Eu estava completamente nervosa com o baile, ontem à noite o meu cabelo foi tonalizado e o meu vestido foi entregue. Estou olhando para ele já tem duas horas, completamente paralisada.
Desde ontem as janelas e cortinas estão todas fechadas já que novamente aqueles pontinhos vermelhos estavam aqui dentro.
Otto hoje esperou que eu acordasse para avisar que volta apenas para se arrumar, claro que reforçou o recado para não sair e não deixar ninguém entrar.
Antes de dormir ele me confessou que já matou muitas pessoas e de todas as formas possíveis, que ele não se orgulha do seu passado e como cresceu nesta organização.
Não sabia o que dizer então apenas o abracei e não sei quando adormeci, mas acordei no meio da noite, ainda estava agarrada ao seu corpo, assim que mexo para o soltar ele me puxa de volta.
Se tem uma coisa que aprendi com o Otto é que palavras nem sempre são necessárias, o seu olhar normalmente fala muito mais então apenas me acomodo novamente nos seus braços.
Ele ainda insistia na pergunta se eu não teria medo dele e se vou ficar ao seu lado, para as duas perguntas eu confirmava com a ressalva dele nunca mentir para mim, mas não posso negar que o meu estômago gela nestes momentos.
Batidas na porta me tiram dos meus pensamentos, não estava esperando ninguém e até onde sei Otto não combinou nada com ninguém. Vou até à sala onde encontrei os fones e ligo as televisões.
Ali estavam todas as câmeras, até mesmo as que ele colocou escondidas. Para a minha não tão surpresa era a Mimosa ali fora, ela estava bem nervosa e olhava para os lados como se estivesse se escondendo de alguém.
— Shiii… — a voz do Otto no meu ouvido e as suas mãos na minha cintura me fez pular de susto.
— O que a mimosa está fazendo aqui?
— Não faço a menor ideia — ele ainda olhava para as câmeras e foi neste momento que uma ideia nada genial surgiu.
O puxo para a sala o empurrando contra o sofá, eu não tinha muito tempo, pois ela estava tentando invadir a todo custo. Respiro fundo, juntando coragem e afastando os pensamentos das consequências que isso vai ter.
Puxo a blusa do Otto a tirando enquanto sento no seu colo, ele me olhava de forma tão intensa que cheguei a paralisar alguns instantes. Mas assim que a porta fez o barulho que iria abrir, ele que retirou a minha blusa.
O problema é que eu não estava com sutiã, como ia passar o dia sozinha não achei que fosse necessário o seu uso. As suas mãos foram mais rápidas me virando no sofá com o seu corpo por cima.
A sua boca descendo pelo meu pescoço indo para o meu colo me fez mudar de planeta e esquecer completamente que tinha uma mimosa ali parada na porta. Somente quando ela o chamou que me lembrei.
— Vaza e não nos atrapalha — puxei Otto pelos cabelos contra o meu corpo novamente e pude sentir a sua risada contra a minha pele.
— Como pode fazer isso comigo? — a voz dela estava embargada e por alguns segundos eu fiquei com pena dela, mas foi tão poucos que acabou muito rápido.
— Mas é uma empata f0da mesmo — resmungo empurrando Otto para sair de cima de mim, pego a blusa dele e a coloco olhando para ela, não tinha coragem de olhar para ele — Escuta aqui, vamos deixar as coisas bem claras, a fila andou, você não serve mais, então cai fora, se de o valor e saiba que é uma gostosona e vai pegar outra pessoa, pois aquele homem ali é meu agora.
— Que merda…
— Calada, pois eu ainda não terminei — ergo o dedo a encarando diretamente nos olhos, a minha petulância e ousadia vieram muito a calhar agora, pois de acordo que eu andava na sua direção ela se afastava — Vou ser mais direta, está vendo aquela boca? É minha, assim como aquele corpo, a mente e a alma dele.
Quando terminei de falar ela já estava para o lado de fora, então foi preciso apenas empurrar a porta na cara dela, e devo admitir bater à porta na cara da mimosa foi muito satisfatório.
Não sei de onde tirei essa coragem toda, mas agora ela simplesmente sumiu me deixando sozinha com o Otto. Quando me virei engolindo seco, ele estava sorrindo com os braços cruzados.
— Então eu sou seu?
— Calado — vou em direção ao quarto, pois precisava agora de um banho bem gelado.
Para a minha alegria ele não me seguiu, então consegui tomar o meu banho tranquilamente, ou quase, já que o toque da sua boca estava bem fresco na minha memória.
Quando finalmente saí, ele estava me esperando no quarto, me informou que deixou alguns lanches prontos na cozinha e já tinha providenciado a troca da tranca da porta.
Não ousei contestar e muito menos desobedecer, quando retornei ele estava apenas com a calça, o seu olhar era intenso e deixou as minhas pernas moles. Precisava me sentar ou iria sentar nele… O meu deus, eu estou perdida, preciso pensar em outra coisa.
— Durante o baile, algumas pessoas vão se aproximar, preciso que tenha em mente que eles são os membros do alto escalão...
— São perigosos e muito importantes — ele confirma com a cabeça pegando o secador das minhas mãos e começa a mexer no meu cabelo, eu vou desmaiar a qualquer momento — O que precisa para poder sair desta vida?
— Morrer ou me casar — acabo engasgando com o ar, não esperava por esta resposta.
— Situação delicada essa.
— Um pouco, por isso mesmo que estão todos de olho.
— Vou fazer o meu melhor — ele acabou sorrindo desligando o secador, ele já havia terminado e devo admitir ficou lindo o meu cabelo.
— Esse é o meu medo, roxinha — não sei o que foi pior, o que ele disse, a forma como ele sussurrou no meu ouvido, ou os beijos que ele deixou no meu pescoço e depois saiu do quarto.
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Atualizado até capítulo 61
Comments
Ameles
não podia ficar sem fazer gracinha
2024-11-12
0
Ameles
kkkkk
2024-11-12
0
Pati
Tu ainda pergunta?
2023-07-27
3