| Que Capítulo Foi Esse?

Nessa: Sou a Nessa.

Jaqueline: Me chamo Jaqueline.

Nessa: Se estiverem namorando sinto muito, tenho dia fixo que venho aqui e digamos que conversar não é o meu forte e nem o do William.

Jaqueline: Não estamos namorando e nem deveria estar aqui.

Nessa: Me coloquei numa situação bem constrangedora. É melhor eu ir, foi um prazer Jaqueline.

Me despeço, saio e o William me segue até o elevador.

Temos um soldado abatido?

William: Não, mas quero dar um tempo desse lance.

Nessa: Aí William, tão inocente. Mas, dá para ver que está confuso. Aquela garota não faz o seu estilo, mas a forma que ficou preocupado com o que ela ia pensar me vendo nua nos seus braços foi fofa.

William: Só estávamos tendo uma conversa séria e estou preocupado com ela.

Nessa: William o sexo com você é indescritível, por isso não larguei o osso. Sabe dar prazer a uma mulher como ninguém, mas sempre soube que não era para mim, por isso nunca me iludi com relação a você, apenas aproveitei enquanto podia. Agora, deixa de ser cafajeste e toma juízo, aquela garota não é como as que está acostumado a sair. Ela parece especial e espero que perceba isso e não faça besteira seu tarado gostoso!

William: Está louca Nessa! Me liga se precisar.

Nesse: Me trouxe na mala e me deu um recomeço em Seattle. Mudou a minha vida gostoso, não me deve nada, aliás, eu quem te devo tudo, por isso não me verá mais. Não quero atrapalhar a sua vida. Só lembre-se que pode contar comigo! Adeus William.

William me dá aquele sorriso lindo e cafajeste, entro no elevador e encaro ele uma última vez antes das portas se fecharem. Ele pode não saber, mas está claro que ele está interessado na Jaqueline e vi isso apenas pela forma que ele olha para ela. Ele nunca me olhou assim e sou o caso mais antigo do William. Quando o conheci, me prostituía, assim que ele descobriu a minha situação e viu que precisava daquilo, mudou a minha vida. Recomecei em Seattle com a ajuda dele, estou trabalhando, tenho um apartamento que ele me deu de presente e posso dizer que estou na minha melhor fase. Volto ao meu apartamento feliz pelo William, ele é um homem descente e merece ter uma família.

William: Volto ao apartamento com as duas mãos no bolso, desconfiado, Jaqueline me encara curiosa.

Quer saber algo?

Jaqueline: Não. Bom, na verdade, eu não quero te atrapalhar e nem quero que mude a sua rotina por mim.

William: A Nessa não virá mais e não é só porque está aqui Jaqueline. Não tenho relacionamentos.

Jaqueline: Entendo, na verdade, não entendo. Entendi o que disse, mas não tenho essa prática, então não entendo na teoria. Entendeu?

William: Entendi. Sobre o que me contou...

Jaqueline: Está tudo bem, contar o que passei sem mergulhar numa dor sufocante, faz parte do processo. Precisava falar e foi um bom ouvinte.

William: Jaqueline abaixa a cabeça, ela está sentada no sofá. Me aproximo dela, me ajoelho entre as suas pernas, seguro o seu rosto e seco uma lágrima que rola pelo rosto dela com o polegar. Ela tira os óculos para limpar e força um sorriso em meios as lágrimas que faz a minha mente girar, ela é linda!

Está tudo bem, está segura agora!

Jaqueline: Nunca me senti tão segura quanto me sinto agora. William segura o meu rosto e fala olhando nos meus olhos. No impulso abraço ele apartado, ele me acolhe, era só o que precisava nesse momento.

Obrigada William.

William: Will, prefiro que me chame de Will. William, deixa para quando estiver brava comigo.

Jaqueline: Quero sair do abraço do William, mas não consigo e me aninho ainda mais nele.

William: Jaqueline está vulnerável, acredito que foi a lembrança do filho. Quando ela fala do ex-marido, fala enojada, posso ver que tem receio e medo, mas é só. Agora quando ela citou o bebê, a dor era palpável. Pude sentir como isso a quebrou pela forma que ela falou. Aquele desgraçado matou o próprio filho e é nessas horas que queria não ter consciência e torturar um cara desses até a morte. A Jaqueline se afasta, não forço nada com ela e apenas sigo o seu ritmo. Apresento ela como a minha família aos empregados, a levo até o quarto e peço o jantar fora.

Finalmente consigo falar com o Maicon, enquanto aguardo a Jaqueline descer. Ele grita pelo telefone quando conto que a Jaqueline está no meu apartamento. Lógico que falei primeiro que ela estava aqui e só depois que ele surtou, contei a razão. Maicon me agradece por cuidar dela e me despeço dele. Jaqueline desce as escadas com um vestido justo até a cintura e soltinho até os joelhos. Ela está descalço, sem óculos e com os cabelos molhados. Uma bela visão! Dou uma olhada no celular e nada dela atualizar o livro, fiquei curioso para saber como o arrombado do Hü sei lá das quantas, vai se comportar quando souber da história da gata da Ayla.

Jaqueline: Janto com o William e a cada vez que olho o meu celular, ele olha o dele em seguida.

Está tudo bem?

William: Sim, só aguardando um desfecho que algo que estou acompanhando na Internet.

Li um comentário que a leitora ficava toda hora indo ver se tinha atualização, porr4, estou fazendo exatamente isso. Tenho que aprender os sinais da Jaqueline para saber quando ele está escrevendo, queria mesmo era ler antes dela postar. Penso em roubar o celular dela e descobrir, mas não me pareceu uma ideia tão boa pensando melhor. Caralh0, sou curioso demais!

Jaqueline: Vou desancar um pouco.

William: Jaqueline sobe e vou ler um livro finalizado. O livro dela mais famoso é o de um viúvo, começo a ler indignado com o Lorenzo, que babaca. As horas passam e não consigo parar de ler, preciso fazer sexo com banana split. Que capítulo foi esse? A pergunta que não quer calar é, será que a Jaqueline já fez o banana split? Vou enlouquecer de vez, com ela dormindo no quarto de frente para o meu pensando tantas besteiras.

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