Capítulo 8

Beatriz: Henrique!— ela exclama feliz por vê-lo— quanto tempo!

Henrique: Olá Bia— ele se aproxima dela e a mesma permite que ele a abrace— como você está bonita.

Beatriz: Obrigada Henrique— ela retribui o abraço e sente o coração dele acelerado— você está bem?

Henrique: sim, deve ser o cansaço da viagem.

Beatriz: Entendo. Venha, entre, o Noah está assistindo televisão aqui na sala.

Henrique: Com licença. Olá Srª Olívia.

Ela abre um sorriso e diz:

Olívia: Henrique! Que bom vê-lo novamente— ela se aproxima dele e o abraça— como você está bonito. Venha, sente-se, estou terminando de fazer o almoço.

Beatriz observa a roupa que o seu amigo está usando e abre um sorriso, pois o achou muito charmoso. Porém, ela resolve ficar em silêncio para não o deixar constrangido.

Henrique: Antes que eu me esqueça, eu trouxe algo para vocês três— ele exibe um sorriso— irei até o meu carro buscar e já volto.

Beatriz: eu te acompanho— eles saem da casa e caminham até o veículo dele— carro bonito.

Henrique: Obrigado. Eu comprei há alguns meses. Facilita muito na hora de ir e vir do trabalho.

Beatriz: Que legal e você trabalha de que?

Henrique: sou professor de educação física e nas horas vagas gosto de ir para a natação.

Beatriz: são ótimas carreiras— ela dá um meio sorriso— precisa de ajuda com algo?— ela pergunta ao observar as caixas.

Henrique: Não, mas esse aqui é seu— ele a entrega uma caixa pequena de cor vermelha— parece ser a menor das três caixas, porém é a mais especial.

Beatriz não deixa de sorrir diante a confissão dele e a mesma abre a caixa, se encantando com o conteúdo nela:

Beatriz: Nossa! Henrique!— ela exclama encantada— é lindo, muito obrigada.

Henrique: de nada. Eu não poderia deixar de lhe comprar algo, principalmente por não te ver há anos.

Beatriz: poxa, eu queria te dar algo também.

Henrique: está tudo bem. Que tal você me levar para tomar um sorvete quando puder? Assim estaremos kits.

Beatriz: ou poderíamos ir ao cinema— sugere ela— apesar que o Noah não se adapta com lugares fechados e eu não sei se ele ficaria com a minha mãe.

Henrique: depois resolvemos isso. Acho melhor entrarmos porque o seu filho pode sentir a sua falta e querer chorar.

Beatriz: verdade, vamos.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

Olívia e Beatriz fizeram lasanha caseira para o almoço no sabor de carne com queijo e presunto e de bebida optaram por algo natural— um suco de graviola. De sobremesa, fizeram pavê de prestígio.

Henrique se encantou com Noah assim que o viu e lhe deu de presente um brinquedo que à principio a criança não se interessou para brincar, mas quando percebeu que poderia colocar qualquer brinquedo para encaixar, acabou gostando, dando risadinhas enquanto brincava.

Beatriz ficou contente pelo o seu filho estar se divertindo para variar e Olívia se ofereceu para vigiar Noah enquanto a sua filha e Henrique fossem andar pela a cidade, pois ela precisava de alguns ingredientes para fazer um bolo. Porém, ela usou aquilo como pretexto para que a sua filha pudesse se divertir um pouco— já que estava triste por causa de Joah.

Olívia: fiquem tranquilos, qualquer coisa eu mando mensagem filha. Anotou os ingredientes que lhe pedi?

Beatriz: sim mãe. Ovo, leite, manteiga, cacau em pó, leite condensado e granulado— responde ela— mais alguma coisa?

Olívia: trás refrigerante também. Combina melhor com o bolo do que tomar suco.

Henrique: tudo bem, fique tranquila Beatriz que você está em boas mãos ao meu lado— ele abre um sorriso e Bia sente o seu rosto esquentar— eu a levarei no supermercado do centro porque os preços são melhores e pelo menos você conhecerá melhor por aqui.

Beatriz: tudo bem. Eu não tenho o costume de estar longe do Noah, mas pelo menos ele está se divertindo com o brinquedo que você comprou. Mais uma vez obrigada.

Henrique: fico feliz que ele tenha gostado. Podemos ir?

Beatriz: só preciso pegar a minha bolsa e o meu celular no quarto.

