...Gael Mancini:...
Estou certo de que devo falar um pouco sobre mim, não é?
Bem, para começar, meu nome é Gael Mancini, tenho 27 anos e ocupo o cargo de CEO na maior empresa de tecnologia do mundo: a Mancini Enterprise.
"Um pouco cedo demais", alguns sócios disseram quando assumi a direção da empresa há exatos três anos. Contudo, meu pai e meu avô depositaram grande confiança em minha capacidade, embora eu tenha quase certeza de que, se meu irmão estivesse vivo, ele seria o atual presidente da empresa.
Agora, sem enrolação, vamos entender como tudo começou:
Enquanto revisava alguns relatórios, um estrondo alto me fez levantar a cabeça em direção à porta.
"ONDE ESTÁ AQUELE MOLEQUE INCONSEQUENTE!", Berrou uma voz impaciente que eu conheço muito bem.
A porta do meu escritório sofreu outro impacto e se abriu, me deixando tenso.
"Então é aqui que você está se escondendo...", disse meu avô, adentrando minha sala como se fosse um verdadeiro furacão e insinuando que eu estivesse evitando sua presença.
"Por coincidência, esta é a minha sala, então eu não estava me es...", antes mesmo que eu pudesse terminar a frase, ele veio em minha direção com a sua bengala. Levantei da cadeira rapidamente, escapando do golpe certeiro que iria receber, e comecei a circular vagarosamente ao redor da minha mesa, tentando evitar os demais golpes.
"VOCÊ ESTÁ ME RESPONDENDO?", questionou, me batendo nas costas três vezes, justamente como imaginei que faria.
"QUAL O MOTIVO DE TUDO ISSO?", perguntei exaltado, afinal eu não sou uma criança para continuar apanhando sem nenhuma explicação.
"ESSE É O MOTIVO", afirmou, jogando um Tablet em cima da mesa.
Me aproximei com cautela para não apanhar mais e peguei o Tablet começando a ler a folha de notícias que estava aberta no mesmo.
O Título era bem escandaloso como a imprensa sempre faz: "Herdeiro Mancini é visto com seu novo secretário ou podemos chamar de novo amor?", outro título que me chamou atenção foi: "Gael Mancini é visto aos beijos com seu secretário assumidamente Gay no carro da empresa Mancini", e logo em seguida havia uma foto de dois homens dando um beijo, onde um era meu secretário Ryan e o outro não dava pra identificar por que estava de costas.
Não pude conter uma gargalhada com a notícia mentirosa, tenho que admitir que a imprensa sempre arruma uma forma criativa de me fazer processar eles. O Problema? devido a minha risada, meu avô pensou que as notícias eram verdadeiras e voltou a me bater com mais força.
"ENTÃO É VERDADE?", ele ficou furioso. "COMO PODE?", levantou a bengala mais alto indicando que os próximos golpes seriam mais fortes.
"Calma, vovô", pedi, segurando a bengala entre minhas mãos, minhas costas já estavam doendo pelas pancadas.
Ryan, meu secretário temporário, entrou correndo na sala e ajoelhou-se diante de mim e do meu avô.
"O senhor Gael não tem culpa de nada, senhor Ricardo. Há dois dias atrás, meu carro pifou, então pedi a ele o carro da empresa emprestado para sair com um amigo. Acredito que foi assim que a imprensa conseguiu essa foto", Falou assustado e arrependido.
"Então não está acontecendo nada entre vocês?", perguntou meu avô desconfiado arrumando a postura e parando de tentar me bater.
"Claro que não vovô!", falei irritado, "Precisava mesmo bater primeiro e perguntar depois?", arrumei meu terno preto que havia ficado um pouco amassado.
"Já que não temos nada com que nos preocupar, você," apontou a bengala para Ryan, "ligue para a imprensa agora mesmo e mande retirarem isso do ar", ordenou ele.
"Sim, senhor", disse Ryan, levantando-se e indo fazer o que foi pedido. "E você," virou sua bengala para mim, "Demita esse homem e espere Charles retornar da licença," mandou novamente.
"Eu preciso de um secretário, vovô. Não faço ideia de quando Charles vai voltar, e também não posso demitir Ryan assim. Ele é um secretário eficiente; sua sexualidade não tem importância nenhuma para esse trabalho," respondi de forma firme.
"É claro que tem, é a nossa reputação que está em jogo, Gael", rebateu irritado, "até agora você não apareceu com nenhuma namoradinha, nem filhos por fora. Não tem absolutamente NADA que possa provar que essa notícia seja falsa", jogou o Tablet com força no chão, quebrando-o.
"Miguel é como um filho pra mim, e isso é o suficiente".
"Não, esse menino não é seu e você sabe disso, ele é filho do seu irmão com aquela prostituta que levou ele à morte!", berrou meu avô outra vez.
"Ela não era prostituta!", rebati irritado, defendendo a memória dela e passando a mão no cabelo com raiva.
"Ela seduziu você e o seu irmão, é claro que era. E se você não resolver essa questão do secretário, eu vou ser obrigado a agir!"
Era como se ele quisesse fazer-me perder o controle que me restava.
"Catarina era uma boa pessoa, e Miguel pode até não ser meu filho de sangue, mas prometi ao Gustavo que seria tratado como tal", disse. "Ah, e outra coisa, faça o que quiser, desde que não demita e nem mude ninguém de setor."
coloquei um ponto final na conversa e saí da minha sala, deixando ele falando sozinho.
Fui em direção ao elevador, descendo até a garagem e saindo com o meu carro para me acalmar.
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Atualizado até capítulo 110
Comments
Ana Lúcia De Oliveira
já li esse capítulo, não sei onde
2025-03-15
0
Maristela Mota yaman
matando a saudade 😢
2025-03-05
0
Nubia
já gostando da história
2024-07-10
3