...Sophie Salles:...
"Você a vendeu ontem à noite, e durante a madrugada, um ladrão invadiu nossa casa e levou o seu dinheiro. Você correu atrás dele, e eu ajudei a mamãe, que tinha desmaiado. Depois, fui atrás de você e te vi na frente do carro. Não pensei duas vezes antes de te tirar de lá", disse Bianca.
Minhas pernas fraquejaram e senti um aperto no peito. As palavras de Bianca pareciam impossíveis de acreditar, mas a expressão dela deixava claro que não estava brincando.
"Eu paguei a cirurgia do vovô?", senti meus olhos se encherem de dor e tristeza.
Bianca apenas negou lentamente com a cabeça, e eu escorreguei com as costas na parede, apoiando minhas mãos no joelho e chorando feito um bebê.
Me senti esmagada pela pressão das circunstâncias.
"Não sei o que fazer. Eu quero salvar meu avô, mas sem o dinheiro da venda..."
"Nós não vamos desistir, Sophie. Vamos encontrar uma solução", se aproximou, tia Casilda também, colocando a mão no meu ombro.
"Estamos aqui por você, Sophie. Vamos encontrar uma maneira de ajudar o Fernando."
Funguei, tentando controlar o choro, e assenti com a cabeça. A presença delas foi reconfortante.
"Vamos para casa, Sophie", sugeriu tia Casilda, colocando a mão no meu ombro para me ajudar a levantar.
Eu concordei silenciosamente, deixando que elas me guiassem para fora do hospital. O trajeto pareceu nebuloso e automático, meus pensamentos estavam imersos na preocupação e no desejo de encontrar uma solução.
Quando chegamos à casa, me vi afundando no sofá, exausta mental e emocionalmente. Tomei um banho, mas mesmo a água não conseguiu afastar completamente o peso em meu coração.
Sentada na sala, com o olhar perdido, me permiti pensar sobre tudo o que havia acontecido. A venda da minha casa, o roubo desse dinheiro, a cirurgia urgente que meu avô precisa... era um fardo difícil de carregar.
Tia Casilda me trouxe uma xícara de chá quente, e eu agradeci com um sorriso fraco. O aroma reconfortante do chá se misturou com as minhas preocupações, criando uma atmosfera agridoce no ar.
"Eu sinto como se estivesse afundando", murmurei, olhando para a xícara em minhas mãos.
Bianca se sentou ao meu lado e segurou minha mão.
"Nós vamos encontrar uma maneira, Sophie".
"Sim, temos que pensar com calma e confiar em Deus. Há sempre uma saída, mesmo quando tudo parece impossível", disse tia Casilda. Assenti me esforçando para acreditar em suas palavras.
"Vocês têm razão. Preciso pensar em uma solução"
"Podemos considerar um empréstimo", sugeriu tia Casilda e Bianca assentiu.
"Vamos pesquisar todas as opções e ver qual delas se encaixa melhor na nossa situação. E não se esqueça que podemos procurar o Karl também. Ele pode ajudar de alguma forma, sei lá", disse.
"Vamos descansar por agora, amanhã podemos começar", disse tia Casilda.
Assenti, sentindo o cansaço tomar conta de mim.
Fui para o quarto de Bianca e me deitei na rede, tentando encontrar o sono. Tia Casilda insistiu para que eu dormisse na cama dela, mas não achei certo.
"Boa noite, Sophie", murmurou Bianca, enquanto tentava se cobrir com apenas uma mão, e a mãe a ajudava.
"Boa noite, meninas", respondi com um sorriso fraco.
"Durma bem, Sophie"
No dia seguinte, acordei com a luz do sol entrando pela janela. Fui ao banheiro, onde tomei banho e escovei os dentes. Em seguida, entrei na cozinha, onde encontrei Bianca e tia Casilda preparando o café da manhã.
"Como você está se sentindo hoje, Sophie?", perguntou tia Casilda, enquanto me entregava uma xícara de café.
"Um pouco melhor, obrigada", aceitei a xícara com um agradecimento.
"Sophie, pensei em uma solução temporária, mas acho que pode servir", comentou Bianca.
"Qual solução?", me sentei a mesa com elas.
"Podemos ir até o banco tentar fazer um empréstimo", respondeu. "Há alguns meses pedi um para financiar esta casa, lembra que morávamos de aluguel? Agora a casa é praticamente nossa, só estou terminando de pagar. Não é tão complicado como parece."
"É uma boa tentativa. Podemos ir depois de terminarmos aqui?"
"Podemos sim, já justifiquei minha ausência no trabalho", indicou o braço engessado.
"Sinto muito por isso"
"Não se preocupe, prefiro chorar um braço quebrado do que a perda de uma amiga"
"Agora podem comer, mocinhas", tia Casilda colocou um pedaço generoso de bolo no meu prato. Bianca riu da minha cara com a quantidade depositada no meu prato e logo dona Casilda colocou um pedaço ainda maior no prato dela.
"Mãe!"
"É para comer tudo", mandou, comendo seu pequeno pedaço.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 110
Comments
F Valeria Feliciano
ela tinha q ter analisado bem, o maconheiro do irmão aparecer prestativo, qndo o avô o expulsou? não foi ver o avô, queeia só saber da venda, vai fzr a cirurgia e dps o avô vai morar aonde? pagar aluguel como se ela não trabalha?? antes tivesse feito o emprestimo e dado a kza como garantia
2025-03-25
0
Ana Lúcia De Oliveira
essa amnésia não foi temporária, ela não vai lembrar que foi o irmão
2025-03-15
0
Bete Oliveira Rodrigues
mas elas não viu e não sabem que foi o irmão dela q a roubou! somente a quem viu foi a Sophie e não as amigas.
2024-09-11
2