Os dois estavam na sala de recepção, bebendo chá, enquanto esperavam a carruagem do príncipe e da princesa do noroeste.
– Eu achava que como somos herdeiros também, que não precisaríamos nos prestar a esperar, ou até aguardar qualquer pessoa. - Selene cruzava as pernas olhando para o marido.
– Normalmente não acontece. Mas o noroeste é o lugar onde estão começando a fabricar espadas e armaduras muito mais resistentes que o normal. Precisamos manter um acordo extremamente amigável para poder comprar com bom preço. Por ser um país pequeno que fica na nossa fronteira, eles tendem a pedir nossa proteção. Então é um acordo extremamente amigável por essa razão. Tirando o sul e a comitiva do norte, nada será tão importante. - Apoiou os braços no sofá adornado em ouro.
– Entendo. Por que não casaram a princesa deles com você? - Olhou curiosa. - Olhando pelo sentido político você poderia até agregar o noroeste ao território se você se tornasse rei de ambos.
– Tentaram, mas eu não quis. - Bocejou deitando a cabeça para o lado. - Quando conhecer a princesa vai entender a razão.
– Por qual razão também o príncipe é quem vai sair para se casar? Normalmente não é a filha mulher que sai para se casar? - Colocou a xícara na mesa de centro.
– Eu não tenho 100% de certeza. Mas pelo que sei, parece que o rei do noroeste inveja o filho dele de várias formas diferentes e teme o poder e simpatia dele, por isso colocou a princesa como herdeira do trono, mesmo contra a expectativa de todos. Vamos dizer que esse casamento é um exílio. O rei prefere a queda do país do que dar para o filho. Noroeste poderia estar bem se a princesa fosse como você. Mas não é. Ela é particularmente... Mimada. - Suspirou.
– Vossas altezas, a comitiva do noroeste adentrou pelo portão. - Mordomo se inclinou.
Os dois imediatamente se levantaram. - São de Carello não é? - Selene abraçou o braço do marido.
– Sim. - Assentiu. - Será uma longa semana com esses dois.
Os dois desceram as escadas parando diante da entrada, a carruagem apontava seguida de mais duas, a do meio branca em adornos dourados. A primeira carruagem passou e a segunda parou.
Os cavaleiros desceram e abriram a porta da carruagem.
O príncipe foi o primeiro a descer. Curtos fios loiros, olhos cor de âmbar, ombros largos e expressão de simpatia. Usava vestes azuis claras com branco e dourado. Ergueu uma das mãos para dentro da carruagem e uma mulher jovem segurou sua mão descendo com um imenso sorriso. Loira de cabelos ondulados e extremamente longos, olhos verdes, cintura fina e usava um vestido amarelo tão vivo que dói olhar para ela.
– Cassy! - Imediatamente soltou a mão do irmão e correu até o príncipe herdeiro ignorando completamente Selene. Se atirou com tudo nos braços dele.
– Ambre... Olá. - Segurava a princesa na cintura apoiando os pés dela no chão.
– Você perdeu peso? - Apoiou as mãos nas bochechas dele.
– Estou o mesmo de sempre. - Suspirava desanimado.
O príncipe se aproximou e apoiou a mão no peito se inclinando.
– Cumprimento os sóis do império ocidental. - Olhou com ternura para a de cabelos prateados.
Selene estendeu a mão com um sorriso gentil. - Cumprimento a pequena lua do império noroeste, príncipe Nathaniel Carello.
– Princesa herdeira de Veilmont. - Beijou a mão dela com delicadeza se abaixando.
Castiel ergueu uma das sobrancelhas, inexplicavelmente se sentiu incomodado com a situação.
– Vamos todos entrar. Preparei todas as acomodações para que a passagem de vocês por aqui seja extremamente agradável. - A princesa herdeira sorriu e entrou pela porta seguida do marido, que estava com Ambre agarrada ao seu braço, olhava para ele extremamente apaixonada. Nathaniel atrás de ambos.
Ambos seguiram até uma sala para tomar um chá e conversar um pouco antes do jantar.
– A viagem deve ter sido cansativa. - Selene apontou para os sofás adornados em ouro.
