nos mudamos apenas de bairro e escola então isso foi uma vantagem afinal eu já estava bem acostumada com aquela cidade que por sinal, era a minha cidade natal.
eu já estava no 8° ano, e a pandemia ainda residia no mundo, mas não por muito tempo, já que na metade do ano os alunos voltaram a estudar presencialmente, claro que não foi como antes e teve que ser divido em grupos, (cada grupo em uma semana e bla bla bla) mas mesmo assim foi uma alegria imensa poder voltar a estudar acompanhada de um professor ( e claro, me libertar da minha jaula).
aquele ano ocorreu muito bem para mim, já que passei para o 9°ano direto ( em contrapartida meu irmão reprovou de novo).
fiquei naquela escola somente um mês, já que pouco depois eu me mudei de bairro outra vez e por seguinte de escola.
desta vez fui estudar numa das escolas mais renomadas da cidade em que morava, e lá eu tive uma ilustre surpresa.
no primeiro dia de aula eu já fiz amizade com duas garotas que por coincidência são primas, e elas mostraram ser bem legais, a escola é estritamente grande e tem muita gente com cara de mimados.
tudo ocorreu bem por dois dias, no terceiro dia estavam todos os aluno esperando no portão para saírem quando de repente um gordo chato com cabelo cacheado me cutucou e perguntou se eu me lembrava dele.
como eu não me lembraria não é? pela cara que eu fiz de espanto ele deve ter pensado que eu havia me esquecido dele, quando na verdade eu só estava pensando em uma explicação para o que eu estava sentindo.
meu coração estava pulando rapidamente, minha respiração estava muito pesada e tinha um bando de borboleta que pelo jeito estava fazendo festa no meu estômago já que não paravam de se bater lá dentro.
eu percebi que estava demonstrando não conhecer ele e então sem pensar falei o nome dele, e disse "5° ano né? ", até aí tudo bem, até que eu lembrei da confusão sobre o "é verdade que você gosta de mim?" e tratei de dar o fora mais rápido possível.
dali em diante minha vida só decaiu por um longo tempo, afinal, naquele dia eu me dei conta que gostava dele, EU NUNCA HAVIA GOSTADO DE UM GAROTO (e nem garota), porquê tinha que ser ele? eu me perguntava isso a todo tempo.
eu nunca via nada relacionado a ele, depois desse reencontro, TUDO se relacionava a ele, inclusive minhas queridas amigas que depois eu acabei descobrindo que eram primas dele ( e acho que eles conversavam entre aí sobre mim), e ainda por cima ele tinha reprovado e estudava com meu irmão.
por mais que ele fosse o mesmo garoto que estudou comigo, eu tinha certeza que não era ele (primeiro que eu gostava dele, só isso já mostra que não podia ser ele), afinal, ele tinha se tornado tudo aquilo que eu jamais imaginei que pudesse ser ( tá bom exagerei um pouco), tipo, ele tinha se tornado o maior pegador do colégio, falava mais palavrão que o meu pai (MAIS PALAVRÃO QUE O MEU PAI) e parecia querer que eu corresse atrás dele, tirando outras coisas que não vinham ao caso.
demorou um pouco para batermos um papo, na maioria das vezes a gente conversou com meu irmão para atingir um ao outro, só depois de uma festa junina que começamos a conversar.
ELE FICOU ME ZUANDO só porque peguei um bolo inteiro no início da festa e tive que carregar durante a festa inteira, aí ele puxou papo e disfarçou vindo para o meu lado, mas eu me senti desconfortável (de uma forma boa), afinal sabia que ficar muito perto dele podia me induzir a fazer uma loucura.
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Atualizado até capítulo 40
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