-Você conseguiu mesmo! - Sussurrou Lucy ao meu ouvido.
Nossas famílias eram muito próximas, porém o S.r. Hector pai de Lucy nunca aprovaria o nosso romance já que sou de uma casta inferior à dela, sendo assim namoramos escondidos à mais ou menos um ano.
-Você sabe que eu preciso né? Eu preciso melhorar a vida da minha família, sem contar que para nos casarmos precisamos que eu vença esse torneio. Lucy eu preciso que você confie em mim, eu prometo que vai dar tudo certo.
Minha mãe e a Sra. Nurys estavam sovando a massa do pão na mesa quando consegui ouvir as duas conversando.
-Eles ficam lindos juntos - Diz minha mãe enquanto taca o pão na mesa.
-Max é um homem forte, educado, bom e muito atraente, mas ele não é para Lucy. Não me leve a mal, você sabe que somos amigas desde jovens, mas só quero o melhor para as minhas filhas.
Sra. Nurys estava certa, eu não era homem para Lucy, como poderia dar uma vida digna para ela sendo que mal tenho para comer com minha família?
Lucy sempre soube que a minha vida não era fácil, já que somos um seis temos bem menos do que a sua família, o meu pai já está de idade embora não admita está muito doente, depois que Darla a minha irmã caçula morreu enquanto brincava na beira do rio e por um descuido escorregou, como não sabia nadar acabou se afogando, quando chegamos era tarde demais. A minha mãe Samantha desde então resolveu ser cozinheira no Castelo, ela ficou feliz ao ver que eu havia entrado para os jogos e logo mais a nossa vida mudaria, ela acreditava em mim, acreditava que eu era capaz. Lucy sempre foi e será o grande amor da minha vida, ela cresceu junto comigo e de uma amizade nasceu um lindo e grande amor ela é a única mulher que amo, jamais pensaria em alguém que não fosse ela jamais, é por isso que tudo é por ela.
A meia-noite pareceu demorar uma eternidade para chegar, como sempre todos os finais de semana eu e Lucy marcamos de nos encontrar em uma galpão abandonado que havia ali perto da minha casa, era um antigo armazém que havia fechado após a morte do dono. Saí para ir ao encontro de Lucy como havíamos combinado, andei pelas ruas vagarosamente e com muita cautela para que os guardas não me vissem. O rei havia decretado a alguns anos que após a meia noite teríamos o toque de recolher, sendo assim era terminantemente proibido passear pelas ruas após o toque. Lucy morava ao lado do galpão, sendo assim não havia perigo de ser pega, por outro lado eu morava a algumas quadras dali embora isso não me impedisse de vê-la sempre que era possível.
Eu entrei naquele imenso galpão e lá estava ela minha doce namorada, ela estava mais linda do que nunca, havia improvisado uma mesa para jantarmos, nela tinha dois pratos, dois copos com uma garrafa média de chá gelado e dois pães que pareciam ter saído do forno recentemente.
-Desculpas pela demora, hoje havia mais guardas do que o normal.
Digo enquanto chego mais perto para visualizar aquele rosto lindo, Lucy era meiga, gentil, tinha um delicadeza tanto ao falar quanto ao agir, era incrível como ela poderia ser tão perfeita.
Segurei seu rosto gentilmente, seus olhos se encontraram com os meus, seus lábios estavam cada vez mais próximos de mim. Minhas mãos passearam pelo seus braços, deslizaram sobre seus seios fazendo com que eu apertasse um deles. Nós nunca havíamos passado de apenas passadas de mãos, sempre tentei respeitá-la ao máximo.
-Acho melhor pararmos.
Me afasto de seu corpo ao mesmo tempo que ele me chama com tanta magnitude.
-Tem certeza? poderíamos…
-Não, Lucy quero que isso ocorra no momento certo, eu quero te proporcionar o melhor, entendê?
Ele me olha como se não gostasse de ser rejeitada, mas eu só não queria passar dos limites, eu a amava só queria o melhor para ela.
-Como foi o seu dia hoje? - Pergunto enquanto me serve uma caneca de chá gelado.
-Uma tragédia minha mãe vive me empurrando para o Jeremy, o filho do padeiro.
-Ele é um quatro é melhor do que um seis como eu - Digo enquanto abaixo a cabeça.
-Não se atreva a cogitar a possibilidade de eu te trocar por qualquer outra pessoa nesse mundo.
O silêncio pousou entre nós fiquei ali me perguntando por que havia dito tamanha burrice, eu jamais poderia imagina-la com alguém que não fosse eu, mas por outro lado eu não poderia ser egoísta o suficiente para entender que ao meu lado ela não poderia ter um futuro digno.
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Atualizado até capítulo 123
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