Castiel e Selene caminhava em direção ao estábulo, os dois já com suas roupas de montaria e capas pretas.
– Vamos começar pela periferia, depois vamos comer alguma coisa em uma das lojinhas do ducado. - Ruivo caminhavs de mãos dadas com a esposa.
– Parece ótimo. Eu ainda não vi as cidades do ducado. Mas o que queria me mostrar era a periferia? - Caminhava ao lado dele apertando a mão masculina.
– Sim... Se eu soubesse que era sua primeira vez, teria dito para irmos de carruagem. - Olhou nos olhos dela parando. - Ainda dá tempo de voltarmos.
– Não, eu quero cavalgar, eu aprendi faz pouco tempo e gostaria de tentar. - Sorria, virou a cabeça, imediatamente viu Annabeth e Nathaniel passeando pelo jardim, os dois conversavam de forma amigável com belos sorrisos. - Olha só, nem precisamos fazer nada...
O príncipe virou olhando na direção e ergueu as sobrancelhas. - Olha só. Eu sabia que dariam um bom casal só precisavam se conhecer. De qualquer forma já devem até saber que são noivos.
– Acho que ainda não sabem... Devemos contar? - Olhou nos olhos dele.
– Se não sabem, vamos esperar então para contar. - Sorriu, apoiando a mão no topo da cabeça dela. - Vem, vamos ir logo, antes que comece o entardecer.
– Sim... - Ela deu uma última olhada para o casal e sorriu. Correndo em direção ao marido.
(。・//ε//・。)
– Então você vai voltar? - Nathaniel perguntava para ela erguendo as sobrancelhas.
– Sim, não posso continuar fugindo deste casamento. No pior dos casos eu renego meu título e vou viver como uma plebéia. - Segurava o vestido caminhando tranquilamente com ele.
– Isso sem dúvidas é melhor que viver com um homem terrível que te machuca. Acho que eu quero renunciar meu título também... Talvez eu devesse fazer como você, me casar e descobrir como são as coisas, depois tomar a decisão. - Suspirou com os braços para trás.
– O príncipe herdeiro parece feliz, por que você não tenta também? Se case e depois descubra. No pior dos casos podemos fugir juntos e vivermos em uma vilinha afastada no meio do nada como plebeus. - Sorriu, abraçando um dos braços dele.
– Vamos pular e ir logo para essa parte. Eu sou ótimo caçando, não sei se já te disse. - O loiro sorriu olhando nos imensos olhos verdes.
– Vamos sair para caçar... - O soltou e começou a andar na frente dele de costas.
– Gosto da ideia. Mas estou curioso por saber qual seu título. - Olhava nos olhos dela sorrindo.
– Não posso dizer... Eu fugi, se te contar pode ser uma desonra para minha família. - Sorriu puxando o braço dele. - Vamos caçar, te enviarei um convite para meu casamento.
– Vou ficar muito infeliz de o receber. Preferiria ser o noivo ao seu lado. - Sorriu, segurando a mão dela.
– Você não vai me convencer a fugir com você agindo dessa forma. - Riu caminhando com ele.
– Que pena, eu adoraria. - O loiro riu.
(◍•ᴗ•◍)✧*。
Selene e Castiel cavalgavam pela periferia da cidade.
A visão era digna de um filme de terror, pessoas extremamente magras pedindo por esmola, com roupas feitas de sacos de palha onde as batatas eram carregadas. Algumas pessoas já mortas jogadas pelos cantos, mães desnutridas com os bebês desnutridos no canto abraçados. As ruas lamacentas, que cheiravam a fezes e urina.
A princesa puxou a gola da roupa para fugir do cheiro.
O príncipe parou o cavalo suspirando. Diante dele estava uma imensa casa suja e mofada.
– O que estamos fazendo? - Olhou para ele curiosa.
– Esse prédio... Era o congresso. - Apontou.
– O quê? - Ergueu as sobrancelhas perplexa ao ver o estado do prédio. - COMO?
– Essa era a capital antes da guerra. - Suspirou e desceu do cavalo. - É uma longa história. Por onde devo começar...
– Antes de tudo... O que houve? Isso não é o seu trabalho? NÃO É VOCÊ QUEM DEVERIA CUIDAR DO POVO? - Dizia extremamente irritada.
– Você tem razão. Mas eu voltei da guerra só fazem 3 anos. Eu não consigo reparar tudo. A verba do ducado tem sido extremamente limitada, já que estamos pagando as dívidas de compra de armas e cavalos para guerra. Você ganhou muitos presentes não foi? Foram todos do tesouro do ducado, tirando os vestido nada foi comprado com riqueza, já que estamos vivendo um momento horrível. - Chutou uma pedra. - O povo tem fome, povo com fome não consegue trabalhar na minas, ou seja não temos riquezas. A população masculina do ducado está limitada, já que muitos homens morreram na guerra... Por isso preciso do seu apoio. Você é inteligente demais, pode me ajudar a resolver tudo isso. O governo atual causa desgosto, meu pai o rei é um homem vazio e ridículo, não sabe governar. Isso é a pior parte da cidade. Eu quis trazer você aqui para que visse com seus próprios olhos. Precisamos do apoio da população, os nobres sabem sobre tudo isso e não ajudam com absolutamente nada. - Socou uma das paredes com força. - Se eu não estivesse na guerra... Eu teria lidado muito melhor com tudo isso. Por isso... Por isso que planejo dar um golpe de estado.
Selene ergueu as sobrancelhas perplexa. - Espera... Você vai herdar o trono em breve. Não é necessário um golpe.
– Sim, é necessário. O povo precisa do golpe para mudar a visão de todos pela monarquia. Eu tenho me encontrado com filósofos, sociólogos, cientistas e mulheres estudiosas... Todos concordam que eu só vou conseguir algum poder se derrubar o rei, será a demonstração clara de minha insatisfação com seu governo. Se eu pegar o trono, eu posso realocar as verbas, contratar mercenários e trabalhadores para reerguer o continente todo, dar trabalho. Avançar... Foi uma guerra inútil, toda verba está sendo dada para outra nação aliada se proteger na guerra. - Gesticulava explicando.
– Eu soube... Depois do oceano a nação dos cristãos estão recebendo muita ajuda do ocidente. - Suspirava o olhando. - Eu entendo seu descontentamento, mas eu quero entender melhor onde quer chegar, esse plano não é tão simples. Você não pode simplesmente dar um golpe de estado e esperar que todos te aceitem... Os nobres vão ficar descontentes.
– Por isso preciso parecer um tirano sanguenolento. - Gesticulava. - Eu não posso deixar transparecer que sou esse idiota de coração mole.
– Eu entendo... Vamos conversar sobre isso. Agora que sei dos problemas com tamanha sinceridade, quero que me mostre tudo e vamos dar um jeito de melhorar essa situação. Tem muitos homens nas terras dos meus pais que estão sem empregos, vamos trazer eles para cá, contratar alguns médicos e... Cuida da gente dessa parte da cidade. Eu pensei em algo. Vamos conversar no caminho. - Olhou com ternura para ele. - Suba no cavalo, vamos para a parte principal da cidade.
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Atualizado até capítulo 122
Comments
Morenah bandida
Triste essah situação
2024-03-19
4
Margarete Dutra
😞😞😞
2024-03-07
0
New Biana
Que triste!
2024-03-01
0