Sentei na poltrona aliviada.
-Vamos continuar Lya - Disse Avril me abraçando de felicidade, acho que a sua raiva havia passado, não imaginei nem por segundo aquela seria sua reação já que havia me rejeitado meu pedido de desculpas mais cedo.
-Agora vamos ser calmas e fortes, o senhor Dylan vai ficar de olho em nós.
-Parabéns meninas, esse grupo iria perder a graça se vocês saíssem -Disse Tayler olhando com aqueles olhos convidativos.
-Iria sentir saudades? -Perguntou Avril.
-Com certeza -Respondeu sorrindo se pondo ao seu lado.
Na manhã seguinte, vesti uma calça preta, uma camiseta preta com o desenho de uma orquídea a flor de nossa província e uma bota de cano baixo, sai do quarto indo em direção ao salão para o café da manhã. Nas escadas encontro o príncipe descendo com algumas papeladas em mãos.
-Alteza - O chamei formalmente tentando lhe alcançar.
-Lyana - Sorriu parando para me esperar.
-Eu quero te agradecer por ontem, se não fosse vossa majestade eu...
-Pode me chamar de Jayson.
-Então Jayson - Digo sorrindo enquanto minhas bochechas coram - obrigada por ontem eu realmente achei que sairia.
-Você tem um talento incrível, além do mais você foi muito corajosa e isso me impressionou muito. Acho que você tem grandes chances nesse torneio vou contar um segredo a você.
-Qual?
-Você com certeza é a minha favorita - Confessou após me entregar o seu braço para seguirmos juntos ao salão.
A porta se abriu e lá estava eu de braços dados com o príncipe, não demorou muito para que todos os olhares voltassem em nossa direção, todos os selecionados estavam sentados a mesa para o café da manhã, consegui ouvir os murmurinhos da minha chegada com o príncipe. Max ficou o tempo todo sentado olhando para o nada, ele não dirigia uma palavra a mim, estava disposto a fingir sobre minha existência, aquilo estava me machucando.
Em breve partiríamos para a praça onde cada competidor passaria por sua província, e eu estava ansiosa pois minha família e amigos estariam lá para me ver.
-Imagina toda aquela gente nos olhando, nos idealizando- Disse Avril sorrindo.
-Como pode se preocupar com tão pouco- Indagou Kristen saindo da mesa repugnando sua fala.
Kristen era uma garota quieta porém não perdia a oportunidade de implicar com alguém, ontem no Jornal sem querer peguei ela olhando para a Rainha Elizabeth com um olhar de ódio, pude vê-las trocando olhares diversas vezes foi estranho pois em momento algum Kristen se sentiu ameaçada.
Na praça já cansada, havíamos chegado em minha província onde minha família estava a espera, meu pai estava sorrindo entusiasmado, Francis gritava o meu nome, Samuel e Cloe diziam que estavam com saudades, aquilo tudo foi muito importante para mim, olhei para o lado e vi Lucy o amor de Max e com toda sua alma gritou.
-Max te amo!
Max olhou para ela jogando- lhe um beijo e logo lhe retribuiu com um "Eu também te amo". Senti um sentimento de raiva, ódio, tudo misturado mas, me Contive e continuei sorrindo para minha família e o povo. Bem lá no fundo ouço algo.
-Abram passagem, abram passagem -falava um guarda com alguém encapuzado, olhei novamente era ...
-Mãe?? - Disse alto, todos pararam de gritar e ficaram nos olhando, Francis gritava.
-Mamãe, mamãe. -Meu pai o segurava forte dizendo que não podia ir até ela, ele chorava, gritava. Meu pai não havia contado para meu irmão sobre o que ocorreu de fato, para ele ela havia morrido quando tinha feito cinco anos de idade e agora depois de três anos descobrir que haviam lhe enganado era de mais. Meu pai entrou em desespero causando sua ida embora. Minha mãe toda suja veio até mim com os guardas-lhe segurando para que não escapasse.
-Estou muito orgulhosa de você, me perdoa filha, eu sinto muito- Disse chorando, não contive fui ao seu encontro para lhe abraçar, mas fui impedida pelos guardas reais.
-Você não pode ter contado com uma banida-Disse o guarda real.
-Não posso ter contado com a minha mãe?? -Pergunto derramando lágrimas.
-Sinto muito senhorita-Respondeu abaixando a cabeça.
-Não, não sente -Retruquei voltando para carruagem, eu só queria ir embora.
O dia não tinha sido nada fácil não imaginei que iria sofrer tanto com aquilo tudo, eu tinha esquecido o por que estava ali e agora mais do que nunca não vou medir esforços para conseguir o que vim buscar. Enquanto estava ali sentada no jardim de cristal pensativa, Jayson apareceu pendido para se sentar comigo.
-Você não gostou de ver a sua mãe? - pergunta confuso.
-Eu não sei vê-la me deixou feliz, mas se eu não podia toca-la, beija-la por que me deixaram vê-la - Respirei alto - Só piorou as coisas.
-Me desculpa Lyana, eu não quis te machucar, eu pensei que você...
-Foi você? - O interrompi surpresa.
-Eu sinto muito, eu só quis te ajudar.
Ele se inclina para ficar mais próximo de mim.
-Me desculpa? - pergunta com as mãos postas sobre as minhas.
-Tudo bem, eu te entendo.
Estamos sentados um de frente para o outro, ele está com um sorriso imenso, seus olhos brilham mais do que o normal. Enquanto conversávamos ele segurou minha mão gentilmente na medida em que tentava me injetar um pouco de entusiasmo. Tudo contribuiu para que Max aparecesse por trás das plantas, ele ficou ali olhando para nossas mãos como se quem tinha que estar ali era ele, fingi não perceber que ele estava ali, mas não estava pois preferiu que outro me consolasse em seu lugar. Tudo estava extremamente silencioso. Sorri e continuamos ali.
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Atualizado até capítulo 123
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