Capítulo 11

Castiel batia na porta. - Está pronta, vamos nos atrasar para o baile que você mesma organizou.

As portas duplas foram abertas pelas damas, dando espaço para a visão dele de uma mulher incrivelmente linda, em um vestido longo de calda branco e dourado. Uma coroa dourada e pequenas estrelinhas pelos fios de cabelo platinados. Uma maquiagem delicada e angelical, os bordados do vestiram eram feitos de ouro.

– Parece uma santa. - O ruivo sorriu, a olhando nos olhos.

– Normalmente se diz: "Como você está bonita!" - Cruzou os braços, olhando nos olhos cinzentos.

– Você está linda. - Sorriu, estendendo uma das mãos na direção dela.

Selene imediatamente ficou vermelha e apoiou a mão na dele. - Muito obrigada.

Os dois saíram andando pelo corredor do castelo, o arquiduque podia ver a esposa tremendo de nervosismo.

– Nervosa? - Olhou para ela, enquanto Caminhavam.

– Sim... Se não gostarem da minha roupa, se não gostarem do meu jeito... Pior se me odiarem por ser do norte? - Apertava a mão no braço dele.

– Você é a arquiduquesa, acho que você não entende o tamanho do seu poder. Todas vão querer usar o que você usa, todas vão querer ser como você é. Vão invejar o norte. Você verá hoje. - Deu tapinhas de leve na mão dela.

– Espero que esteja certo e não esteja me enganando. - Apertou o casaco dele.

– Para te acalmar vou te dar informações importantes. Marquês de Roxen cospe enquanto fala, então mantenha-se a três passos de distância dele. - Sorria, caminhando. - A viscondessa de Greenleaf é arrogante e se sente vítima de todas as situações, se você concorda e apoiar os delírios dela terá uma apoiadora para a vida toda. Agora se quer poder e puxa-sacos, fique sempre perto do rei. - Parava diante das portas duplas.

A de cabelos platinados não se conteve e riu, apoiando a mão na boca. - Você é tão rude, espero que ninguém te escute.

A porta dupla foi aberta e os dois foram anunciados.

– Arquiduque e arquiduquesa de Veilmont, príncipe herdeiro e princesa herdeira do ocidente, pequenos sóis do país e do continente de coração puro e justo... - O servo anunciava.

– Não acaba nunca. - Castiel sussurrou para a esposa.

Selene inflava as bochechas, contendo o riso, apoiava a mão na boca tentando esconder a expressão. - Para.

Assim que o anúncio acabou os dois desceram as escadas até a junção do meio que dividia a escada em dois.

Imediatamente um servo levou as taças de champanhe para os dois. O casal as pegaram.

– Agradeço a todos pelas suas presenças na apresentação da arquiduquesa a mulher que roubou meu coração. A mais nobre e intensa Lady que já vi, desde nosso casamento ela tem sido minha força. Obrigada querida. - Sorriu erguendo a taça.

Ela sorriu vermelha e também ergueu a dela. Mesmo sabendo o discurso não conseguiu evitar fica alegre ao ouvir tais palavras vindo dele.

Os dois desceram e foram conversar com os convidados.

– Vossas altezas... - Um homem de cabelos grisalhos se aproximou junto de sua esposa, claramente uma mulher muito mais jovem que ele.

– Marquês de Roxen. - Castiel passou a mão pela cintura da esposa, puxando ela alguns passos para trás.

– Que honra ver que encontrou o amor, além de serem um belo casal. - Inevitavelmente o cuspe saia de sua boca, o casal estava fora de alcance graças ao arquiduque.

Mas Selene não conseguia se conter, apoiou a mão na boca deixando uma risada escapar ao ver o quanto o homem cuspia ao falar. Pela forma rude, imediatamente ela começou tossir para disfarçar.

– É um prazer conhecê-lo Marques de Roxen. Fico grata pela sua felicitação. - Apoiava a mão no braço do marido tentando ao máximo conter o riso.

– Veja se não é a viscondessa de Greenleaf, vamos falar com ela um minuto. - O ruivo guiou a esposa, a abraçou passando um braço pela cintura dela e o ombro pelos ombros, enquanto a abraçava por trás. - Viu?

A de cabelos platinados gargalhava, apoiando as mãos nos braços do marido. - Você é tão cruel. Ele parecia os respingos de uma cachoeira, como é possível?

O príncipe herdeiro ria, caminhando abraçado com ela. - Ainda se sente nervosa?

