eu não tenho. E não acredito que seria uma boa mãe. Talvez nunca nem seja mãe. — Não tinha como alguém que fez o que fez sem pensar duas vezes se tornasse uma boa mãe. Não gostava nem de pensar sobre isso.
Quando menos espero, aquele doce garoto me abraça forte, dando batidinhas de leve nas minhas costas. Olhei para confusa. Parecia até que ele estava me consolando?
— Não fica triste. Desculpa se eu falei algo que você não gostou, tá? — Martin disse me olhando. Ele era uma das crianças mais doce que já conheci mesmo. Antes que eu pudesse responder algo, o garoto correu em direção ao seu pai — Papai!
Dylan pegou o seu filho no braço, girando o garoto que gargalhava animado com a brincadeira do pai. Era até bonito ver aquela cena.
— Você não deu trabalho, né? — Dylan perguntou ao filho, que na mesma hora balançou a cabeça negando. — Senhorita Amanda, me desculpe pela demora. A reunião durou bem mais do que eu estava esperando. Gostaria que viesse almoçar com a gente, como forma de agradecimento.
— Eba! Vamos almoçar com Amanda! Papai, podemos ir para o meu restaurante favorito? — Martin gritou animado batendo palmas, enquanto estava no braço que caminhava em direção da porta.
— Claro. — Dylan concordou antes de olhar para mim — Vamos?
Tinha uma leve sensação que não deveria fazer aquilo, mas quando Martin me olhou sorrindo, me senti desarmada completamente. É só um almoço, né? O que poderia acontecer?
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Atualizado até capítulo 98
Comments
Zenith Afonso
Com certeza, Martin, é a criança que ela gerou .....
Por isso é essa " afinidade "....
2024-12-12
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Ivani Baldo
e la vou eu para mais uma aventura porque a ultima meu Deus que desastre de historia kkkkk vamos torcer para essa ser divina bjsss
2024-12-01
2
Lélia Braga
o pai tem que descobrir logo que foi a namorada que abandonou o menino
2025-01-18
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