Capítulo 18

Todos estavam tomando seu café da manhã, menos Castiel. Um silêncio extremamente constrangedor preenchia a sala de jantar.

– Acho que todos nós devemos nos conhecer melhor. Por que não nos unimos para o chá da tarde? Vamos ignorar títulos e status, vamos só tomar chá e falar sobre banalidades, o que acham? Nenhum de vocês é do ocidente, nem eu, mas sou do norte. Posso dividir uma visão que aposto que nunca imaginaram já que as fronteiras do norte eram fechadas antes do meu casamento. - Selene forçava um sorriso delicado. - O que acham?

– Oh! Morro de curiosidade sobre como é o norte. Dizem que é um paraíso branco. - Annabeth dizia empolgada.

– Eu também tenho curiosidade sobre o norte. Em troca, posso dividir como é o noroeste, é um lugar bem quente. - Nathaniel olhou para as duas sorrindo.

– Eu não tenho interesse. - Ambre se levantou. - Me retiro. - Segurou os vestidos agora cor de rosa e saiu o segurando.

– Você é do noroeste? Como são as pessoas de lá? - A loira perguntou para o único homem ali presente.

– Oh... É um povo complicado, são meio frios, pelo calor ser grande, eles acabam evitando contato físico. - Dizia levando a xícara até os lábios. - Mas são muito dedicados e esforçados.

– Noroeste parece um lugar organizado e repleto de pessoas cheia de ânimo. - A de cabelos platinados ria ao dizer, tentando amenizar a fala do outro.

– Não estou surpresa. - Suspirou desanimada.

O príncipe olhou para ela sem entender.

Um silêncio imediatamente se instaurou outra vez.

– Faraize... Onde está o príncipe herdeiro? - Selene dizia apoiando a ponta dos dedos no tórax.

– No campo de treinamento. - Se inclinou.

– Ele tomou café da manhã? - Olhava para o mordomo.

– Não senhora. - Balançou a cabeça de forma negativa.

– Então irei levar algo para que ele possar comer, só se exercitar não traz nenhum benefício. - Se levantou, sorrindo. - Me retiro.

Seguiu até a cozinha. - Olá!

Todos os servos imediatamente se inclinaram de forma respeitosa.

– Perdoem minha intromissão. Eu só quero montar uma pequena cesta para levar ao campo de treinamento. Poderiam me ajudar? - Usava um lindo vestido verde água, com mangas abertas que no pulso voltavam a se fechar, quando ela andava pareciam asas de borboleta.

– Claro vossa alteza. - O cozinheiro sorriu animado.

– O que me recomenda para um homem que não tomou café da manhã? - Apoiava a mão na bochecha.

– Senhora se quiser posso montar a cesta para você. - Uma das damas disse apressada.

– Não é necessário. Quero fazer com minhas próprias mãos. - Sorriu com gentileza e voltou a olhar para o cozinheiro.

– Maçãs são ótimas, além de fortes, tem bastante água e vitaminas. - Disse pensativo.

– Oh! Verdade. Vou colocar algumas maçãs. - Pegou as três maçãs na despensa e colocou elas dentro da cesta de forma bem organizada.

– Água seria bom. Também algumas uvas... - Outra dama deu palpite.

– Sim, você tem toda razão. - Colocou uma garrafa com água e dois cachos de uva.

– Eu fiz alguns sanduíches que não foram para a mesa já que o príncipe não estava. - Cozinheiro chefe trouxe em um prato os 3 sanduíches.

– Perfeito! Só faltou um docinho. - Uniu as mãos olhando para os servos da cozinha.

– Bombons. - Uma das damas disse animada.

– Sim! Me dê muitos, esses vou dividir com ele. - Sorriu animada.

Com os bombons a cesta estava pronta. Ela mesma pegou nos braços, mas as damas se desesperaram e pediram pela cesta. Selene simplesmente deixou que levassem.

Caminhava até o campo de treinamento, com um gentil e imenso sorriso.

Os cavaleiros treinavam, muitos deles sem a camisa, balançavam as espadas completamente suados e cansados.

– V-vossa alteza não acho que seja um lugar adequado para nós. - A dama dizia com as bochechas vermelhas.

– Agora entendo por que preciso treinar esgrima pela manhã quase antes do sol nascer. - Apoiou a mão na bochecha. - Bom de qualquer forma você pode ir, eu continuo sozinha se está desconfortável.

– Eu acompanho a senhora. - Seguia tentando não olhar para os cavaleiros.

– Ei! RAPAZES! - A princesa abanava a mão para eles.

Todos os cavaleiros ali olhavam perplexos em direção a ela. Uma mulher belíssima, de fios quase brancos, olhos azuis delicados e um corpo monumental realçado naquele vestido verde água.

Castiel saiu do meio dos cavaleiros. Ele era um dos únicos vestidos ali, mesmo que a camisa estivesse aberta, só presa pela parte que estava dentro da calça dele. Estava com um longo rabo de cavalo vermelho vindo na direção dela. - Vocês não respeitam a dona desse castelo mais?

Imediatamente os cavaleiros se inclinaram de forma extremamente respeitosa. - Bem vinda o pequeno sol do império.

– Agradeço. - Apoiava a mão na bochecha. - Soube que não comeu, então eu trouxe uma cesta para que possa comer, enquanto conversamos um pouco. Tudo bem?

– Na verdade, eu treino melhor de barriga vazia. - Disse na lata.

– Não me lembro de dizer que você voltaria a treinar. Você vai comer e nós dois entraremos para o castelo. - Cruzou os braços erguendo as coisas. - Você quer que eu faça você passar mais vergonha na frente de seus cavaleiros ou virá comigo?

– Trazer comida para o marido não deveria ser um ato fofo? - Ergueu uma das sobrancelhas, com sorriso maldoso.

– Não é fofo o ato de o manter vivo. Sou jovem demais para ser viúva. - Se aproximou dele, fechando botão por botão da camisa dele, enquanto mordia o lábio inferior, olhando o abdômen masculino e o peito.

– Tudo bem... Me desculpe se soou rude. - Sorriu segurando as mãos dela. - Estou sujo, melhor não tocar.

– Estou acostumada, você é gentil. Seu problema é escolher as palavras para dizer. - Sorriu, o olhando nos olhos. - Para sua sorte eu sei ser muito pior. Você prometeu me levar para passear a cavalo, espero que possa cumprir hoje. Por isso espero que você vá comer e tomar um banho para me levar.

– Tudo bem, tudo bem... - Ergueu as mãos e saiu caminhando com ela.

– Você sabe o que aconteceu aqui? - Um dos cavaleiros ergueu as sobrancelhas olhando para o outro.

– Acho que o mestre tomou um bronca, sorriu e obedeceu a princesa... - O outro apoiou a mão no queixo. - Só tem uma resposta para isso, o fim do mundo. O apocalipse deve estar por vir.

– Não sejam idiotas. Ele simplesmente está apaixonado. Óbvio que ele se apaixonasse seria por uma mulher durona. - A Leo passou os braços pelos pescoço deles por trás.

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