– Como eu poderia com você me contando essas coisas e fazendo essas palhaçadas. - Ria batendo de leve nos braços dele.

– Os dois são bem próximos, algo que nunca imaginei. - Uma das senhoras dizia.

– São um belo casal, já estava na hora. Mas que deselegante eles fazerem tanta demonstração física de carinho. - Outra abanava o leque.

– Senhoras, estamos falando demais para alguém que nem conhecemos. Venham vamos nos apresentar para ela. - Dizia a duquesa de Leighton.

– Me recuso. - Baronesa Charlotte de Millouyt.

– Eu vou com prazer. - Lady Iris disse animada.

– Eu também. - Lady Violet disse sem hesitar.

– Vocês são patéticas. Querem correr atrás do rabo de uma princesa herdeira que nem se manterá em seu título. - Baronesa Debrah, amante do arquiduque dizia balançando a taça de champanhe.

– Primeiramente acho que se esqueceu que o arquiduque te largou. Depois de tudo eu sou uma duquesa, me trate adequadamente, antes que eu me irrite com sua presença desleixada e a falta de seus modos. - Rosalya, duquesa de Leighton disse fechando seu leque. - Venham meninas, vamos dar as boas vindas a verdadeira rainha de nosso continente, que serviremos.

As outras assentiram e saíram em direção a arquiduquesa.

Debrah e Charlotte se entreolharam.

– Todas vão pagar. Quando eu estiver com o filho do arquiduque nos braços, aposto que me pegará como sua e rainha consorte e você verá, colocarei todas elas em seus devidos lugares. - Virou a taça de vinho e imediatamente pegou outra com o servo que passava. Imediatamente seus olhos foram em encontro com o príncipe herdeiro que havia momentaneamente se afastado de sua esposa para que ela conversasse com as outras lady's.

Tirou algo do decote e virou na taça. Balançou levemente a taça.

– Vai ser agora... - A de cabelos castanhos, olhos azuis e um vestido extremamente provocante se aproximou do homem.

Apertou os seios contra o braço dele sorrindo. - Parabéns pela consumação. Ela gritou de prazer como eu grito?

O ruivo ergueu uma das sobrancelhas olhando para ela. Os homens que estavam diantes dele, ergueram as sobrancelhas perplexos com o comentário.

– Se me derem licença. - Arquiduque acenou e agarrou ela pelo braço. - Que merda foi essa?

– Estava curiosa. Aquele rosto angelical... Deve ter sido uma bela visão ver ela tendo um orgasmo. - Olhava nos olhos cinzentos dele. - Dúvido que ela faça tão gostoso quanto eu.

– Não seja imatura. Se não te conhecesse, diria que está com ciúmes. Mas isso não importa, já que você nunca mais vai ser minha amante. Principalmente agora que quer de todas as formas me forçar a ter um filho com você. - Cruzava os braços com expressão ranzinza.

– E se isso tudo é só uma indireta para você entender que já estou grávida? - Ergueu a taça de vinho. - Por isso estou só segurando essa taça e não bebendo.

Era mentira, ela estava bebendo e não estava grávida, mas reparou que ele não havia olhado para ela hora nenhuma, dava para empurrar essa pequena mentira para algo maior.

– Não é divertido Debrah. - Franziu o cenho.

– Então me faça um único favor, beba esse vinho, assim vai parecer que fui eu quem bebi. Beba só metade que seja, por que se eu andar com uma taça meio bebida, saberão que não estou grávida... Por mais que eu esteja. - Apoiou a mão na bochecha. - Imagine se a amante do arquiduque estiver grávida que escândalo. Por isso quero esconder até seu divórcio.

– Nunca vai acontecer... Mas sei que vai ficar andando com a porcaria dessa taça só para espalhar boatos de que está grávida e prejudicar a arquiduquesa. - Pegou a taça da mão dela e virou na boca bebendo tudo de uma única vez. - Pronto. - Puxou um dos servos. - Não entreguem nenhuma taça nova para está mulher.

O servo assentiu e saiu apressado.

Castiel apoiou a mão na testa no mesmo momento.

– Bebeu muito rápido. Ainda misturou com champanhe. Me deixe te ajudar. - Debrah passou o braço masculino por seus ombros e saiu caminhando com ele.

Selene imediatamente ergueu as sobrancelhas ao ver o marido de forma preocupante caminhando com aquela mulher.

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