12-CHOQUE DE REALIDADE

12-CHOQUE DE REALIDADE

-Como fofão está mamãe? Perguntou Rodrigo.

-Assim como nós, ele também está preocupado com você.

-Imagino, como todos estavam preocupados comigo

-Até a menina, ficou algumas noites aqui, pra a gente descansar. Disse sua mãe.

-Falando em descansar, estou louca por um banho. Disse sua mãe.

-Ela vem já. Falou Rafa.

-Se eu estava em coma, ela não precisava ter ficado, não tinha problema em me deixar sozinho.

-Você podia acordar a qualquer momento, e não queríamos que estivesse sozinho.

-Relaxa mano, você não está devendo nenhum favor a ela, Gio fez isso por nós.

-Rafa tem razão, não precisa se sentir em débito com ela.

-Como não pai, ela está gastando muito comigo.

-Não é por você, é por nós já disse, pra não nos ver sentir a dor que ela passou de perder alguém.

-Mesmo assim é muito dinheiro.

-Esquece isso, você sente muita dor?

-Um pouco mamãe.

-Aonde?

-Na verdade nem eu sei, basta me mexer que dói tudo, acho até bom sinal que nem tudo está paralisado.

-Mamãe, Gio mandou a mensagem esta esperando a senhora.

-Ela não vai entrar. Disse seu pai.

-Há entendi. Completou ele, ao lembrar da forma que Rodrigo a tratou.

-O senhor devia ir também pra descansar um pouco.

-Eu estou bem.

-Esta bem, nada pode ir. Completou Rafa.

-Vai papai, pode ir agora estou bem, posso ficar sozinho. Disse ele.

-Sozinho nada, você vai ter que me aturar. Disse sua irmã.

-Agora vão. Disse com os pais que os beijaram e saíram.

-É difícil acreditar que fiquei tanto tempo desacordado.

-Nos deu um baita susto. Disse ela pegando na mão do irmão.

-E muito trabalho, imagino como foi ficar todo esse tempo aqui.

-Valeu a pena, você acordou

-Você... Começou ele

-Como foi. Disse ele.

-O que?

-Que ela fez.

-Ela quem?

-Olivia Rafa, ela ficou mesmo com outro logo depois que chegou aqui.

-É melhor não falarmos disso.

-Nem vem, se não era pra contar por que você falou? Agora pode contar tudo.

-Agi errado, não devia ter tocado nesse assunto.

-Mais tocou, agora pode contar tudo, quero saber quem realmente ela era.

-Foi assim no dia seguinte eu quis lanchar e ela foi comigo, tem uma lanchonete aqui perto, uns caras sentaram com a gente dai o papo começou, no outro dia ela foi passear com eles, ai mal vinha te ver só quando eu reclamei.

-Não devia ter reclamado.

-A culpa é minha agora, pelo que ela fez?

-Não, apenas não queria ela aqui contra a vontade.

-Também não, por isso nos dias seguintes a deixei à vontade, ela não vinha nem eu dizia nada, até que ela passou 2 dias fora, quando comprovei que ela estava com ele, fiquei revoltada ai...

Ele ouvia e ia ficando revoltado.

-Pelo visto, ela nunca me amou.

-Pra ser sincera, acho que ela gostava de você e amava teu dinheiro.

-Meu dinheiro? Por que se a família dela tem.

-Bem menos que a gente. Quer dizer menos do que a gente tinha, notei que ela mudou, quando papai disse que não tínhamos como te trazer pra cá, que precisava pedir ajuda pra Gio.

Nisso ele lembrou, que antes do acidente, estava desconfiado em relação aos sentimentos de Olivia.

-Deve ter sido difícil conhecê-la a ajudar, depois da briga que tivemos naquele dia.

-Gio? Que nada foi até engraçado, papai disse que você estava mal, e ela disse que podia pegar o que precisasse, mas como era muito dinheiro papai não se atreveu, e como ela estava na capital não tinha consciência de como você estava.

-Há é naquele dia que ela tinha ido, quer dizer vindo.

-Depois de tudo, Giovanna voltou pra me ver?

-Voltou nada, papai até chamou, mas ela disse que você ia querer Olivia, e não fazia sentido ficar as duas e que ela não atrapalharia.

-Mais você só piorava, e os hospitais de lá não tinham recursos pra te tratar.

- Engraçado, foi que enquanto papai reclamava, que Gio não ajudava, que não estava nem ai e

-Mais ela não disse que ele podia fazer o que quisesse?

-Disse só que ele não se atrevia a pegar tanto, e quando estava reclamando, melhor eu estava

pronta pra ligar pedindo pra ela providenciar tua transferência pra capital ai

-Ela providenciar? Papai podia fazer isso.

-Me escuta, deixa eu terminar , na hora que eu ia ligar, ela quem ligou simplesmente avisando que um avião UTI vinha te pegar pra gente ajeitar nossas coisas e ficar no jeito.

-Sem vocês pedirem?

-Se não pediram como ela sabia que precisava.

-Ela sabia que era muito grave.

-Ela falou com os doutores daqui, pediu pra entrar em contato com os de lá, ai de certa forma ela estava mais ciente do que nós da gravidade da tua situação.

-Ela fez isso por mim?

-Não, nem fica todo cheio de dedos, ela fez por nós.

-Pode ter certeza de uma coisa, quando ela disse que não te amava era verdade, nem sei de onde tiravam isso, o que vocês tiveram foi coisa de infância, eu sempre fui amiga dela e ela nunca disse nada.

-Claro que não ia dizer, porque sou teu irmão.

-Há mana eu via como ela me olhava.

-Rô pra você, todas as garotas são loucas por você.

-Se não me ama, por que ela fez isso.

-Isso o que?

-Há mana gastou tanto dinheiro, já fez a conta pra ter nação de quanto é?

-Nem me dei ao trabalho, não posso fazer nada mesmo. Só para você ter uma noção, ela ajuda várias pessoas aqui no hospital.

-Como assim?

-Giovanna Passou muito tempo aqui com o pai dela, e acabou fazendo muitas amizades. Tipo se chegar alguém aqui, sem condições de pagar a conta, ela paga porque eu já vi ela fazendo isso nesses dias que estamos aqui.

Em casa os pais dele se desculparam com Gio

-Relaxem, eu não me incomodo, afinal nunca nos demos bem mesmo, agora quero que descansem.

-Quero um banho. Disse a senhora.

-Eu também. Disse o senhor.

-Vão sabem que podem ficar à vontade, quando terminar Eliza põe o jantar.

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