Amor Além Do Contrato
...Sophie Salles:...
Jamais poderia imaginar que minha vida viraria de cabeça para baixo assim, mas se as coisas precisam se desenrolar dessa forma, que assim seja.
Sou Sophie Salles, tenho 20 anos e moro com meu avô. Você deve estar se perguntando: "E seus pais, Sophie?" Bem, minha mãe faleceu quando eu tinha cinco anos, e meu pai é alguém que nunca tive a chance de conhecer. Tenho um irmão, mas... logo vocês vão saber mais sobre ele.
Agora, vamos descobrir como acabei envolvida em um casamento falso, onde meu suposto marido me odeia. No entanto, aqui estou eu, e adivinha por quê? Exatamente, tudo não passa de uma farsa!
Tudo começou assim:
"Oi, vovô!", cumprimentei ao entrar na cozinha.
"Bom dia, querida. Você está saindo?", perguntou meu avô, notando que eu estava vestida de forma diferente.
"Sim, vou estudar na casa da Cassie", respondi enquanto pegava um copo de leite e o tomava rapidamente.
"Calma, Sophie", disse o vovô.
"Estou atrasada", olhei para o relógio no meu pulso, "Tchau, vô, até mais tarde", disse dando-lhe um beijo na bochecha e correndo em direção à porta. "Quase esqueci, pedi para a tia Casilda trazer seu almoço", lembrei antes de sair.
"Não precisava incomodar aquela velha, minha filha", brincou o vovô.
"Eu sei que o senhor gosta dela, mesmo falando assim. E precisava trazer sim, vou tentar chegar antes do almoço para comer com o senhor", respondi, percebendo que quase esqueci minha mochila em cima da mesa, então a peguei e saí de casa.
Corri até o ponto de ônibus e consegui pegar o ônibus que estava prestes a sair.
Vinte minutos depois, cheguei à casa da Cassie, minha segunda melhor amiga.
Estudamos juntas desde sempre e terminamos o ensino médio juntas, mas por um erro no sistema da escola, tive que repetir um ano e não pude fazer o vestibular com ela e Bianca (minha melhor amiga número 1).
Agora que consegui terminar o ano que fiquei pendente, estou focando novamente nisso, e Cassie tem me ajudado muito, embora já tenha passado por isso e esteja cursando direito.
Passamos quase toda a manhã estudando e também fofocando, por volta das onze horas da manhã, decidi voltar para casa.
"Vou almoçar com meu avô hoje", falei me levantando da cama e pegando minha mochila.
"Fica aqui, Sophie, vai depois do almoço. Eu sei que seu avô deixa", pediu.
"Eu não quero deixá-lo sozinho. Meu avô não está se sentindo bem ultimamente", comentei, começando a guardar meu material dentro da mochila.
"Espero que ele melhore logo. Eu gosto muito do seu Fernando. Você sabe que pode contar comigo, né?", perguntou, me entregando lápis e marcadores.
"Eu sei, Cassie, e eu te agradeço muito por isso, mas não quero tirar proveito da nossa amizade. Além disso, já estou procurando um emprego; até enviei alguns currículos", respondi guardando o restante das minhas coisas.
"Vou perguntar se estão precisando de alguém lá no Black (a lanchonete onde ela trabalha)".
"Obrigada, Cassie", agradeci, e ela me levou até a porta. "Até sábado, amiga."
Fui caminhando até o ponto de ônibus e esperei embaixo de um sol escaldante por cerca de trinta minutos até que o meu ônibus chegou. Assim que me sentei, peguei meu celular na bolsa e percebi que havia doze chamadas perdidas da tia Casilda. Retornei imediatamente.
Embora ela não seja minha tia de sangue, é quase como se todos nós fôssemos da mesma família.
"Até que enfim você atendeu, onde você está, Sophie?", pelo tom de voz, ela parecia aflita.
"Estou no ônibus. Vim estudar na casa da Cassie, mas já estou voltando. Como está meu vô?", falei apressada e preocupada.
"Eu vim trazer o almoço para ele e o encontrei caído na sala", quando ela disse isso, dei um salto do banco. "Já chamei uma ambulância, e eles estão chegando."
Percebi que meu ônibus estava parado e olhei pela janela, notando que vários carros estavam na mesma situação devido a um congestionamento.
"Estou chegando", desliguei a ligação. "Motorista, eu preciso descer!", gritei batendo na porta traseira do ônibus.
"Não posso abrir aqui; você vai acabar sofrendo um acidente", gritou o motorista.
"Apenas abra, por favor", insisti, empurrando a porta até que ela se abriu.
Corri passando entre os carros - teve um que quase me bateu - mas nem me importei. Eu só queria chegar em casa.
Após correr por uns três quarteirões, peguei um moto-táxi e cheguei em casa. Meu corpo paralisou ao ver meu avô sendo levado por uma maca em direção à ambulância.
"Ela chegou", tia Casilda apontou em minha direção aliviada, e um paramédico se aproximou de mim.
"Quem vai com ele?"
"Nós vamos", falei rapidamente.
"Sinto muito, mas só uma pessoa pode ir na ambulância, e de preferência um familiar."
"Eu vou", afirmei, indo até a ambulância.
Entrei na mesma, e tudo que eu conseguia ver era a feição pálida do meu avô. As lágrimas que segurei durante todo esse tempo começaram a cair, e eu as limpei com meu pulso, me negando a ser fraca em um momento no qual ele precisa de mim. Peguei meu telefone e liguei para alguém
que eu não queria falar tão cedo.
"Quem é?", perguntou ignorante ao atender o telefone.
"Sou eu, Sophie."
Meus olhos estavam focados na máscara de oxigênio no rosto do meu avô.
"O que você quer?".
"Eu só queria te dizer que o vovô não está bem. Estamos indo para um hospital agora, e...", ele nem me deixou terminar e respondeu de forma fria:
"Tomara que ele morra de uma vez."
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Atualizado até capítulo 110
Comments
Maria Rabelo
Oiii pessoal! Para quem não me conhece, sou admi da história "Amor além do contrato." Gostaria de fazer um pedido a vocês: por favor, ajudem a divulgar essa obra. É muito triste ver nossa querida autora JF dedicar tanto tempo e esforço para criar algo que acaba sendo esquecido pela plataforma, que só dá atenção às grandes autoras que tratam os leitores de qualquer jeito. Vamos valorizar escritores menores como a JF e muitos outros talentos incríveis que estão aqui na plataforma.
2024-04-22
118
Ana Lúcia De Oliveira
iniciando a leitura, sendo que já li do Bruno e do magnífico Charles.
2025-03-14
0
morena
nossa credo
2024-07-14
1