04

Depois do almoço, chamei Ephraim para conversar, Elijah veio junto, estávamos indo até uma cachoeira que tinha ali por perto, sentamos numa pedra e eu respirei fundo, pensando no que falar

Ephraim : que suspense todo é esse ?

Elijah : Ephraim, nós queríamos falar com você, a respeito de onde você irá ficar, quando conseguir tudo de volta - ele fica tenso

Espen : não vamos te forçar, apenas clarear sua mente, Ephraim pelo que nossos pais nos contaram, você e sua babá estavam sendo perseguidos até que pararam na nossa porta, nossa mãe te amamentou e com isso, um vínculo forte entre vocês foi criado, e entre nós também, nós crescemos juntos, e continuaremos assim, a distância não significa nada, nossos pais prometeram que iriam te ajudar na sua conquista, eles te ensinaram tudo o que sabem, as lições deles podem ou não refletir em algo lá na cidade, por que somos de espécies diferentes, governos diferentes, assim que você conseguir a sua posição definitiva lá, vai entrar em conflito, vai pensar, eu consegui, mais e agora ? Eu fico na cidade na antiga casa dos meus pais biológicos ? Ou volto para a floresta com a minha família ?

Ephraim : onde quer chegar com isso ?

Espen : em lugar nenhum meu irmão, só estou tentando dizer, que não importa o que você escolha, sempre seremos família, a nossa promessa ainda vale, seremos nós sete contra o mundo, se você ficar em perigo lá, tenho certeza, que nossos pais e nós não exitaríamos em ir te ajudar, apesar de colocar nossa raça em risco

Elijah : se escolher a cidade, podemos dar um jeito de ir te visitar, ou você pode vim aqui

Espen : espero não termos te confundido mas

Ephraim : não - ele ri - só me deu a certeza de que se eu escolher a cidade, vocês não irão me abandonar - ele nos abraça e Elijah fica sem graça, ouço um galho quebrar e olho para o outro lado do rio, um lobo de pelagem preta e olhos vermelhos nos olhava

Elijah : qual a sua relação com o tio Magnus em ?

Ephraim : bom nós somos amigos desde a infância

Espen : tem certeza ?

Ephraim : sim - me olha confuso e depois nos solta caminhando até a margem do rio, o lobo o atravessa e fica encarando Ephraim que parecia um gnomo ali

Arrasto Elijah dali quando tio Magnus nos deu um olhar sério, não foi por medo, mais vi que eles precisavam conversar também

Elijah : acha que os dois mantém algum relacionamento ?

Espen : acho que não, Ephraim teria nos contado, o amor do tio Magnus deve ser platônico

Elijah : verdade

Evangeline : onde vocês estavam ?

Elijah : dando um volta - da de ombros

Espen : por que a pergunta ?

Evangeline : podemos ir até a alcatéia ? Quero comprar algumas coisas, os outros não querem me acompanhar e nossos pais se trancaram com a mamãe no quarto

Elijah : vai lá Espen

Espen : não podemos demorar - ela sorri e me arrasta em direção a alcatéia

Chegando lá, recebemos os olhares maldosos dos moradores, Angel não se incomoda e continua a observar as coisas das barracas, até que paramos na de uma senhora

- olá menina Angel - sorri

Evangeline : olá senhora Antonella, como está ?

- vou bem e você ?

Evangeline : querendo por umas pessoas no devido lugar

- deveria fazer isso, a alcatéia era muito melhor sem os novos lobos

Espen : eles estão causando problemas ?

- sim, outro dia saquearam a casa da minha vizinha

Evangeline : contaram ao tio Magnus ?

- ela ficou com medo, eles ameaçaram a coitada

Espen : eles deviam tomar vergonha - olha para o grupo que nos encarava

- estão vindo

Eles param na nossa frente, um deles tinha um palito na boca, pose de macho alfa e tudo mais, pensando que me faria correr de medo