– Sim, agradecemos. - O príncipe do noroeste se sentou. Uma das damas imediatamente foi servir.
Castiel se sentou do outro lado e Ambre imediatamente sentou do seu lado, fazendo com que a de cabelos platinados tivesse que se sentar em uma das poltronas separadas sozinha.
– A viagem foi agradável? - A princesa dizia, sentando na mais perfeita etiqueta.
– Receio que sim, as estradas entre nossas nações são muito bem construídas. - O loiro sorriu de forma gentil.
– Por qual razão a princesa do noroeste está seguindo com você nessa viagem? - Selene sorria gentilmente também.
– Receio que o único desejo dessa seja vir até aqui vir o futuro rei. - Deu um sorriso sem graça.
– Não é verdade! - Ambre ergueu o indicador. - Estou indo verificar como vão tratar meu irmãozinho no sul. Reino grande, princesa de uma nação forte, pode ser que subestimem ele. Se isso acontecer, imediatamente trarei ele comigo.
– Não acho que você realmente se importe com a minha situação. - Nathaniel suspirou.
– Claro que me importo! Você sabe que eu nem quero o trono. Não me importo com isso. - Abanou a mão, deitando a bochecha contra o ombro do ruivo.
– Acho que esse assunto é particular para vocês. Além do mais, Ambre me solta. Eu já estou de saco cheio. - Se levantou. - Espero que tenham uma estadia confortável, em breve vamos ter um banquete, espero que se divirtam. - Abanou a mão por cima do ombro, enquanto saía da sala.
– Cassy! - A loira se levantava segurando o vestido. - Querido me espere.
– Me desculpe por ela. Durante anos ela jurava que seria quem se casaria com ele. Infelizmente ela está nessa fase de negação. Não fique chateada, logo ela se acostuma. - Olhou com tristeza para a princesa. - Vossa alteza está gostando do ocidente?
– Oh sim! O norte é muito frio e sempre a mesma paisagem branca... É lindo, mas o ocidente tem sol, flores por todos os lados, as árvores daqui dão frutos. É tudo tão incrível. - Apoiou a mão na boca. - Perdão, me empolguei.
O loiro riu. - Pode falar mais, é divertido te ouvir, eu estava achando que vossa alteza era de porcelana, já que parecia tão perfeita.
– Como futura rainha, preciso dar o exemplo. - Sorria alegre.
– Gostaria que minha irmã pensasse como vossa alteza. Viu os modos dela? - Suspirou desanimado. - Que tipo de rainha teremos no noroeste é um mistério.
– Deve ser difícil para você. Como está se sentindo sobre essa casamento... Me desculpe, não precisa falar se não quiser. - Olhava para ele com tristeza.
– Você passou por isso... Acho que irá me entender. - Apoiou os cotovelos nos joelhos. - Como é isso? Mudar de continente, para um novo lugar, como novas pessoas que você não conhece.
– Na verdade é assustador. Eu quis chorar quando cheguei, não havia ninguém para confiar. Mas com o passar dos dias fui vendo que as pessoas podem ser legais, contanto que saiba impor sua dominância, se for gentil demais, se parecer assustado demais vão devorar você. - Dizia com calma.
– CASTIEL! CASTIEL! - Um grito estridente soava.
– Sua irmã? - Selene perguntou curiosa.
– Não, essa não é a voz dela. - Nathaniel se levantou.
Os dois saíram para o hall de entrada, onde estava uma mulher belíssima, de pele negra, fios de cabelo dourados e ondulados que iam até as coxas e imensos olhos verdes. Ela estava em um vestido dourado justo com as curvas femininas.
O loiro ergueu as sobrancelhas perplexo. - Quem é ela?
– Eu quem deveria estar perguntando quem são vocês! - Disse olhando para os dois.
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Atualizado até capítulo 122
Comments
Morenah bandida
Selene vc deveria ter tirado essah cobra folgada e ter sentado ao lado do seu homem
2024-03-19
3
Margarete Dutra
Mais uma 😀
2024-03-06
0
New Biana
Tantas mulheres querendo ele de porra é essa
2024-03-01
0