| Não Vou Fingir Que Nada Aconteceu

Maicon: William estava aéreo na reunião, não prestou atenção em nada que foi dito. Finalizo a reunião e sigo ele até a sua sala.

William o que está acontecendo?

William: Nada, porquê?

Maicon: Não prestou atenção em nada da reunião!

William: A mamãe me ligou, a Brenda está dormindo fora praticamente todas as noites e ela não quer apresentar o namorado.

Maicon: Porquê?

William: Não sei, ela não me atende a noite, só retorna quando está em casa e não fala sobre o assunto.

Maicon: Temos um evento familiar de empresários amanhã, se o Andrew estiver melhor ele vai, depois podemos viajar até Paris para entender o que está acontecendo.

William: Eu, você e o Andrew no evento?

Maicon: Só nos três. É um evento importante William, não podemos faltar. Sabe como é importante para mater os laços com os empresários que presam pela família.

William: Vou com vocês. Agora sobre ir a Paris, acho uma boa. Não estou gostando da Brenda namorar escondido.

Maicon: O engraçado é que falo com a mamãe todo o dia, mas ela continua me escondendo o que a Brenda apronta.

William: Você está certo Maicon, mimamos demais a Brenda! As coisas estão saindo do controle.

Maicon: Vamos resolver isso, nem que traga ela obrigada a Seattle!

Na mansão...

📱 Aline: Simon para de me ligar!

📱 Simon: Estou em Seattle Aline, preciso te ver, falar com você!

📱 Aline: Não temos nada para conversar!

📱 Simon: Temos, por favor. Um café e te deixo em paz depois disso!

📱 Aline: Um café e não quero mais te ver Simon!

Aline: Simon me passa o endereço do café, o Andrew dorme e aproveito para acabar de vez com essa pendência. Só aviso a Marluce para ficar de olho no Andrew que volto antes do almoço. Vou de táxi até o café e me sento para esperar o Simon. Ele entra e abre um sorriso na minha direção.

Simon, o que quer?

(Simon, ex-marido da Aline)

Simon: Senti tanto a sua falta.

Aline: Era só isso?

Simon: Quero reconquistar o seu amor, a sua confiança. Me deixe tentar Aline!

Aline: Vim, porque sei que não iria desistir dessa conversa, mas não irei deixar que se aproxime de mim outra vez Simon. Quero deixar claro que acabou.

Simon: Não faz isso Aline, eu te amo. Volta para mim, não sei como viver sem você!

Aline: Terá que aprender Simon. Eu tive que aprender e consegui! Te disse quando nos conhecemos que não perdoava traição.

Simon: Aline...

Aline: Aline nada! Transou com uma colega minha na minha cama, enquanto fui a cidade Natal dos meus pais cuidar do túmulo deles. Se não tivesse chegado mais cedo e pegado vocês na nossa cama, se quer saberia! Aquilo foi nojento para dizer o mínimo e nem sei se foi a única vez!

Simon: Foi só aquela vez, eu juro. Eu... errei, cai na tentação daquela demonia, mas me arrependi Aline.

Aline: Sabe o que é pior, não acredito em nada que sai da sua boca! Ela disse que tiveram um caso e sinceramente não duvido disso.

Simon: Ela mentiu, queria nos separar. Depois daquele dia, nunca mais a vi. Eu juro!

Aline: Essa é a questão, depois daquele dia. Pode ser que não tenha tido um caso, mas houve um dia. Um dia que decidiu trair tudo que construímos juntos. Apenas segundos podem mudar tudo!

Simon: Te imploro Aline, por favor...

Aline: Não Simon, chegou a hora de seguir em frente e entender que acabou!

Me levanto e saio do café. Volto a mansão, o Andrew ainda está dormindo, resolvo fazer o almoço com as verduras que ele gostou. A Marluce me ajuda e quando estou colocando a mesa o Maicon chega.

Oi...

Maicon: Podemos conversar no meu escritório?

Aline: Claro.

Maicon pede a Marluce para ficar de olho no Andrew e sigo ele silêncio. Ele está tão sério. Entro no escritório e assim que fecho a porta ele me encurrala na parece e beija a minha boca com intensidade. A sua língua invade a minha boca dando voltas nela com necessidade. Ele cola os nossos corpos, me segura pela cintura e caminha comigo até a sua mesa. Paramos o beijo por falta de ar e confesso que fiquei com a mente em branco, sem saber como parei sentada na mesa.

Maicon: Não vou fingir que nada aconteceu Aline, quero você!

Aline: Fico sem reação por uns instantes, focada nos lábios do Maicon. Ele fala de um jeito autoritário, não parece que tenho opção. Mas também não quero opções.

Maicon: Não consigo ficar longe da Aline, preciso senti-la e tê-las nos meus braços tanto quanto preciso do ar para respirar nesse momento. Ela não fala nada, parece pensar.

Se tiver ultrapassado algum limite, pode falar!

Aline: Nunca senti isso, esse desejo, essa vontade e necessidade de estar com alguém. É confuso, mas também não quero fingir que nada aconteceu.

Pensei que poderia ser abstinência, mas não é só isso. Não entendo ainda, mas pretendo descobrir porque com um olhar o Maicon acende o meu corpo e com um toque ele incendeia ele!

Maicon: Entendo perfeitamente Aline.

Aline: Quero ir com calma Maicon, tem o Andrew e não quero envolver ele nisso sem ter certeza do que está acontecendo.

Maicon: A Aline está mais do que certa, se isso for uma atração, o Andrew pode criar expectativas.

Está acerta, mas acredite, não vou ficar muito tempo longe dos seus lábios!

Aline: Não quero que fique Maicon!

Marluce bate na porta, desço da mesa e me ajeito como dá. Maicon abre a porta e o Andrew corre para os braços dele. Noto a respiração dele cansada.

Andrew: Papai!

Maicon: Meu amor.

Noto o Andrew molinho, ele está com a respiração cansada. Almoçamos e resolvo levar ele ao pediatra. A Aline nos acompanha e fica ao lado do Andrew o tempo todo. Ele faz RX, exames de sangue e ficamos aguardando os resultados. A pediatra diz que o Andrew está com bronquite, ela passa os remédios e todas as recomendações. Seguimos para farmácia e depois para casa. Dou total atenção ao Andrew, ele dorme, ligo a babá eletrônica e desço para jantar com a Aline.

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