Pouco atrapalhada

As dez horas da manhã estou na horta, q aliás é enorme e tem de tudo aqui, me deram um chapéu, uma jardineira, luvas e uma pequena pá. Mas oq eu faço agora, tem algumas pessoas mexendo na terra, e outras molhando. Eu achei q iam me ajudar mas pelo visto aqui não tem ninguém para falar as regras. Que coisa não pode ser tão difícil, vou imitar alguém, é isso vou cavar um pouco e depois cair fora.

-Oi sou Teresa tudo bem ?

Uma senhora vem na minha direção com umas plantinhas na mão.

-Oi tudo bem e vc, sou Ellen

Tento disfarçar mas não faço ideia do q fazer com aquela terra q estou cavando de joelhos nesse lugar.

-Vc quer colocar essas mudas nesse canteiro q vc está, são mudas de hortaliças. É fácil assim vou te mostrar.

E Tereza, acho q percebendo a cagada q estava fazendo, me mostrou como plantava, e realmente não era difícil, na verdade era até gostoso. Ver q essas pequenas plantinhas depende de nós para crescer e ficar grande é prazeroso.

-Vc pode pegar para mim aquele regador em cima daquela mesa de madeira menina por favor?

-Claro só um minuto.

Falo levantando para tentar achar oq ela estava pedindo. Vejo oq parecia ser um regador e pego para levar, porém não imaginava que estava tão pesado e me desequilibrei tropeçando em alguma coisa no chão quando já estava vendo o baque no chão, alguém me pega pela cintura me pondo de pé novamente, em uma velocidade e força incrível. Me viro para agradecer e então vejo ele. Um homem de chapéu e cabelos loiros saindo por ele, barba por fazer um sorriso no rosto perfeito e os olhos, meu Deus q olha são esses, não consigo parar olhar , olhos azuis escuros tão profundos q parecia q eu estava olhando para o fundo do mar.

Tento falar alguma coisa ou pelo menos um obrigado, mas não sai nada.

-Cuidado moça, aqui pode ser perigoso para quem não tem costume.

Ele fala com uma voz grossa e firme mas gentil, e sorri, sim ele sorri muito bem quer dizer tem um sorriso bonito. Ai meu Deus eu tenho q falar alguma coisa.

-Me desculpa sorriso, quer dizer, obrigado.

Ele dá uma gargalhada de aquecer o coração.

-Tudo bem, imagina e cuidado por aí.

Ele sai em sentido da Dona Teresa que da um beijo em seu rosto e fala umas palavras com ela, em seguida vai embora. Eu estava parada no mesmo lugar hipnotizada, e não conseguia parar de olhar por onde ele saiu até a Dona Teresa me chamar de volta à terra.

-Menina??

-Me desculpa dona Teresa, é q eu quase caí e fiquei paralisada por um momento

-Tudo bem menina o meu neto faz isso com muitas garotas kkkkk

Neto ela disse neto, meu será q é errado eu perguntar sobre ele, acho melhor não, vai parecer q estou desesperada, e nem sei se ele gostou de mim. Quer saber deixa para lá, vou voltar para os meu afazeres, vais ser difícil tendo aqueles olhos cravados na minha cabeça.

-Vc quer falar com ele menina, se vc quiser eu pesso para ele vir aqui de novo.

-Não por favor, não fala nada, eu não quero falar com ele, aliás a senhora ia fazer oq mesmo com o regador.

Mas quando olho para a minha mão eu não tinha trazido nada, então dou meio volta para pegar ele.

-Só um segundo vou lá pegar ele.

Viro de costas para a Teresa não ver a vermelhidão no meu rosto, mas aparentemente não funcionou pq ela estava dando risada até não querer mais.

Sabia naquele momento q estava ferrada, espero realmente não o ver novamente, por pelo menos o resto do mês, aliás esse lugar é bem grande não é, deve ser difícil os hóspedes ficar se encontrando por aí .

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