Henrique: te esperarei no carro então.

Quando Beatriz sai de perto, Olívia se aproxima de Henrique e diz:

Olívia: não tenham pressa em vir. Eu tenho os ingredientes aqui, mas quero que ela se divirta um pouco e sei que você será uma boa companhia para ela. Se ele chorar, eu o levo na pracinha. Pode voltar com ela às 19h.

Henrique: sim senhora— ele responde feliz— a senhora é uma ótima mãe e avó.

Olívia: e espero ser uma ótima sogra algum dia também, já que o Joah foi um genro não tão bom comigo.

Henrique engole em seco as palavras dela, mas logo se recompõe ao ver Beatriz com um vestido muito bonito.

Henrique: você está muito bonita Bia.

Beatriz: obrigada Henrique, você também está— ela sorri timidamente.

Eles caminharam até o carro enquanto Noah brincava distraidamente com a caixa de papelão do brinquedo— porque já havia perdido o foco no brinquedo que ganhara de Henrique.

Henrique: podemos ir ao mercado e na volta passarmos no shopping. O que acha? Lá vende uma casquinha com calda de Nutella.

Beatriz: pode ser. Assim eu lhe retribuo um pouco do presente que você me deu. Apesar que com o valor desse colar, eu teria que te recompensar com muitos sorvetes.

Henrique: bom que eu tenho muitos finais de semanas livres— ele exibe um belo sorriso e ela retribui.

O Supermercado não era tão grande, mas logo eles encontraram todos os ingredientes que supostamente Olívia havia pedido para eles trazerem.

Beatriz gostou da ideia de sair um pouco de casa, pois, desde quando Noah completou seis meses, ela não saia direito de casa, pelo fato dele ficar muito grudado nela. Porém, hoje ela estava se divertindo não como mãe dessa vez, mas como uma mulher adulta que precisa de um lazer ocasionalmente.

Henrique não parava de admirá-la e quando ela percebeu, perguntou:

Beatriz: porquê você me observa tanto? Tem algo de errado na minha roupa?

Henrique: Não, me desculpe. Eu apenas estou percebendo o quanto você mudou Bia.

Beatriz: Eu espero que seja para a melhor porque eu era tão tímida quando nos conhecemos.

Henrique: sim, está muito mais bonita, madura e tenho orgulho da mulher que se tornou.

Beatriz sente novamente o seu rosto corar e pela primeira vez não pensa em Joah.

Beatriz: sabe, eu fiquei bem triste quando o Joah nos largou, mas estando agora com você, me senti feliz pela primeira vez em anos e não digo isso como mãe e sim como ser humano.

Henrique: eu entendo Bia e fico feliz de ser uma boa companhia para você. Eu preciso te confessar algo também.

Beatriz: É mesmo?- ela abre um sorriso e ele segura na mão dela- Henrique- ele a puxa para um abraço- por favor, não faça isso agora.

Henrique: Ah! Tudo bem, me desculpe. Não tentarei nada que você não queira.

Mas Beatriz o surpreende com um beijo na bochecha dele e diz:

Beatriz: eu apenas quero esperar um tempo antes de dar o primeiro passo com alguém. Eu percebi a forma que você me olhou hoje e posso estar confundindo algo, mas sinto que você gosta de mim.

Henrique: eu gosto de você Bia, mas irei respeitar o seu tempo. Podemos fingir que isso não aconteceu, o que acha?

Beatriz: não precisa fingir- ela segura na mão dele- apenas sinto medo de magoar-me outra vez ou de você não aguentar a pressão.

Henrique: Bia, o fato de você ter um filho especial não impede que eu goste de você menos, porém, esperarei o seu tempo, tudo bem?

Beatriz: tá bem- ela segura na mão dele e o vê sorrir- se minha mãe ficasse com o Noah por mais alguns minutos, eu poderia te levar na sorveteria.

Henrique rir e diz em resposta:

Henrique: a ideia de irmos ao mercado foi dela para que você se distraísse um pouco. E disse para eu trazer você às 19h que ela o levará na praça e são- ele observa em seu relógio- 15h30.

Beatriz: então temos bastante tempo- ela sorri- mas nunca fiquei tantas horas longe do meu Noah.

Henrique: podemos voltar quando você quiser.

Beatriz: tá bem, então vamos pagar essas compras e ir ao shopping.

Henrique: com muito prazer Bia.

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