Capítulo 9

Após a remoção do corpo, ele foi levado. Para o necrotério do hospital onde a autópsia seria realizada. Começo revistando suas roupas, que eram as mesmas com que ela foi ao clube, um vestido cor turquesa. Começo a examinar seu corpo à procura de marcas de agulhas, paro ao encontrar mordidas cicatrizadas, o hematoma em seu braço. Faço testes de drogas e em seus cabelos, colho amostras de sob suas unhas para verificar se há indícios do ataque.

Há muitas coisas muito parecidas com as da minha irmã, sem dúvida o assassino da minha irmã tentou replicar o suicídio, imagino que deve haver traços de Diazepam em seu organismo, como no da minha irmã. Confiro um relatório médico da Jennie, segundo o documento ela sofria de depressão, pelo qual tomava medicamentos, que incluíam Diazepam.

Disponho-me a sair para falar com a psicóloga de Jennie, mas antes Tian me avisa que o detetive Dylan está à minha procura.

Faço-o entrar em meu escritório.

Observo-o adentrar.

Dylan: Como está, doutora?

Ali: Bem, por favor, sente-se. Se for pelo relatório, estou prestes a concluí-lo, mas ainda falta a análise de amostras que enviei ao laboratório junto com o tecido das cordas.

Dylan: Sim, essa é uma das razões pela qual vim vê-la. Pode me dizer se foi um suicídio?

Ali: Falta concluir alguns exames, mas acredito que não seja. Apenas preciso esperar os resultados toxicológicos e lhe entregarei um relatório bastante detalhado.

Dylan: Outra pergunta: revistamos os registros de chamadas, e a senhora foi a última pessoa com quem ela falou antes de morrer. Pode me dizer sobre o que conversaram?

Ali: (Suspiro) Ela era amiga da minha irmã Alana, ontem nos reunimos para relembrar os velhos tempos com várias amigas da minha irmã. E a liguei há poucas horas porque estava preocupada com ela, queria ter certeza de que estava tudo bem e dizer que poderia falar comigo quando quisesse.

Dylan: Por que estava tão preocupada com ela?

Ali: Ontem, enquanto bebíamos, ela desapareceu de repente. E depois a vi sendo agarrada bruscamente pelo braço por um homem. Esse homem, que a encontrou esta manhã, acho que se chama Kai, e pelo que ouvi, o outro homem era filho do prefeito.

Dylan: Obrigado pelo seu tempo. (Sorri)

Vejo-o sair, pego minhas coisas, mas ao sair encontro a mãe de Jennie, chorando. Assim que me vê, vem em minha direção.

Clara: Minha filha, Ali, ela não fez isso.

Ali: (Suspiro, sei o que ela sente, pois já vivi isso). Então a abraço — Farei tudo que estiver ao meu alcance para que, se alguém fez mal à sua filha, essa pessoa pague.

Fico um tempo com ela, ajudo-a a preencher os papéis para a liberação do corpo, já que o funeral seria no dia seguinte.

Depois, disponho-me a sair para ver a psicóloga de Jennie. Entro no consultório, ela responde todas as minhas perguntas, mas não pode revelar informações sobre suas sessões com ela. Precisei sair porque ela foi chamada de urgência por um de seus pacientes, nisso aproveitei para procurar o arquivo de Jennie. Não deu tempo de ler, então tirei fotos do que pude, antes que a psicóloga voltasse. Por sorte, ela me encontrou sentada onde havia me deixado, e fiz mais algumas perguntas sobre a medicação antes de sair. É então que passo pelo clube o Anjo Negro, ele estava entrando no local, aproveito e estaciono meu carro, desço, ele me vê e pára, cruzando os braços na entrada.

Ali: Posso falar com você?

Kai: Olá, Alicia, como está? Entre.

Ali: Entro no local, um pouco escuro e silencioso, ao contrário de ontem, observo-o, seus lindos olhos verdes, lábios rosados, a barba que o faz parecer mais maduro, cabelos castanhos claros, corpo musculoso e estatura, bem mais alto que eu. Ele está vestido simplesmente, mas combina com aqueles calças pretas e uma camisa aberta, mangas dobradas e suéter cinza. Percebo que ele faz o mesmo, detalha-me igualmente.

Kai: Imagino que veio até aqui porque quer saber qual era a relação com sua irmã Alana e com Jennie.

Ali: Você é o mais suspeito, tinha uma conexão com as duas vítimas.

Kai: (Aproximo-me para ver seus olhos verdes e seus doces lábios) Então sou seu suspeito? (Sorri de modo insinuante).

Ali: Sempre o parceiro da vítima é suspeito e alguns psicopatas retornam à cena do crime fingindo ter encontrado o corpo.

Kai: Você tem uma boa imaginação, Ali. Mas eu não tive nada a ver com isso. Como eu disse ao detetive Dylan, voltei à casa dela porque sabia que algo ruim tinha acontecido, sei onde ela esconde a chave reserva, então a usei, a encontrei e tentei ajudá-la, mas era tarde demais.

Ali: Para mim, você ainda é suspeito e descobrirei a verdade sobre minha irmã e Jennie. Digo determinada, estamos tão próximos que posso sentir sua respiração quente.

Kai: Elas eram minhas amigas, e não quero nada mais do que descobrir o que está por trás disso. Mas quero que grave algo, Ali. Você pode ter nascido aqui em Denver, mas não pertence a este lugar, e desconhece como as coisas funcionam aqui. Se continuar com esse jogo, talvez não goste do desfecho.

Ali: (Olho-o fixamente, mostrando que não temo nada) — Está me ameaçando? —

Kai: Não, Ali. Apenas um lembrete de onde você está. Você pode ser corajosa por vir aqui, neste ninho de víboras, ou é muito ingênua.

Ali: Vim apenas atrás da verdade e não irei embora antes de encontrá-la.

Kai: Vejo-a sair, nunca conheci alguém tão teimoso. Pego meu telefone.

Kai: 📱 "Gato", preciso que abandone o que está fazendo e vigie a legista Alicia Morgan.

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