...Sophie Salles:...
"Cassie, me desculpa mesmo. Com tudo o que aconteceu hoje, esqueci que você ia me acompanhar para procurar um emprego", pedi atendendendo sua ligação preocupada.
"Me conta tudo, o que aconteceu?"
"Meu irmão voltou," pude escutar ela bufar do outro lado da linha, "Ele me ajudou a pagar o hospital do vovô."
"O QUE?", perguntou alto e surpresa.
"Sim, eu também não acreditei até o momento em que ele chegou no hospital com dinheiro."
"Eu ainda não consigo acreditar nisso," falou, "por que ele voltou?"
"Eu liguei pra ele quando o vovô adoeceu. Cassie, acho que ele quer mudar de verdade, não posso negar essa chance pra ele."
"Como Karl conseguiu o dinheiro?", havia desconfiança em sua voz.
"Ele tinha uma parte guardada e o restante pediu para um amigo emprestar".
"Se é verdade, só Deus sabe. Vamos torcer para que seja", disse desacreditada.
"Eu também espero que sim. Mas como te falei antes, não desisti de procurar um emprego," mudei de assunto, já sabendo que se continuássemos a falar de Karl, eu começaria a pensar demais nisso.
"Eu não pensei que você desistiu, sei que está focada", afirmou, "mas e o seu avô? Como ele está?"
"Ele está na mesma, mas tenho fé que vai melhorar logo. Quase esqueci de te dizer, consegui marcar a cirurgia que ele precisa," falei animada, "vai ser semana que vem."
"Estou tão feliz por você, amiga. Como conseguiu tão rápido?", perguntou curiosa.
"Eu marquei a cirurgia, mas estou contando com a ajuda de Deus para vender a casa," respondi, "a recepcionista me falou que se ele fosse esperar, levaria 5 meses para conseguir a cirurgia em um hospital público"
"Meu Deus, amiga, que absurdo", disse indignada com o tempo de espera, "eu sei que o seu Fernando vai sair dessa, ele é um homem forte, e você está fazendo tudo o que pode".
"Obrigada por tudo, Cassie, você é incrível,"
"Agora preciso dormir, já está tarde, e preciso pegar o turno da manhã no Black," falou Cassie, "você também é incrível, te amo amiga."
"Eu também te amo, beijos e boa noite," desliguei o celular e segui em direção ao quarto de Bianca, que estava dormindo.
Tomei cuidado para não acordá-la e me deitei na rede que havia colocado ao lado de sua cama, adormeci após algum tempo.
[...]
No dia seguinte, acordei com o toque estridente de um celular, percebi que era o de Bianca. Ela apenas estendeu a mão até a cabeceira sem nem abrir os olhos e pegou o celular, colocando apoiado sobre o rosto.
"Alô", murmurou sonolenta. "ainda nem acordei, você está falando com minha alma, meu corpo ainda dorme," brincou com a pessoa ainda de olhos fechados, "JURA?", abriu os olhos e levantou da cama rapidamente, mas logo sentou, acho que ela sentiu tontura, "Pode deixar que vou avisar ela, obrigada, amiga," falou jogando o telefone na cama, "Sophie, você está acordada?" perguntou.
"Estou sim, acho que acordei primeiro que você,"
"Prepara seu coração...", fez suspense. "Sua casa está praticamente vendida, você só precisa ir assinar os papéis", disse rapidamente.
"Sério?", assentiu, e gritamos de empolgação, provavelmente acordando todo mundo do bairro.
Logo, tia Casilda adentrou o quarto curiosa para saber o que estava acontecendo.
"Vão me contar ou não?", perguntou em um tom brincalhão.
"A amiga da Bianca conseguiu vender a minha casa, vou poder pagar a cirurgia do vovô!", senti um alívio enorme ao dizer essas palavras em voz alta.
"Que notícia maravilhosa, irmã", Karl apareceu na porta, olhei rapidamente para tia Casilda, ainda sorrindo.
"Nós estávamos tomando café, seu irmão chegou cedo para ter notícias do seu avô", comentou contente, "Fiquei com pena de acordar vocês e as deixei dormir mais um pouquinho."
"Agora temos dinheiro para pagar a cirurgia do vovô", falei indo em direção ao meu irmão, que demorou a ter uma reação quando o abracei.
"A cirurgia do vovô... Claro",disse sorrindo, "Você já assinou alguma documentação?"
"Ainda não," me virei para Bianca, "ela falou quando posso ir assinar os papéis?" perguntei.
"Luiza me disse que você deve estar na sua casa às três, para conversarem melhor".
"Entendo, de qualquer forma, eu tô aliviada só de pensar que meu avô vai fazer a cirurgia e melhorar, faz tudo valer a pena."
"Um dia, todos vamos partir, Sophie", disse Karl se encostando na porta do quarto.
"É verdade, a vida é passageira, e é por esse motivo que precisamos valorizar cada momento que temos juntos. Se existe 1% de chance do vovô ficar bem, eu vou me agarrar a ela com todas as minhas forças."
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Atualizado até capítulo 110
Comments
Ana Lúcia De Oliveira
Sujeito inescrupuloso,mal caráter esse Karl
2025-03-15
0
Maria Helena Morais
Tô achando que o irmão dela vai roubar o dinheiro e o avô não vai ter como fazer a cirurgia
2024-09-05
1
Rosas Vermelhas
acho eu posso estar enganada mais esse moço vai aprontar
2024-06-02
2