9. Capítulo

Leva horas para o investigador analisar a monstruosidade no quarto de Augusto e isso só deixa o jovem ainda mais apreensivo. Os homens que vieram com esse profissional o encara com um olhar carregado de desconfiança. Como se ele (a vítima) tivesse culpa por esse atentado contra si próprio. Um cúmulo, né?

Depois que esse investigador sai, aqueles homens entram para fazer uma espécie de perícia no quarto para assim tentar descobrir algum rastro deixado pela pessoa que praticou tamanho vandalismo de filme de terror.

No andar de baixo, Germano prepara um chá para dar ao seu esposo. Ele imagina que Augusto esteja apavorado com todo esse clima que as autoridades estão causando em sua mansão.

Luciana: Boa noite senhor.

Germano: E dá pra ter uma boa noite depois disso tudo?

Luciana se aproxima de seu chefe e lhe ajuda a colocar o tal chá nas xícaras em cima do balcão.

Luciana: O senhor desconfia de alguém?

Germano para pra pensar.

Germano: Tenho uma pessoa em mente. Se eu estiver certo. Essa pessoa vai me pagar por aterrorizar o meu esposo desse jeito.

Luciana: Mas afinal, O que essa pessoa quer dizer com que o senhor seu esposo ser o próximo? A pessoa que você suspeita seria capaz de matar alguém? Porque é isso que parece.

Germano pega as xícaras e vai para o andar de cima sem responder a sua empregada.

Investigador: Obrigado.

O investigador pega uma das xícaras e Augusto pega a outra. Com a aparência de quem logo logo desmaia.

Germano: E aí. Vocês já acharam alguma pista que denuncia o responsável por aquilo?

Investigador: Preciso de tempo, senhor.

Germano: Quanto tempo?

Investigador: Dois dias pelo menos, mas uma coisa, eu posso adiantar, o perito achou algo que pode nos levar até o vândalo desse terror, mas por enquanto, eu sugiro que fique de olho no seu esposo. Ele certamente está correndo perigo.

Augusto sentado no chão pensa em tudo de ruim que lhe pode acontecer agora que uma pessoa lhe está perseguindo.

Luciana sobe para descer com todos os homens que vieram a chamar de seu chefe. Já Germano senta ao lado do seu esposo.

Augusto o vendo ali, questiona: "Você vai ficar aqui comigo?". Germano pega na mão de seu esposo e a beija ao dizer: "Eu vou ficar aqui com você".

Augusto então repousa sua cabeça no peito do marido.

Os dois dias se passam e nada de sinal do investigador. Por isso, Germano acorda bem cedo para ir atrás dele. Augusto mesmo com medo do que rolou, não deixou sua rotina para trás e isso é a única coisa que deixa o seu marido aliviado. Pois ele sabia bem que um ato daquele deixa qualquer um com receio de tocar a vida social, mas seu esposo não, ele não quer parar para a possibilidade do que iria lhe acontecer.