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RACHEL KAROLLINE RIBEIRO DA SILVA (24 ANOS)

DANTE JEAN BELUCCI ARMANI(28 ANOS)

BELLA VITÓRIA BELUCCI ARMANI (1 ANO)

MICHELLE ALEONOR PEREIRA WILLIAMS (29 ANOS)

...RACHEL...

Por algum motivo que não consigo identificar, recebi uma ligação de uma mulher que me falou sobre trabalhar de babá em tempo integral para o patrão dela. Eu sei que deixei meu currículo em várias empresas, e identifico essa que me mandou a oportunidade, pois estava querendo entrar na área de finanças e contabilidade, mas se o que eu consegui foi ser babá, então será isso que irei segurar com todas as minhas forças.

Acordei mais cedo do que costumo, já que terei que estar lá às sete da manhã, pois é o único horário que o senhor Armani conseguirá me avaliar como babá para a sua filha. Ele poderia ter deixado um pouco mais tarde, sei lá, umas oito horas, entretanto, acho que ele é o tipo de rico que não se importa com os filhos.

Após um banho, penteio meu cabelo normalmente e passo um gloss, para que meus lábios não ressequem, depois vou para o meu armário e pego minha roupa. Optei por uma blusa preta de manga e gola alta, uma calça wide leg cinza(?), não sei a cor direito, e um tênis branco.

Por fim, coloco meus pertences na minha bolsa preta simples, e saio correndo para entrar no Uber que já tinha chegado há uns dois minutos.

Pago o motorista, agradecendo quando saio do carro. É uma enorme mansão, realmente a casa dos sonhos. Me aproximo do portão e enquanto analisava o material caro que ele é feito, ele abre, me assustando um pouco.

— Entre, senhorita Silva — uma voz falou ao meu lado, quando olho vejo uma câmera e um interfone, devem ter me visto pela câmera e falado comigo pelo interfone.

Mal dou um passo e uma pessoa já estava ali para me acompanhar até a porta da casa. Nem estou tendo tempo para analisar nada, só olhei para frente e fiquei parada na sala de estar, enquanto o moço que me acompanhava fala com um homem que está de costas.

— Senhor Armani, a senhorita Silva acaba de chegar.

O homem vira, me analisando da cabeça aos pés. Sua aparência é muito jovial, tanto que duvidei por um momento que ele fosse pai. Ele tem um rosto muito lindo, mas o que eu mais notei foi o cabelo, que é incrivelmente hidratado, até fiquei com inveja.

— Senhorita Silva.

— Senhor Armani — nos cumprimentamos com um aperto de mão firme e rápido.

— A senhorita pode ir acordar a minha filha. Ela está no último quarto do corredor à direita ao subir as escadas — fala, simplesmente, voltando a atenção para o celular, parecendo estar em uma ligação.

É sério que ele não vai nem me acompanhar para ver como eu vou tratar a filha dele? Reviro os olhos e vou em direção às escadas, subindo devagar. Quando piso no segundo andar, começo a ouvir um choro de um bebê. Qual a idade da criança? Ela é pequena?

Corro para o local do choro, não aguentando ouvir o choro da criança. Quando encontro o quarto, abro a porta imediatamente, mas paraliso quando vejo o quarto.

Eu jamais imaginei um quarto assim. Ele é grande e bem espaçoso, tem tipo que um hack para a televisão em formato de castelo; um sofá no canto; há "nuvens" no teto com alguns leds, que também estão presentes na cama e nas enormes cortinas que tampam a grande janela; a cama me tirou o fôlego, é em formato de balão de ar quente, e tem vários brinquedos ao redor.

Me aproximo da cama onde a bebê está, vendo que dá para fechar a parte da frente da cama, para que evite dela cair. A menina é MUITO linda, e não demorei a pegá-la no colo para a acalmar.

Aos poucos, enquanto balanço a pequena em meu colo, ela vai parando de chorar, até que afasta a cabeça e olha para mim, me encarando com seus pequenos e lindos olhos.

— Oi, querida — falo, sorrindo para ela. A menininha passou a mão em meu rosto, enquanto eu continuo a balançando em meu colo.

Sinto uma presença atrás de mim, quando me viro vejo uma senhora que aparenta ter quase cinquenta anos, por conta de seus cabelos levemente grisalhos e loiros, e algumas rugas abaixo dos olhos castanhos.

— Senhorita Silva?— pergunta, ficando parada onde está.

— Sim. Me chame de Rachel, por favor.

— Ok. Rachel, o senhor Armani falou para que eu mostrasse a casa para você quando você acabar de arrumar a Bella.

— Ok. Eu acabei de pegar ela na cama. Ah, qual o seu nome?— ela sorri com a minha pergunta.

— Elizabeth.

— Nome bonito. A senhora poderia me informar qual o nome, a idade, a rotina e outras coisas referentes à bebê?

— O senhor Armani não lhe falou?— nego — Isso é muito a cara do senhor Armani. Bom, enquanto eu te mostrar a casa, irei te contanto tudo, tá?

— Tá. Obrigada!

Ela sai do quarto sem olhar para trás. Não entendi muito bem a primeira impressão que ela teve de mim, pois teve uma mudança rápida de tom de voz e atitudes. Pelo que ela tinha falado, acho que o nome da criança é Bella, então vou chamá-la assim.

— Vamos tomar banho, Bella?— pergunto, a levantando mais em meu colo, o que fez a pequena rir por um tempo.

Encontro a porta do banheiro dela, e quando abro vejo que não é muito diferente do quarto. É óbvio que não tem muita extravagância, mas é lindo demais! A pequena banheira e cada detalhe das paredes são maravilhosos.

Retiro o lindo pijama de ursinho que a Bella está vestida, o deixando em cima do vaso sanitário, depois retirei a fralda e a limpei corretamente. Como eu vou lavar o cabelo dela agora, peguei o shampoo e condicionador da gaveta e coloco ao lado da banheira, colocando a bebê devagar na água, para que ela se acostume com a temperatura, mesmo que esteja morno.

Quando ela está sentada na banheira, Bella já pega um brinquedo laranja que está boiando, e o leva para a boca. Quando me abaixo para começar a dar banho nela, percebo que não havia pegado a roupa da bebê, porém, no instante que abri a porta, ela começou a bater na água e chorar, parando quando fiquei ao seu lado.

— Tá bom, Bella. Vou ficar aqui, ok?

Ela só me olha, largando o brinquedo e colocando a mão na boca. Aproveitando o momento que ela está concentrada em morder ela mesma, começo a molhar seu cabelo, passando o shampoo em seguida.

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