Capítulo 15

Os dois ficaram se encarando por uns bons segundos, debaixo de uma árvore, com olhares carinhosos um para o outro, a brisa voando por ambos e atrapalhando os cabelos dos dois.

Castiel sutilmente retirou os fios prateados do rosto feminino, deslizando o polegar pela bochecha dela.

– Eu não te agradeci por me resgatar e nem por me ajudar quando meu corpo estava submerso naquela droga. - Aproximou o rosto do dela. - Obrigado minha rainha.

– Eu só fiz o certo. - Apoiou a mão sobre a dele, deitando a bochecha contra a mão masculina.

– Mesmo assim, obrigado. - Beijou o rosto dela com carinho, ainda deixando o rosto bem perto.

– Como agradecimento, por que não repensar a questão do julgamento público? - Olhava nos olhos dele, sussurrando contra os lábios masculinos.

O ruivo sorriu, mordeu o lábio inferior a olhando. - Acho que você tem um ponto de vista interessante, mas não sei se concordo com ele... Entendo que você não veja meu ponto como válido por medo do norte. Vamos sair para cavalgar em breve e te darei bons motivos pelo qual quero o apoio dos comuns, pode ser? - Deslizou o polegar pelo lábio inferior dela.

– Vou esperar então pacientemente para que se justifique muito bem. Até lá... - Ficou na ponta dos pés e passou os braços pelo pescoço dele. - Pode me agradecer assim. - O beijou de forma intensa, imediatamente foi retribuida.

O príncipe herdeiro agarrou a cintura feminina a abraçando, enquanto encostava as costas dela contra a árvore. Afundava um beijo quente e extremamente intenso, ambos moviam suas cabeças como se ansiassem devorar um ao outro. O beijo se afundou ainda mais, os dois estavam completamente inebriados com aquilo.

Selene passou uma das pernas pelo quadril do marido, que imediatamente a agarrou, subindo os dedos para dentro do vestido, agarrando a coxa feminina por dentro do tecido, enquanto apoiava a outra mão na árvore.

A de cabelos prateados se desvencilhou do beijo em busca de ar, enquanto o homem desceu trilhando os beijos pelo pescoço feminino e a mão para dentro das vestes íntimas por debaixo do vestido. Agarrava o traseiro da esposa o acertando uma palmada, que a arrancou um gemido.

Estavam em algum canto do jardim com aquela caminhada toda, em plena luz do entardecer, fazendo atos tão libidinosos.

– Eu vou enlouquecer assim. - Erguia o quadril o pressionando contra o dele. Passava os braços pelo pescoço dele outra vez, voltando a beijar desesperadamente.

A mão masculina perigosamente se aproximava de entre as pernas femininas, quando uma voz chamou ambos para a realidade.

Uma tosse forçada, fez com que os dois imediatamente olhassem na direção, Castiel imediatamente retirou a mão de dentro do vestido dela, o puxando para tampar as pernas femininas.

– Príncipe e princesa herdeiros... Trago uma carta com selo real do noroeste. - Se inclinou com a bandeja de prata. - O servo que a entregou disse ser urgente.

O arquiduque suspirou, pegando o envelope, quebrou o selo e pegou a carta a lendo. Selene se aproximou olhando para a carta, ele se inclinou para que ela pudesse ler.

– Parece que o príncipe do noroeste e sua irmã ficaram alguns dia conosco. Para estreitar laços entre as nações e para descanso antes da viagem ao sul para ele se casar com a princesa herdeira do sul. - Castiel suspirou dobrando a carta. - Que merda.

– Pelo jeito não poderemos nos encontrar hoje a noite... Teremos muito trabalho para preparar uma recepção para eles. - Selene apoiou a mão na testa desanimada.

– Me desculpe querida, não imaginei que fossem chegar pessoas tão agora. - Puxou ela para perto, beijando a cabeça dela. - Vai ser uma correria, me perdoe.

– Não é sua culpa. - Beijou o rosto dele. - Vamos voltar logo. Adie pelo menos o julgamento da sua amante para depois que todos forem embora.

– Sim, você tem razão. - Suspirou frustrado e saiu caminhando. - Não tenho um dia de paz!

A de cabelos platinados, apoiava a mão na boca contendo o riso.

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Já passava da meia noite e os dois ainda estavam no escritório, preparando os papéis e contabilidade para fazer um orçamento para os visitantes.

A princesa erguia os braços, bocejando.

– Vai dormir, eu cuido do resto. Os quartos para eles ficarem, o cardápio, os orçamentos e um pouco de entretenimento você já fez. Não precisa se preocupar com mais nada, eu faço o resto. - Olhou com ternura para ela.

– Obrigada. - Se levantou e caminhou até o marido, beijando o rosto dele com carinho. - Nos vemos amanhã.

– Até amanhã. - Beijou a mão dela.

A princesa passou a mão pelas costas dele e caminhou sonolenta para fora do escritório de ambos.

Castiel voltou a olhar uns papéis, até que desistisse. Deitou a cabeça para trás olhando para o teto do escritório.

– O que eu estou fazendo? Aceitando ter um filho, coisa que mais repudiava na vida, só para me deitar com ela. - Apoiou as mãos no rosto. - Traindo meus ideais, ainda por cima condenando uma criança a sofrer um treinamento exaustivo para herdar o trono.

O príncipe ergueu sua cadeira olhando para a porta. - Faraize está ai?

– Sim, senhor. Não me recolho, enquanto o senhor não se recolher. - Disse do outro lado da porta.

– Eu já acabei. Entre aqui um minuto antes de ir para seus aposentos. - Olhava em direção a porta que imediatamente foi aberta.

– A suas ordens. - Olhou para o amigo.

– Chame um médico assim que amanhecer, eu preciso cuidar de algumas questões. - Olhou para o mordomo.

– Senhor... Isso não é uma coisa correta a se fazer. Já sei que você pretende comprar aquelas pílulas que usava com suas amantes. Não parece correto com a princesa. - Suspirou a olhando para o mestre.

– Como sabe que eu ia fazer isso? - Franziu o cenho.

– Vossa alteza estava aos beijos com a princesa herdeira no jardim, logo em seguida pede um médico sempre que não tem nada com a saúde de ninguém no ducado. Deduzi que seria com certeza para pílulas. - Colocou os braços para trás.

– Tanto faz, eu contarei para ela. Não será escondido, ela só vai dormir comigo depois de saber. Satisfeito? - Olhou para o mordomo.

– Sim, parece mais correto. - Assentiu.

– Outra coisa, não quero que fale onde estou para a princesa do noroeste. - Apoiou as mãos na testa. - Espero que ela tenha amadurecido e sua queda por mim tenha passado, mas por via das dúvidas, vou evitar ela o máximo possível.

– Sim, senhor. - Assentiu.

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